31/12/07

Novamente A.C.P.



Segundo a edição on line de O Norte Desportivo (http://www.onortedesportivo.com/?op=artigo&sec=6512bd43d9caa6e02c990b0a82652dca&subsec=&id=e73daae9ea4de2861e3250baca02986c) "José Sousa Vieira está a reunir «tropas» para regressar à Associação de Ciclismo do Porto (ACP)".

A sua intenção poderá eventualmente até ser legítima, contudo se fosse uma pessoa de bom senso e com vergonha na cara não se voltaria a candidatar e já que tem tanta vontade de trabalhar altruisticamente (o que eu sinceramente duvido do seu altruísmo) porque é que abandonou o cargo que ocupava?

Se José Sousa Vieira se vier a candidatar e os clubes filiados na A.C.P. o elegerem realmente fico sem perceber nada de nada e inclusivamente sentir-me-ei legitimado para afirmar que são todos uns ignorantes (
ignorante – aquele que não possui a habilidade, o saber que a sua ocupação exige), ignóbeis, intriguistas e sobretudo interesseiros.

Mas estou convencido que o bom senso irá prevalecer e que os clubes não irão apoiar uma pessoa que tão mal geriu os destinos da A.C.P.

Porém a situação actual também não é nada boa, veja-se por exemplo no calendário nacional disponível no sitio da Federação a primeira prova a organizar pela A.C.P. será só em 27 de Abril em Amarante pois a organização da Clássica da Primavera não é da responsabilidade da A.C.P.

Ainda recentemente (em 08 de Dezembro - HÁ MENOS DE UM MES) eu alertava para a crise nos órgãos sociais da A.C.P., que aliás já se arrastam desde o início de 2005 (bem, posso quase afirmar desde Julho de 2000, mas isso é outra conversa).

Estou perfeitamente á vontade para escrever o que bem quiser pois a mim ninguém me pode apontar o dedo, tenho sido sempre coerente com os meus actos e palavras, não digo hoje uma coisa e amanhã faço outra.

Há três anos cheguei inclusivamente a formar uma lista e projecto para o caso da direcção da A.C.P. se demitisse em bloco na sequencia do primeiro pedido de demissão do Sr. Sousa Vieira (que depois o retirou num diz que não disse) e informei o Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Geral desse projecto, projecto esse que só avançaria caso não houvesse entendimento entre os clubes filiados e os elementos restantes da direcção, ou seja, uma alternativa a uma comissão administrativa. Cheguei a apresentar o projecto a alguns clubes e inclusivamente foi alvo de uma notícia na altura em O Norte Desportivo.
O projecto que ainda hoje está actualizado (infelizmente, pois nada melhorou nestes três anos) e era assim;

A curto prazo:

- Defender até à última os interesses dos clubes filiados.
- Organizar a contabilidade.
- Maior rigor na gestão financeira.
- Tornar independente o Concelho Regional de Arbitragem da Direcção.
- Aumentar a segurança das corridas (melhor sinalização, mais policiamento, melhores comunicações rádio, etc.).
- Desenvolver as escolas de ciclismo (quer em estrada, pista e BTT).
- Consolidar todas as vertentes do BTT.
- Alterar (actualizando) os estatutos da A.C.P.
- Agendar sempre uma reunião com os clubes nas semanas anteriores ás Assembleias-gerais da U.V.P.-F.P.C.
- Criar um “SITE” na internet.
- Dotar os Comissários de melhores condições de trabalho (aproveitando as novas tecnologias).
- Fazer representar a A.C.P. de forma correcta e sempre que a sua presença seja solicitada (por mais insignificante que o convite possa parecer).
- Arranjar patrocinadores.
- Na última quinzena de Setembro agendar uma reunião com todos os clubes de forma a se poder marcar as provas no calendário Nacional e Regional, defendendo assim os interesses dos clubes filiados.
- Não permitir sobreposição de “datas de corridas”.

