26/11/08

Visita rápida, mesmo muita rápida á Costa Vicentina


Ora cá vai mais uma das minhas sugestões de passeio…

…e desta vez será sul e para dois dias sendo como o meu ponto de referência é sempre o Porto estando neste caso a cerca de 350km do local sugerido para início do passeio pois praticamente restará do sábado o final de manhã e a tarde e no domingo a manhã pouco limita pois o tempo para uma pormenorizada visita/passeio e daí o titulo deste texto.

O local sugerido é o Cabo Espichel (perto e Sesimbra) onde podemos contemplar o vasto oceano que vamos contemplar durante todo o passeio.

Após uma breve visita no local de início, sim breve pois vamos ter muitos quilómetros para percorrer e belíssimas paisagens para apreciar, ruma-se directo a Setúbal mas com passagem pela Serra da Arrábida (claro está que entretanto passamos por Sesimbra e nem se quer se faz uma paragem para um simples café pois Sesimbra por si só merece uma visita mas o objectivo do passeio é outro…). Em Setúbal apanhamos o barco para Tróia onde rumamos em direcção a Sines. Sines Porto Covo, Vila Nova de Milfontes, Cabo Sardão, Zambujeira do Mar, Odeceixe, Aljezur, Praia da Carrapateira, Praia do Amado e aqui estamos já no Algarve.

Alojamento e alimentação sem sugestões, não que elas não existam e felizmente que são muitas, contudo penso que se deve privilegiar o passeio em detrimento do próprio passeio e não do alojamento e alimentação pois assim nunca há o olhar para o relógio e a descontracção e aproveitamento do passeio será em minha opinião sempre melhor.

…e está dado o mote para mais um passeio, contudo irei ainda cá colocar mais pormenores sobre esta sugestão de passeio como por exemplo as estradas a seguir, assim como também sugestão de locais a visitar como por exemplo as ruínas romanas de Miróbriga em Santiago do Cacém.

25/11/08

A.C.Porto - Projecto p/ Quadriénio 08/12 (2)

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PROJECTO PARA O QUADRIÉNIO 2008/2012
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Por diversas razões já sobejamente reconhecidas, a A. C. Porto, nos últimos anos, tem caído num marasmo total, sendo comprovado pela redução de provas realizadas na nossa área de influência.

Adicionalmente, a crise directiva, uma constante no mandato que agora está a terminar, com a passagem de três presidentes e outros tantos vice-presidentes, veio também contribuir para a degradação da nossa Associação.

Os elementos que encabeçam este projecto e que se propõe dirigir a A. C. Porto no próximo ciclo olímpico são pessoas com gosto pela modalidade e com provas dadas, que entenderam fazer algo pela A. C. Porto e consequentemente pelo Ciclismo, com o intuito de evitar o consequente “afundar” da A. C. Porto.

O nosso rumo será de sintonia com o da entidade reguladora do Ciclismo em Portugal, ou seja, a U.V.P./Federação Portuguesa de Ciclismo assim como também promover uma maior interligação com as associações regionais que nos rodeiam (Minho, Trás-os-Montes e Aveiro), mas sempre em conformidade com os interesses dos nossos filiados.

O nosso projecto visa repor a A. C. Porto no lugar a que já teve direito durante muitos anos, ou seja, a MAIOR associação do país, dotá-la de mecanismos de estabilidade, para que seja representada condignamente e defender assim os interesses da totalidade dos seus filiados.
Apresentamos então o nosso projecto de trabalho:

A curto prazo

a) Clubes

· Desenvolver as escolas de ciclismo (quer em estrada, pista e BTT).
· Incentivar o Ciclismo Feminino.
· Agendar sempre uma reunião com os clubes nas semanas anteriores ás Assembleias-gerais da U.V.P.-F.P.C.
· Na última quinzena de Setembro agendar uma reunião com todos os clubes de forma a se poder marcar as provas no calendário Nacional e Regional, defendendo assim os interesses dos clubes filiados.

b) Competição

· Aumentar a segurança das corridas (melhor sinalização, mais policiamento, melhores comunicações rádio, etc.) sejam elas da vertente BTT ou Estrada.
· Criação de rankings regionais em todas as vertentes (excepto escolas), desde o BTT até á Estrada, quer nos escalões masculinos quer femininos.
· Implementação de todas as vertentes da modalidade nas provas a realizar, quer seja de Estrada quer seja de BTT.