A médio prazo:

- Voltar a transformar a A.C.P. na maior associação do país.
- Reactivar outras vertentes do ciclismo (pista, rampa, ciclo-cross).
- Organizar cursos regionais de reciclagem para todos os agentes desportivos (comissários, treinadores, dir.desportivos).
- Aumentar a quantidade de provas realizadas.
- Tentar organizar uma prova por etapas do escalão 2.12 a terminar na Av. Aliados no dia de S. João.
- Trazer a comunicação social de volta ás provas de ciclismo em todas as suas vertentes (estabelecendo protocolos com os diversos meios de comunicação – rádio, televisão, jornais).
- Organizar campeonatos regionais.
- Tentar obter o estatuto de “Utilidade Publica”.

Na direcção:

- Criar comissões (estrada, BTT, Pista, comunicação social, etc.).
- Reduzir o número de directores para 5.
- Os membros da direcção não podem acumular a função de comissário.
- O director financeiro (ou tesoureiro) só tem essa responsabilidade dentro da direcção não acumulando portanto outras funções.

Estou plenamente convencido que o impasse actual se deve á altura festiva que passamos e que durante o mês de Janeiro o Presidente da MAG conjuntamente com os clubes filiados na A.C.P. irão ultrapassar esta crise que tem também repercussões no ciclismo nacional.

Tal como disse anteriormente, penso que o ideal seria a fusão da A.C.P. com a A.C.M e num futuro mais alargado a junção também da A.C.N. (Associação de Cicloturismo do Norte) A.C.V.R.

Poderão alguns pensar que com este meu pequeno texto estou a tentar candidatar-me, mas não, não sou candidato a nada nos órgãos sociais da A.C.P.
Sou simplesmente um comissário que força da minha residência estou filiado no Conselho Regional de Arbitragem da A.C.P., casa que conheço há trinta e quatro anos. Para os mais recentes, eu ainda sou do tempo em que havia fiscalização dentro dos carros de apoio das equipas.

Sou também um adepto da modalidade e talvez por ter a sorte de noutras funções estar presente em muitas provas nacionais e internacionais e falar também com muita gente diversa ter uma visão diferente da realidade da A.C.P.

Resta-me pois esperar que o marasmo que a A.C.P. ficou após a saída do Sr. Joaquim Leite em 2000 seja definitivamente ultrapassado com quem futuramente venha tomar conta dos destinos de uma casa cheia de tradição no ciclismo português.


21/12/07

Crédito Agrícola na Volta ao Mar do Sul da China (2)


Depois de estágio em Macau a equipa já esta em Hong Kong para o arranque da Prova.


A Volta ao Mar do Sul da China, conta na sua edição de 2007, com a presença da equipa Portuguesa Crédito Agrícola. Depois de uma primeira fase de adaptação, ontem a equipa treinou em Coloane, local onde será disputada a ultima etapa, já de encontra em Hong Kong, onde se iniciará no dia 23 a XII edição da prova.

A primeira equipa nacional a estar presente nesta zona do Globo, encara esta prova como um autêntico desafio. A alimentação, diferença horária e a língua, são dificuldades que a equipa terá de ultrapassar. Para Sérgio Ruas ”O mais dificil é a alimentação, mas por certo que é será uma experiência, esperando pois adaptar-me o mais rapidamente possível”.

A prova conta com um pelotão de 120 ciclistas, repartidos por 19 equipas, a equipa Crédito Agrícola participará agregada à selecção de Macau, e terá como principais adversários a equipa profissional de Hong Kong a Discovery/Marco Polo, as Selecções Sub 23 de Austrália, Dinamarca, Suissa e Rússia.

15/12/07

Centro Ciclista de Loulé – Bodas de Prata.

O Centro de Ciclismo de Loulé comemora hoje o seu 25.º aniversário com um jantar. O jantar será no Pavilhão do NERA em Loulé.
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O Centro de Ciclismo de Loulé, fundado em 13 de Dezembro de 1982, aposta, para além do ciclismo profissional de estrada, na vertente de BTT e na formação de jovens ciclistas.
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De referir que entre atletas, patrocinadores, representantes de várias entidades do concelho, região e do país sendo aguardadas quase 400 pessoas.
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Resta-me agradecer publicamente (e que muito me honrou) o convite efectuado pelo Sr. Presidente do Centro de Ciclismo de Loulé (Sr. Manuel Batista) mas, por afazeres familiares não me vai ser possível deslocar a Loulé.
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Amigo Batista, um abraço e força, pois os tempos não são fáceis e há que manter o Centro de Ciclismo de Loulé na estrada dado ser já uma referência do Ciclismo Português.
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De referir que entre atletas, patrocinadores, representantes de várias entidades do concelho, região e do país sendo aguardadas quase 400 pessoas.
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Como sempre bem acompanhado…

11/12/07

Crédito Agrícola na Volta ao Mar do Sul da China

A convite da Associação de Ciclismo de Macau, a equipa de ciclismo Crédito Agrícola vai participar de 23 a 30 de Dezembro na 22ª Volta ao Mar do Sul da China.

A prova será repartida por 3 sectores (Hong-Kong, Cantão e Macau) num total de 8 etapas. Para esta participação, Fernando Mota treinador da equipa, escalou os ciclistas Sérgio Ruas, Fábio Ferreira e Nelson Sousa.

Para Fernando Mota, ”Apesar da altura da realização da prova não ser a mais indicada, esta é uma oportunidade única de intercâmbio desportivo. Vamos confiantes em conseguir boas prestações, no entanto o mais importante é que a nossa participação possa abrir caminho a outras”.

A Crédito Agrícola tem já a viagem marcada para o próximo dia 16, pois para além da necessária adaptação ao diferente fuso horário, a equipa marcará presença no dia 20 de Dezembro nas comemorações do dia da RAEM (Região Autónoma Especial de Macau).

A 22ª Volta ao Mar do Sul da China terá as seguintes etapas:


1ª – Hong–Kong
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2ª – Shenzhen
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3ª – Dongguan
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4ª – Guangzhau
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5ª – Foshan
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6ª – Zhongshan
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7ª – Zhuhai
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8ª – Macau
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Resta-me desejar uma boa viagem e que tudo corra pelo melhor.


Boa sorte.

08/12/07

Associação de Ciclismo do Porto

Segundo a edição electrónica de "O Norte Desportivo" de hoje, a A.C.P (Associação de Ciclismo do Porto). está novamente sem Presidente de direcção.

Segundo os Estatutos, as direcções são eleitas por períodos de quatro anos, sendo estes coincidentes com o ciclo olímpico (exactamente como a Federação).

Nos últimos 3 anos houveram dois Presidentes (Sr. Sousa Vieira e Sr. António Moura) em que o primeiro ora se demitia, ora retirava a pedido de demissão num impasse e incerteza total, mas com o aval por ausência dos filiados (clubes).

Assim sendo, como é que se pode estabelecer um plano de trabalho a prazo?

Até quando os clubes lá filiados vão permitir um impasse desta natureza?

Há sensivelmente um ano atrás, na altura em que definitivamente o Sr. Sousa Vieira saiu, houve uma Assembleia-geral em que só estiveram presentes 3 ou 4 clubes do universo total das equipas filiadas na A.C.P. (relembro que só Equipas Continentais na área de jurisdição da A.C.P. são 4 num total de 9, Equipas de Clube 2, duas Equipas Femininas, Escolas, BTT, etc., etc., etc.).

Até quando os clubes lá filiados vão continuar a manter-se alheados a este problema?

Com que moral esses mesmo clubes podem depois reclamar o que quer que seja sobre o estado do Ciclismo na A.C.P. assim como a nível nacional?

Até quando também os clubes lá filiados vão permitir “arranjinhos” de última da hora adiando assim um impasse que já dura desde 2004? Eu diria mais, desde 2002…

No diz que disse, não há nenhum candidato disponível com perfil para assumir a presidência da A.C.P. No diz que disse também, parece que o Sr. Sousa Vieira se está a preparar para se candidatar novamente ao lugar deixado por ele vago há um ano atrás (seria vergonhoso se os clubes o permitissem, mas…).