c) Arbitragem

· Tornar independente da direcção da A. C. Porto o Concelho Regional de Arbitragem.
· Dotar os Comissários de melhores condições de trabalho (aproveitando as novas tecnologias).

d) A. C. Porto

· Implementação
do “SITE” institucional da A. C. Porto na Internet.
· Criar comissões de trabalho (estrada, BTT, Pista, Comunicação Social, etc).
· Rever os estatutos, assim como criar um Regulamento Interno na A. C. Porto.
· Fazer representar a A. C. Porto de forma correcta e sempre que a sua presença seja solicitada (por mais insignificante que o convite possa parecer).
· Promover inter-ligação com o Desporto Escolar.

e) Clubes / A.C.Porto

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Agendar sempre uma reunião com os clubes nas semanas anteriores ás Assembleias-gerais da U.V.P./Federação Portuguesa de Ciclismo.
· Na última quinzena de Setembro agendar uma reunião com todos os clubes de forma a se poder marcar as provas no calendário Nacional e Regional, defendendo assim os interesses dos clubes filiados.

A médio prazo

a) Competição

· Aumentar a quantidade e qualidade de provas realizadas.
· Reactivar outras
vertentes do ciclismo (pista, rampa, ciclo-cross).
· Reactivar escalões de ciclismo “esquecidos” (Veteranos, Ciclodesportistas).
· Organizar campeonatos regionais.

b) A. C. Porto

· Formação
– organização de cursos regionais de formação e reciclagem para todos os agentes desportivos (comissários, treinadores, directores desportivos, atletas, etc.).
· Trazer a comunicação social de volta ás provas de ciclismo em todas as suas vertentes (estabelecendo protocolos com os diversos meios de comunicação – rádio, televisão, jornais).
· Organizar colóquios de Ciclismo, abertos a todos, e a realizar em locais diferentes percorrendo assim a área de influência da A. C. Porto.
· Incentivar as vertentes olímpicas do Ciclismo.
· Tentar obter o estatuto de “Utilidade Publica”.

Outros:
· Tentar realizar um Festival de Pista anual no Velódromo de Sangalhos.
· Tentar organizar uma prova por etapas do escalão 12 a terminar na Av. Aliados no dia de S. João.


Áreas de intervenção em detalhe

a) BTT
· Consolidar todas as vertentes do BTT.
· Criar condições para o desenvolvimento da vertente BTT ao nível regional.
· Promoção do campeonato do Campeonato Regional de BTT na vertente de Cross Country.
· Motivar
as organizações de provas não-oficiais de BTT, nomeadamente de Maratonas, à oficialização das mesmas.
· Criação de um Campeonato Regional de Maratonas.
· Promoção do BTT em diversos níveis, desde as escolas até aos veteranos.
· Sensibilização dos praticantes na filiação na U.V.P./F.P.C. através da licença de bttistas.
· Promover junto das autarquias a construção de pistas de BMX e consequentemente promover a realização de provas nesta vertente.

b) Formação

Uma das
apostas da nossa lista será obviamente na formação.
É nossa intenção incrementar o número de jovens praticantes e melhorar a formação de todos os agentes ligados ao ciclismo.
Não basta ter mais ciclistas, teremos de ter melhor ciclismo:

· Realização de acções de promoção da modalidade nas escolas.
· Captação de crianças e jovens para a prática do ciclismo.
· Realizar acções de formação para técnicos, dirigentes, comissários e ciclistas.
· Realização de acções técnicas para ciclistas.
· Realizar seminários, colóquios e palestras, onde de uma forma alargada se debatam temas de interesse para a modalidade.
· Criação de um gabinete de apoio às escolas de ciclismo.

c) Comissários

Um dos nossos pontos de honra, é tornar independente o Conselho de Arbitragem em relação à Direcção, para que os Comissários possam trabalhar autonomamente.
As nossas linhas de acção que propomos e que será o Plano de Actividades do Conselho Regional de Arbitragem são:
· Procurar, em conjunto com a direcção, colocar ao serviço dos comissários o máximo de meios possíveis, ao nível da informática, comunicações, vídeo, etc.
· Implementar desde o início da época regras para as inscrições e confirmação dos inscritos de forma a simplificar as confirmações no dia da prova.
· Conseguir que a associação disponha de jogos de Dorsais que serão utilizados pelas equipas nas suas provas.
· Fazer as nomeações com, pelo menos um mês de antecedência, sempre que possível, com base na análise dos calendários Regionais e Nacionais.
· Promover reuniões de informação/formação entre os comissários para melhorar a sua preparação teórica.
· Incentivar os comissários menos experientes a acompanhar em prova os mais experientes para assim melhorarem os seus conhecimentos práticos.
· Fazer uma analise individual com cada comissário para saber as áreas em que está menos à vontade, no sentido de aperfeiçoar os seus conhecimentos nessas áreas.
· Enquadrar cada comissário nas funções que mais pretenda desempenhar.
· Colocar imediatamente à disposição dos comissários, toda a informação relativa a regulamentos, circulares federativas, e demais documentos relevantes para a actividade.
· Promover activamente a imagem dos comissários da Associação de Ciclismo do Porto junto do Conselho Nacional de Arbitragem.
· Trabalhar em cooperação com o Conselho Nacional de Arbitragem.
· Disponibilizar aos clubes, atletas, directores desportivos e organizadores um endereço de e-mail através do qual poderão a qualquer altura pedir esclarecimentos acerca de regras, regulamentos, procedimentos, etc., dentro e fora da competição.
· Cooperar com os organizadores de uma forma construtiva, perceber as suas dificuldades, sem no entanto deixar de exigir os mínimos, no sentido de melhorar progressivamente a qualidade das provas.
· Monitorizar o comportamento dos comissários nas provas, de forma a garantir que a gestão desportiva é a mais adequada.
· Trabalhar em cooperação com a Direcção para que as provas da Associação de Ciclismo do Porto e os seus comissários voltem a ser uma referência a nível nacional.
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Após exposição do nosso plano de intenções, caso sejamos eleitos, o que sinceramente esperamos que aconteça, apresentaremos muito brevemente a composição de todos os órgãos sociais que compõem a nossa lista..., ressalvando desde já que a mesma está já devidamente elaborada.
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Sugestão de leitura:
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23/11/08

A.C.Porto - Projecto para o Quadriénio 08/12

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PROJECTO

PARA

O

QUADRIÉNIO

2008/2012
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Está já preparado!!!
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Novidades???
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...para muito brevemente.
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...mas levantemos um pouquinho a ponta do véu.
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A lista está já composta assim como todos os requisitos estatutarios para a formalização da candidatura estão também verificados.
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O plano de intenções também está já elaborado...
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Grande aposta da nossa candidatura: Consolidação do BTT e a Formação a todos os níveis.
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Associação de Ciclismo do Porto (eleições)

Estão já marcadas para o próximo dia de 22 de Dezembro as eleições de onde irão os elementos que irão dirigir a Associação de Ciclismo do Porto nos próximos quatro anos.

Como não podia deixar de ser e até quanto mais não fosse por uma questão de principio eu estou envolvido numa lista que se irá propor a dirigir os destinos da Associação de Ciclismo do Porto e ao que parece estarão neste momento na “calha” mais duas listas num total de três, pelo que os próximos dias serão decisivos para os próximos quatro anos na Associação de Ciclismo do Porto, assim como também no ciclismo nacional. A lista que sair vencedora no próximo dia 22 de Dezembro sairá pois com mais legitimidade.

Desejo pois que o bom senso impere neste momento pré eleitoral e que se “discuta” o Ciclismo e a Associação de Ciclismo do Porto.

21/11/08

Ciclismo...continuação.