No passado recente, conjuntamente com pessoas de competência mais do que comprovada, eu tive um projecto que estava bem delineado mas… por vontade dos clubes não chegou a sair da gaveta.

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Mas vou mais longe:

Porque não uma fusão entre o A.C.Minho. e a A.C.Porto?

Já reparam no peso que esta fusão teria no Ciclismo Nacional?
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Bem, passo a cito notícia que deu origem a este texto:

"Durou apenas 10 meses o reinado de António Moura à frente dos destinos da Associação de Ciclismo do Porto (ACP). No jantar anual de encerramento, realizado no passado sábado, o presidente da Direcção entregou a Manuel Ferreira, homólogo da Mesa da Assembleia-geral (AG), a carta de demissão. “São 58 anos ligados ao ciclismo. Já tenho mais de 80 anos. Decidi demitir-me porque fiquei saturado e por causa do meu estado de saúde”, justifica, a O NORTE DESPORTIVO, António Moura. “Estou um pouco apreensivo porque não aparece ninguém para a Associação”, acrescenta.Contactado pelo ND, Manuel Ferreira confirma o pedido de demissão e revela que não vai agendar nenhuma Assembleia-geral: “Vou tentar reunir, na próxima semana, com os dirigentes da Associação para saber o que eles pensam. Para já, não vou agendar nenhuma Assembleia-geral”. O presidente da Mesa da AG quer, no entanto, louvar a forma como António Moura deixou o cargo, ao invés da saída de José Sousa Vieira: “Confesso que fiquei surpreendido com a decisão. Mas fez as coisas correctamente. Não tem comparação a forma como decidiu sair em comparação com o antigo presidente. António Moura saiu de bem, não bateu com a porta como o fez Sousa Vieira”. Solução pode passar por um «vice». Dois cenários possíveis para o futuro da Associação de Ciclismo do Porto: criação de uma Comissão Administrativa ou um vice-presidente passar a assumir o papel de presidente. Esta segunda hipótese ganha mais força, até porque António Moura chegou a acumular esse papel numa fase em que Sousa Vieira abandonou a ACP. Manuel Ferreira considera que “a melhor solução é essa, tem mais peso do que ser criada uma Comissão Administrativa”.
Existe ainda uma terceira hipótese que é, no entanto, a mais improvável: a marcação de eleições em 2008. Caso venha a acontecer, a Direcção eleita ficaria automaticamente no poder até 2012, tal como designam os estatutos daquele organismo."

Fonte:
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Nota Final:
Termino este texto e para que não haja qualquer duvida afirmando que não sou candidato aos órgãos sociais da A.C.P. A minha relação com a A.C.P. é e será como sempre foi via Conselho Regional de Arbitragem dado que sou árbitro de ciclismo (comissário).

Ciclismo - Algumas fotografias.

Um destes dias vagueava pela pesquisava pela net para um trabalho que estou a fazer e descobri esta fotografia interessantíssima sobre uma corrida de Ciclismo que realizada em Trás-os-Montes (Alfandega da Fé) penso que nos longínquos anos 40.
A equipa no Benfica em 1931
Bem, outras fotografias também interessantes...

E falando de segurança... é sempre util uzar o capacete!!!!!!!!!!!

07/12/07

Aventura 2W - 3ª etapa

Pontos de passagem obrigatórios:

· Inicio Aventura – N41 08.437 W8 36.779

· Objectivo 1 – N37 01.396 W8 59.733

· Objectivo 2 – N37 11.524 W7 24.800

· Objectivo 3 – N41 48.227 W6 44.939

· Objectivo 4 – N41 56.344 W6 37.009

· Objectivo 5 – N42 02.118 W8 38.731

· Fim Aventura – N41 08.954 W8 36.646

06/12/07

Aventura 2w - 2ª etapa

A adesão superou todas as minhas expectativas, de tal forma que já não posso aceitar mais ninguém para esta aventura.