Jornal Ciclismo,
Cá vou eu uma vez mais utilizar o trabalho alheio, ou seja e a exemplo dos meus textos anteriores transcrevo, por achar pertinente um trabalho efectuado desta feita pelo José Carlos Gomes, publicado no Jornal Ciclismo em 10 de Outubro de 2008 e que pode ser consultado em http://jornalciclismo.com/?p=208, embora neste caso só o vá citar parcialmente…


“Eleito para o quinto e último mandato como presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), Artur Moreira Lopes acaba de ser também de ser designado vice-presidente da União Ciclista Internacional (UCI). Perspectivando as tarefas que tem pela frente, o dirigente indica a aposta na pacificação do ciclismo e o combate ao doping como desafios ao nível da UCI e o desenvolvimento das vertentes de pista, BMX, BTT e freestyle como grandes desafios em Portugal.
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Que expectativas tem para o mandato de vice-presidente da UCI?
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As expectativas passam por dar o meu contributo para duas questões que são neste momento essenciais. Uma é a pacificação do ciclismo mundial, com o estabelecimento de um calendário compatível. A outra é a evolução do passaporte biológico.
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Tem algum pelouro específico na direcção da UCI?
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Não tenho pelouros, tenho é tarefas. Além de vice-presidente sou responsável pela Comissão de Estrada da UCI, sou administrador da Fundação Mundial de Luta Antidopagem e sou administrador do Centro Mundial de Ciclismo.
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Acalenta a ambição de ser presidente da UCI?
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Não.
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Entretanto foi reeleito para o quinto mandato na FPC. Quais as principais apostas?
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O crescimento das vertentes fora da estrada: BTT, BMX e Freestyle, que também será modalidade olímpica em Londres’2012. Relativamente à pista, com a construção do Velódromo Nacional e Centro de Alto Rendimento em Sangalhos, Anadia, é nossa intenção criar uma escola de pista. O freestyle parte do zero. No BMX é necessário criar mais pistas e multiplicar o número de praticantes. Quanto ao BTT, a maior aposta irá recair no cross country, que é uma modalidade olímpica.
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Numa entrevista à Agência Lusa referiu a preparação da sua sucessão como outro aspecto central do quinto mandato.
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Isso foi um erro de interpretação do jornalista. O que eu disse é que espero que dentro da minha equipa haja cada vez maior dinamismo e mais dirigentes a apresentarem projectos para o desenvolvimento do ciclismo. Isto para que, daqui a quatro anos, altura em que está fora de questão uma recandidatura da minha parte, possam sair deste leque de dirigentes que me acompanham o núcleo que dará seguimento ao trabalho que vem sendo realizado.
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Apesar de ser alvo de várias críticas, ninguém se apresentou como alternativa nas últimas eleições. Estava à espera?
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Há sempre aqueles que criticam por criticar. Relativamente aos outros, aqueles que têm projectos e ideias alternativas, mesmo não se tendo apresentado a eleições, convido-os a virem apresentar as suas propostas, porque podem ser importantes para o ciclismo.”

Tal como diz o Dr. Artur Moreira Lopes (Presidente da U.V.P./F.P.C.) está na hora de apostar forte nas novas vertentes fora de estrada e nada melhor do que começar pelo BMX e construção de novas pistas, pois segundo me parece esta vertente só existe mesmo a sul do país, haja pois apoios de entidades públicas como as autarquias assim como da U.V.P./F.P.C. e por certo que essas pistas irão aparecer. As associações regionais terão também um papel muito importante pois são elas que estão no terreno mais próximas das autarquias e de outras entidades particulares pois não será só por certo cm o apoio das autarquias que o BMX avançará…

20/11/08

Ciclismo...

A exemplo do meu texto anterior transcrevo, por achar pertinente e actual um trabalho efectuado pelo João Santos e José Carlos Gomes, publicado no Jornal Ciclismo em 24 de Outubro de 2008 e que pode ser consultado em http://jornalciclismo.com/?p=210.

O facto de o transcrever não quer dizer que esteja plenamente de acordo com o texto, embora nalguns casos esteja em sintonia com o Prof. José Santos.


“Mesmo que tenha divergido de Artur Lopes no passado, José Santos elogia o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, considerando que o líder federativo prestigia o ciclismo português. Mais dúvidas merece a equipa de trabalho que acompanha Lopes, com duas excepções, também alvo de palavras de apoio: Delmino Pereira e Francisco Manuel Fernandes. José Santos propõe a substituição das associações por delegações federativas, dotadas de meios humanos capazes de colocarem em prática as políticas definidas a nível central.
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O actual presidente da Federação está há 16 anos no cargo e foi eleito para mais um mandato. Pode fazer-se um balanço linear destes anos todos?
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Não há alguma alternativa ao actual presidente. Ele é um elemento muito forte dentro de uma direcção muito fraca. Tem um bom presidente-adjunto, Delmino Pereira, e uma pasta financeira, Francisco Manuel Fernandes, bem gerida. Mas só o poder do presidente nem sempre é suficiente, só o seu valor prestigia a equipa directiva. Embora eu lhe aponte alguns erros e críticas, como a retirada da Volta ao JN.
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O panorama a nível associativo é menos risonho?
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As associações têm um papel altamente secundário. Acho até que seria mais proveitoso para a modalidade que as associações fossem substituídas por delegações da Federação Portuguesa de Ciclismo. Passava a haver uma política nacional aplicada em cada local. Um erro da actual Federação é ter muitos técnicos em Lisboa, não os distribuindo pelas associações regionais. Há um que conheço, o Luís Teixeira no Minho e é por isso que essa associação funciona melhor do que quase todas as outras juntas. A associação do Algarve, fruto essencialmente do trabalho de dois dirigentes, também é muito boa. De resto…
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O ciclismo jovem tem estado a ser bem gerido?
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Havia muito mais praticantes quando tínhamos o Movimento Juvenil de Ciclismo do Norte, mas os tempos eram outros.
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Um dos problemas da modalidade é haver poucos novos praticantes e, grande parte, vir já de famílias ligadas ao ciclismo.
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Há poucos praticantes novos porque não há equipas. No Boavista recebemos uma média de meia dúzia de telefonemas por mês de familiares de jovens que querem iniciar a prática de ciclismo e não sabem onde fazê-lo. Não havendo clubes não pode haver ciclistas. Por isso há muitos praticantes de BTT, porque a burocracia é menor e não existe a necessidade do clube. Na estrada, há demasiada burocracia. Por exemplo, era importante que a determinada altura da época os juniores de segundo ano pudessem competir com os sub-23, da mesma forma que estes competem com os profissionais. Irrita-me quando me dizem: “A UCI diz que é assim”. E rio-me quando vejo as multas das provas nacionais em francos suíços. É um exemplo que demonstra a total dependência em relação à UCI.
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A escassez de clubes tem a ver com os custos elevados do ciclismo face a outras modalidades?
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Também. Mas um aspecto a ter em conta é a falta de massa crítica para se desenvolverem projectos de raiz. Talvez a actual geração de corredores venha a ter essa capacidade, mas entretanto o que fomos assistindo foi a antigos corredores que terminam a carreira e querem logo implementar projectos megalómanos. Isso não pode ser. O caso do Benfica é um desses. Não está de acordo com a realidade nacional.
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Em que medida?
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Inflacionou o mercado de sub-23, destruindo o trabalho feito pelas equipas desse escalão. Também inflacionou o mercado profissional. E agora abandona ou reformula-se, não tendo uma política de continuidade.
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Mesmo assim valeu a pena este regresso?
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Penso que não. Criou expectativas que saíram goradas e inflacionou o mercado para valores que as outras equipas não estavam preparadas.
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O ciclismo vive acima das suas possibilidades?
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Sim, mas nem é tanto a nível das equipas. É mais ao nível da organização das provas. Uma corrida internacional custa quase tanto como formar uma equipa para o ano inteiro. Não temos dimensão para tantas provas internacionais. A actual situação é quase como a de um indivíduo que se desloque de Porsche, mas que não tenha dinheiro para a gasolina. Depois as dificuldades são grandes para pagar os prémios. Se a Volta ao Alentejo, por exemplo, fosse nacional, o orçamento chegava para fazer uma volta ao Baixo Alentejo e outra ao Alto Alentejo. E isso seria preferível para o ciclismo.
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O futuro do ciclismo passa pelo BTT ou a estrada ainda tem muito que dar?
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A estrada tem futuro, mas é preciso inovar. Não é uma tarefa fácil, mas é preciso dar a volta. Não podemos, por exemplo, continuar presos aos ditames da UCI. A média das edições todas da Volta a Portugal é de 16 dias. Não podemos fazer uma Volta só com 11 dias. Se baixarmos de escalão podemos ter 15 dias. Cada dia ganho é mais importante, porque permite levar a prova a mais localidades e cada dia a mais significa maior rentabilização do investimento dos patrocinadores. Num país com a dimensão do nosso, 11 dias é escasso. Isto não é a Bélgica ou o Luxemburgo.”