Limitei a 5 motas devido ao cariz da Aventura, fundamentalmente por questões de segurança, assim como também evitar eventuais "picanços" entre os Aventureiros.

O grupo de aventureiros dever-se-á conhecer muito bem. Deverão também conhecer o seu ritmo, assim como conhecer o ritmo dos outros elementos presentes nesta aventura.

Ainda a procissão vai no adro e já estou a planear a 2ª Aventura 2W maluca, mas mesmo maluca…, obviamente dependendo do resultado final obtido com a 1ª Aventura 2W maluca, mas mesmo maluca…

05/12/07

Para que não fiquem duvidas…

Assunto: Ciclismo.

Este Blog é meu e o tudo o que aqui é publicado refere-se única e exclusivamente a mim e ao (s) meu (s) ponto (s) de vista sobre o (s) assunto (s) em questão, assim como também não é um órgão de Comunicação Social.

Este espaço não serve para se transmitir “recados” de ninguém para ninguém, tudo o que aqui está, é da minha exclusiva autoria assim como responsabilidade. Também não deverá ser nunca associado a ninguém que não seja eu.

Tal como atrás escrevi este Blog não tem de ser neutral nem imparcial, para isso existem outros meios.

Sou livre de escrever o que bem entenda (desde que cumpra os requisitos mais elementares da boa educação, assim como também não colocar em causa sem fundamento legal o bom-nome e prestigio de pessoas e/ou entidades).

Este Blog não pretende ser um fórum de opinião, contudo há sempre espaço para quem não concordar com a (s) minha (s) opinião (ões) bastando para tal utilizar a ferramenta “comentários” que está no final do texto.

04/12/07

Aventura 2W

Aventura 2W
Maluca, mas mesmo maluca…

É uma ideia que já tenho na cabeça há alguns anos, ou seja, sair de um determinado ponto do país e regressar a esse mesmo ponto passando pelos quatro cantos de Portugal (Sagres - cabo de S. Vicente, Vila Real de Santo António, Bragança e Valença), estilo Volta a Portugal mas sem ser em bicicleta.

O objectivo desta aventura será fazer a ligação dos quatro cantos de Portugal no mais curto espaço de tempo possível, não sendo contudo uma corrida. Esta aventura será “non stop”, ou seja, as únicas paragens previstas serão as estritamente necessárias para reabastecimentos da mota, enquanto que o (s) reabastecimento (s) do (s) motociclista (s) e eventual (is) “pendura (s) ” será feito em andamento, perdendo-se assim menos tempo.

Claro está que a distancia poderá variar consoante o percurso escolhido mas com a rede viária actual será sempre uma aventura para ter mais de 1.800 km e uma duração que estimo na ordem das 18h/20h (convém não esquecer que os limites de velocidade deverão ser respeitados).
Outro dos objectivos desta aventura será a de não se repetir estradas, ou seja, a estrada que nos leva para sul não poderá ser a que nos trás para o norte.

O percurso será mais ou menos assim, Porto – Santarém – Odemira – Sagres – Vila Real de Santo António – Mértola – Beja – Estremoz – Alter do Chão – Castelo Branco – Guarda – Vila Nova de Foz Côa – Macedo de Cavaleiros – Bragança – Rio de Onor – Puebla de Sanabria – Verin – Ourense – Valença – Ponte de Lima – Viana do Castelo – Porto.

Maiores obstáculos para a realização desta aventura 2w:


- O seu custo, pois com o preço actual dos combustíveis e tendo como estimativa para portagens 75,00€ é uma aventura para se gastar sempre na ordem dos 500,00€ (inclui diversos gastos associados á utilização da mota que como sabemos não é só combustível, obviamente que o custos com o seguro e desvalorização não estão incluídos).
- A pouca autonomia (em termos de combustível) das motas.

Porquê Aventura e não viagem?