Em relação ao comentário efectuado pelo Prof. José Santos sobre as associações de ciclismo, mesmo não gostando, sou obrigado a concordar com ele e exemplo disso é o marasmo que tem sido a A. C. Porto nos últimos anos. De referir também o bom exemplo da A. C. Minho com o trabalho efectuado pelo Luís Teixeira que recordo está a tempo inteiro da associação pelo que seria um bom exemplo a seguir pelas associações e devidamente apoiado pela U.V.P./F.P.C.

19/11/08

BTT...

Transcrevo, por achar pertinente e actual um trabalho efectuado pelo João Santos e José Carlos Gomes, publicado no Jornal Ciclismo em 23 de Janeiro de 2008 e que pode ser consultado em http://jornalciclismo.com/?p=184

“O ex-ciclista Delmino Pereira é o rosto da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) para a vertente de BTT. Tendo pela frente a difícil tarefa de chamar à estrutura federativa os milhares de praticantes e as centenas de provas que crescem sem vínculo oficial, o natural de Campeã, Vila Real, quer fazer crescer o BTT da base para o topo. Primeiro há que aumentar o número de federados para melhorar o nível competitivo e encontrar grandes campeões. É esse plano que explica em entrevista ao Jornal Ciclismo.
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Que projectos tem enquanto responsável pelo BTT na Federação Portuguesa de Ciclismo?
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Não sou o responsável máximo. O BTT é uma área entregue ao senhor Armelim Azevedo, que teve um problema de saúde, motivo pelo qual a equipa de BTT foi reforçada comigo e com o senhor Rodrigo Ramos. A FPC reconhece que o BTT é a vertente em maior crescimento e expansão e teremos de tomar medidas mais determinadas e fortes para corresponder à evolução do BTT, organizando e optimizando toda a oportunidade que temos de melhorar.
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Em termos concretos, que medidas são essas?
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Há três questões em jogo. Primeiro, aumentar o número de provas e de praticantes inscritos na FPC. Em segundo lugar, dinamizar a modalidade no que concerne à competição, melhorando o nível das provas. Por fim, aumentar o empenhamento nas selecções e na internacionalização.
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Qual a prioridade?
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Temos urgência de reforçar o BTT nas suas bases e é algo que estamos já a fazer. Temos um índice elevadíssimo de corridas e atletas não filiados. De imediato, estamos a proporcionar condições vantajosas para que se inscrevam.
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Que condições são essas?
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Ao nível de seguros desportivos, âmbito no qual melhoraremos a cobertura, isentaremos de franquias de participações de sinistros. Estamos a estabelecer protocolos que beneficiarão todos os atletas federados, de que é exemplo o protocolo já assinado com as Pousadas de Juventude e que confere descontos a todos os filiados na FPC. Estamos também a preparar um outro protocolo com o Inatel. As condições de filiação de provas estão a ser melhoradas, diminuindo os encargos para os organizadores. Um clube inscrito na Federação paga 30 euros para filiar uma prova de BTT de um dia. Não é preciso andar por aí com provas piratas. Vamos exigir aos organizadores que diferenciem as taxas de inscrição para filiados e não filiados, uma vez que os filiados têm seguro que cobre todo o ano.
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Isso pode tirar proveitos às organizações.
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Não tira. Os organizadores têm de pagar os seguros. Se um atleta já está segurado, não faz sentido estarmos a pagar um seguro específico para aquela prova.
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Que receptividade espera para essas medidas?
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Estamos convencidos de que, aumentando a adesão dos praticantes de BTT à FPC, ganhamos capacidade de argumentação para pedirmos mais apoios ao Governo para uma vertente em franca expansão. Só com esta adesão teremos verbas para investir na competição e para aumentar o nível desportivo dos nossos praticantes. É desejável que surjam no BTT atletas profissionais. Vê-se muita qualidade, atletas que poderão prestigiar o país nas provas internacionais.
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Muitos praticantes de BTT criticam a FPC, alegando que, apesar de haver mais pessoas a praticar BTT, os esforços federativos estão mais direccionados para a estrada. Faz sentido?
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Não. A FPC toda a vida desenvolveu o ciclismo de estrada, mesmo quando não havia o BTT. O ciclismo de estrada é auto-suficiente, porque tem um trunfo extraordinário: a Volta a Portugal, um produto extremamente rentável. O que sustenta o ciclismo de estrada é a Volta e as receitas que recebemos do acordo que temos com a PAD. Não faz sentido que a federação desloque verbas do ciclismo de estrada para o BTT. Quando nos criticam estão a cometer um erro de análise. O praticante de BTT deve consciencializar-se de que o trunfo do BTT é o grande número de praticantes. Só quando tivermos esses praticantes filiados é que teremos verbas para investir no BTT. Estamos convencidos de que acabará por haver uma forte adesão dos praticantes de BTT à Federação Portuguesa de Ciclismo, o que nos dará argumentos para pedir mais apoios, de modo a podermos investir.
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Esta preocupação da FPC não poderia ter surgido mais cedo? O fenómeno não é tão recente como isso.
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A adesão tem vindo a acentuar-se há poucos anos. Despertou a febre das maratonas e, neste momento, temos organizadores com credibilidade e outros que nem tanto. Não creio que seja tarde para agirmos. Há uma tradição de prática livre e desburocratizada do BTT. Reconheço que poderíamos ter feito mais, mas está a chegar a hora exacta de não permitirmos que tudo continue como está. Estamos a perder a oportunidade de ter grandes campeões a disputar mundiais e europeus. Dado o “boom”, de certeza que nestes pelotões há atletas de muita qualidade. O que mais apaixona os praticantes de BTT é superar-se desportivamente, dando o seu máximo na proximidade com a natureza. As maratonas não são apenas lazer. São também competições. E as competições têm problemas. É preciso normalizar regras de segurança para proteger os atletas. Há normas de saúde também em causa: nem todos os praticantes estão preparados para os esforços que são exigidos. Alguém tem de controlar isso e tem de ser a federação. Por fim, há a questão do doping. São provas teoricamente de lazer, mas pode existir doping, porque há prémios e interesses económicos envolvidos. É responsabilidade da federação tutelar estes assuntos.”

Agora passados 10 meses pode-se dizer que muito trabalho foi efectuado e com alguns resultados já visíveis sendo sem sombra de duvida que o 2009 será o ano de viragem definitivo
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17/11/08

Sugestões de leitura

Algumas sugestões de leitura:
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Um texto colocado por mim neste blog em 31/12/2008.
http://2w-paulao.blogspot.com/2007/12/novamente-acp.html
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Aliás são vários os textos colocados por mim sobre o tema A.C.P. - Associação de Ciclismo do Porto, basta pois procurar no arquivo do blog.
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Além da sugestão anterior deixo mais duas (embora estas publicados noutros blogs):
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1º) Texto publicado em 14/03/2008
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2º) Texto publicado em 10/03/2008

15/11/08

A.C.P. - Eleições (2008/2012) 02

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Órgãos Sociais da
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Associação de Ciclismo do Porto

De acordo com os Estatutos da Associação de Ciclismo do Porto aprovados em Assembleia-geral realizada no dia 11 de Dezembro de 1997 e posteriormente publicados no Diário do Governo número 41/98 (suplemento) III Série, os Órgãos Sociais da Associação de Ciclismo do Porto são compostos da seguinte forma:

Mesa da Assembleia-geral
Presidente
Vogal
Secretário
Total de três elementos

Direcção
Presidente
Vice-presidente
Director Financeiro
+ Seis Directores
+ Seis Suplentes
Total de quinze elementos

Conselho de Arbitragem
Presidente
+ Dois Vogais
+ Dois Suplentes
Total de cinco elementos

Conselho Fiscal
Presidente
+ Dois Vogais
+ Dois Suplentes
Total de cinco elementos - Um destes elementos tem obrigatóriamente que ser TOC (Técnico Oficial de Contas)

Conselho Jurisdicional
Presidente
+ Dois Vogais
+ Dois Suplentes ou substitutos
De salientar que todos estes elementos tem obrigatoriamente que ser licenciados em Direito (Advogados)
Total de cinco elementos licenciados em Direito

Assim sendo, o número mínimo de elementos necessários para apresentação de uma lista candidata aos órgãos sociais na Associação de Ciclismo do Porto é de 33 (trinta e três).