Como será uma viagem estilo “papa quilómetros” em que o único prazer será mesmo o de andar de mota, aliás, com os objectivos atrás mencionados não haverá tempo para visitas culturais ás localidades por onde se irá passar (por exemplo só para Évora seria sempre necessário no mínimo um dia inteiro) assim como também não irão haver paragens gastronómicas.

Outro dos motivos de lhe chamar aventura será o cansaço, cansaço esse que se irá começar a sentir em principio após a passagem por Vila Real de Santo António, logo associado a esse cansaço virá também a falta de paciência, etc., etc., etc., e este (cansaço), penso que será mesmo o obstáculo mais difícil de se ultrapassar.
Obviamente que antes de se iniciar uma aventura destas a condição física/psicológica deverá ser boa pois todo o trajecto será feito numa única etapa, assim como não será também para motociclistas inexperientes.

Enfim…


Muitos chamar-me-ão de doido, inconsciente, megalómano, etc., etc., etc., mas a esses eu pergunto, não se pode sonhar?

Muitos também se irão rir de mim, mas esses pouco me importa, pois quem verdadeiramente me conhece, sabe como sou e jamais me apelidará com adjectivos desses.

Se muitos sonham em fazer o Dakar, se outros sonham com viagens a Marrocos, outros ainda com voltas ao mundo, com viagens por essa Europa fora e porque não esta e nestes moldes?


Termino este meu pequeno texto dizendo uma vez mais que isto não se trata de um passeio mototuristico mas sim de uma Aventura em que o único objectivo é fazer quilómetros de mota tirando o máximo gozo do prazer que a condução pura poderá trazer.


A mota escolhida para a aventura 2w

Porto - inicio da aventura 2w
Sagres (cabo de S. Vicente) -1º objectivo aventura 2w
Vila Real de Santo António - 2º objectivo aventura 2w
Bragança - 3ºobjectivo aventura 2w
Rio de Onor - 4º objectivo aventura 2W
Valença - 5º objectivo aventura 2W
Porto - objectivo final da aventura 2w

01/12/07

Paulo Couto

Informo com enorme orgulho que Paulo Couto (Presidente da A.P.C.P.) foi eleito há momentos Vice-Presidente da CPA (www.CPAsite.org) onde estiveram presentes entre outros, representantes da BDR (Alemanha), Sporta (Bélgica), ACP (Espanha), UNCP (França), ACCPI (Itália).

Será por certo uma nova oportunidade para o Ciclismo Luso estar uma vez mais representado a nível mundial.

Desde já desejo as maiores felicidades ao Paulo Couto nesta sua nova etapa.

I I ª Gala A.P.C.P.

Realizou-se ontem (31/11/2007) no Casino da Povoa de Varzim a IIº Gala A.P.C.P.

Entre outras individualidades estiveram presentes Cédric Vasseur corredor profissional (ganhou a 10º etapa do Volta a França este ano) e que actualmente é o Presidente da CPA (www.CPAsite.org). Ainda no campo das individualidades estrangeiras de salientar a presença de uma comitiva da CPA assim como representantes da BDR (Alemanha), Sporta (Bélgica), ACP (Espanha), UNCP (França), ACCPI (Itália) (espero não me ter esquecido de ninguém).


No campo das individualidades portuguesas destaque muito especial para o Eng. Aires Pereira Vice-presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, representantes da Trevomar Navegação e Trânsitos, Lda., Dr.ª Cristina Veríssimo representante das Tintas Barbot, Eng.º Macário Correia Presidente da Assembleia-geral da U.V.P./F.P.C., Delmino Pereira em representação da U.V.P./F.P.C., Prof. José Santos Presidente da Associação Nacional de Equipas de Ciclismo Profissional, Sr. Basílio Angélico Presidente da Associação de Ciclismo de Vila Real, Sr. Jorge Gonçalves Presidente da Associação de Ciclismo do Minho, Sr. Joaquim Fonseca Vice-Presidente da Associação de Ciclismo do Porto, Sr. Caliço Vice-Presidente da Associação de Ciclismo do Algarve, representantes de praticamente todas as equipas profissionais de ciclismo assim como da nova equipa para 2008 Povoa Cycling Club (só o DUJA/Tavira não esteve presente).

Numa noite de estrelas e as estrelas eram os corredores estiveram praticamente todos presentes.

A equipa vencedora do Ranking APCP a Liberty Seguros (União Ciclista da Charneca), a corredor revelação do ano Tiago Machado do Riberalves-Boavista e o vencedor do Ranking APCP o Cândido Barbosa que assim sucede a Sérgio Ribeiro vencedor em 2007.

A PGM proporcionou a todos os presentes vários resumos da época agora finda, assim como alguns “apanhados” que colocou todos os presentes a rir.

Foi também homenageado Bruno Santos que faleceu recentemente e que foi jornalista de “A Bola”. Segundo o Sr. Ari Coelho, amigo e colega de profissão, só foi o Português que mais Voltas a França fez, assim como foi o responsável pela homenagem prestada a Joaquim Agostinho no Alpe d’Huez com a colocação de uma imagem.


Foto de Cedric Vasseur

Cedric Vasseur terminou a sua carreira profissional há poucos dias tendo entretanto sido eleito presidente da CPA, substituindo assim Francesco Moser.

28/11/07

Passeio Big Trails M.C.Porto

No passado dia 25 de Novembro o Moto Clube do Porto organizou mais um passeio destinado a motas do segmento “Big Trail”.

Transcrevo texto sobre o evento elaborado pelo Ernesto Brochado e disponível no sítio do Moto Clube do Porto:

“O Vasco Rodrigues e o Sérgio Correia prometeram e cumpriram. Delinearam um percurso de pouco mais de 50 km para todos os gostos, obrigando os 21 condutores deste Passeio para Trails do MC Porto a aplicarem-se nas serranias a norte de Viana do Castelo no radioso domingo de 25 de Novembro. Houve muita entreajuda, transpiradelas, unhas e motos tombadas para o lado. As duas Varaderos presentes aguentaram estoicamente e no final, na travessia a vau do rio Âncora, o Paulão tanto tentou que conseguiu afogar a sua pobre Dominator.

A Serra está uma desgraça.

A caravana inscrita foi pontual e enorme. Não é habitual termos 21 motos em passeios destes. Duas delas até tiveram passageiras e uma delas chegou a conduzir também. Após o encontro na sede, a maioria dos participantes arrancaram em viagem sem história até Viana, mais precisamente ao cimo de Santa Luzia. Com a foto de grupo tirada e último briefing do Sérgio, as 21 trails, de várias marcas e cilindradas lá se meteram na vegetação da serra, com calma, respeitando os muitos ciclistas. Gostávamos de dizer que também respeitamos a Natureza. Mas que Natureza? Esta já quase não existe. Os vários incêndios carbonizaram repetidamente a vegetação autóctone a assistimos à decadência total da serrania, com uma infestação geral de acácias. Em todo o percurso contaram-se os carvalhos pelas mãos, viu-se um castanheiro e meia dúzia de sobreiros. Mais nada! Até um mísero tojo arnal ou urze já é motivo de festa lá no alto. Valem as vistas ou para o vale de Outeiro a leste, ou para o mar, do lado contrário.

Grande treino de condução.

E ainda nem tínhamos “aquecido” e uma calçada romana se nos deparava a seguir à carreira de tiro arruinada. Alguns condutores preferiram seguir pela opção fácil, metendo-se quase toda a caravana pela irregularidade da calçada. E todos passaram. Aliás passou-se em todo o lado, com mais pisca arranhado, menos gramas de pintura na carenagem. O dia estava fabuloso, solarengo e sem pó graças às chuvas caídas durante a semana. As subidas e descidas iam-se vencendo, com pisos bons e outros nem por isso. Regueiras profundas, cascalheiras e pedras muito salientes e soltas foram testando os dotes de condução da malta. Passaram todos no teste. Seis motos tiveram um pouco de sono pelo caminho, deitando-se teimosamente, mas rapidamente acordadas pelos donos. Uma precisava de café. Insistiu na sonolência três vezes. O grupo ia parando várias vezes, agrupando e trocando impressões animadas. Para ajudar, a surpresa que nos esperava na Sra. da Cabeça, local de romaria no meio da serra e onde um valente aperitivo enganou a fome a todos. O Carlos Ruivo aproveitou a paragem e tentou fazer negócio com o dono de uma motorizada no local. Não conseguiu e foi curiosa a forma como o senhor se foi embora. Com um terno após 10 metros! Levantou-se, encaixou o banco na Famel e seguiu caminho após um “Tá tudo bem!”, balbuciado entre o hálito de vários bagaços. Deita, levanta e rola.
E lá se prosseguiu, com circuito panorâmico de onde se apreciava bastante bem a vizinha serra de Arga, e sempre perto da nova A 28 que agora rasga a serra a meia encosta. Nova paragem de agrupamento e ouve-se chegar uma monocilíndrica em grande ritmo. Sem tempo de raciocinarmos quem seria o campeão, o som de plásticos pelo chão fez virar muitos pescoços ao mesmo tempo. O Paulo Oliveira, sim, o Paulo Oliveira tinha-se entusiasmado com a F 650 emprestada e deu-lhe uma decoração nova. Poucos minutos depois já se rolava de novo com normalidade. Às principais dificuldades, os organizadores iam mostrando variantes fáceis. Mas qual quê. A malta queria era arregaçar as mangas. Siga então. E não eram pêra doce, algumas das irregularidades, principalmente para motos de 230 quilos.

Paulão lança âncora no meio do rio

Chegamos então à cereja no topo do bolo: a travessia a vau do Âncora, perto de Ponte de Saim. No local mais bonito do passeio, ainda com alguma vegetação ripícola – amieros, salgueiros e outras autóctones que emprestam um ar acolhedor às margens – uma a uma, todas as motos passaram para o lado norte. Com uns 30 a 40 cm de profundidade, a travessia não apresentava dificuldades de maior, apesar do fundo em pedra rolada. Houve até quem passasse mais que uma vez para a foto, graças à confiança no goretex das botas. Pois, que passar o resto do dia de pés molhados, com o fim da tarde frio a aproximar-se não tem grande piada.
E chega então o número do Paulão, homem sempre de um lado para o outro com a sua moto, arranjando desculpas e argumentos para não parar quieto um minuto. Mete-se no rio, a desviar a desgraçada da Dominator cada vez para partes mais fundas. Cada vez mais, cada vez mais até que... os escapes ficam debaixo de água num local já de um metro de profundidade. A pobre da moto berra “É demais!” E fez greve. Lá ficou o Paulão com água até ao banco à espera que alguém o fosse ajudar perante a gargalhada geral.
O Vasco Rodrigues é do bom tempo e meteu-se vestido no Âncora auxiliando o resgate da coitadinha. Graças aos seus dotes de mecânico, abriu o que tinha de abrir à pobrezinha, tirou água, lodo e quase ruivacos e trutas do motor, escapes, filtro e carburador da Dominator e após uma hora de intensa mecânica, o Vasco fez soar de novo o monocilíndrico.
Champarreão ganha clientes

Salva de palmas geral e ala para o tacho que as barrigas já se queixavam. O almoço-lanche fez-se em esplanada panorâmica do lugar de Espantar, ao lado de S. Lourenço da Montaria. Um sítio bonito!
Moelas, rojões, queijo e presunto constituíram o petisco. Mas o que marcou mesmo foi o champarreão!
Bebida típica do Minho vianense onde se mistura o vinho com cerveja, açúcar, canela e sabe-se lá que mais, escorregou nas goelas com muita facilidade. Os “navios”, púcaras em que vem para a mesa, foram esvaziados com celeridade. Grande lanche.
Grande passeio também, que terminou com outro regresso sem história, claro. O divertimento foi no monte, e aí não faltou."

Ficam mais algumas fotos do passeio depois desta discrição do Nestinho.