Após analisar estes números com a frieza e respeito que os mesmos merecem, acho algo caricata a mini entrevista concedida pelo Sr. Sousa Vieira ao jornal “O Norte Desportivo” e publicada ontem (14/11/2008).

Mas se se analisar profundamente os comentários do Sr. Sousa Vieira, atrevo-me a afirmar que uma vez mais ele demonstra que não tem a mínima noção da realidade dos factos, assim como também nem se quer se lembra que foi ele o causador do mau período que a A. C. Porto passou neste último ciclo olímpico. A mesma análise demonstra também uma incompetência para o cargo a que se propõe candidatar (Presidente da Direcção), embora na entrevista dê o dito por não dito (vá-se lá saber porquê…) ao afirmar que o actual Presidente Miguel Ribeiro realizou menos provas do que ele realizou três anos antes. Pergunto, mas como é que o actual Presidente podia organizar mais provas se quando tomou conta do cargo já os calendários nacionais e regionais estavam fechados?

Francamente sr. Sousa Vieira pense um pouco antes de dizer o que quer que seja…


Quanto ao facto de supostamente haver outra lista é bem provável que ele exista e quem sabe se a mesma não será encabeçada por mim, ou talvêz não…?
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Sr. Sousa Vieira, suponhemos que o Miguel Ribeiro encabeça uma lista, repito, suponhemos, então e tal como o senhor disse na entrevista o Miguel Ribeiro terá efectuado menos corridas, ora assim sendo terá segundo as suas palavras menos competência para o cargo que o senhor, então e também ainda assim sendo porque é que o senhor não avança então com a sua lista para os órgãos sociais da A. C. Porto?
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NOTA FINAL:
Devo salientar que tenho o maior respeito e consideração pelo sr. Sousa Vieira enquanto pessoa.

14/11/08

A.C.Minho - Festa de Encerramento da Época Desportiva

A habitual Festa de Encerramento da época desportiva da Associação de Ciclismo do Minho está marcada para o dia 29 de Novembro (sábado).

No decurso da iniciativa serão entregues os prémios do Troféu Revelações ACM (Ciclismo de Estrada: Iniciados, Infantis, Juvenis e Cadetes), Campeões Regionais de Estrada (Cadetes e Juniores), Campeonato Regional de BTT (Cross Country e Down Hill) e Troféu Revelações de BTT (Infantis).

A iniciativa decorrerá, a partir das 19h30, no Restaurante das Oliveiras (Guimarães).
Fonte: www.acm.pt

12/11/08

A.C.P. - Eleições (2008/2012) 01

Com o final do ano aproxima-se mais um acto eleitoral na A.C.P. - Associação de Ciclismo do Porto para o ciclo olímpico (2008/2012) agora iniciado.

Ora são vários os rumores que correm no meio de que o Presidente que iniciou mandato (Sr. Sousa Vieira) que agora está a terminar e que teve um comportamento vergonhoso com o ora demito-me ora retira demissão e que o seu vice-presidente que depois assumiu a presidência (Sr. António Moura) tendo também abandonado o cargo, se estão a preparar para apresentar uma lista a sufrágio (sim, têm esse direito legitimo, moralmente é que não, digo eu…).

Será caso para perguntar a confirmarem-se estes rumores;

Senhores Sousa Vieira e António Moura não têm vergonha na cara para fazer o que supostamente estão a fazer?

Mas tal como diz o provérbio:

“À primeira, qualquer cai. À segunda cai quem quer.”

Será caso para também perguntar caso também ainda haja alguém a confiar em vós, vão demitir-se em que altura, no final do primeiro mês, ou do segundo?

Mas estou plenamente convencido que as entidades que têm direito a voto na A.C.P. - Associação de Ciclismo do Porto não vos darão esse voto de confiança, pois o vosso passado recente assim como postura social no meio ciclistico não merece qualquer crédito, aliás basta ver o Sr. Sousa Vieira supostamente escreveu num Blog que tudo indica ser de sua autoria…

10/11/08

U.C.Maia - Vendas de Bicicletas Bottecchia



Com o fecho de mais uma temporada, a Maia SEC ABB vai colocar as suas bicicletas à venda. São bicicletas Bottecchia, modelo 8avio. Para mais informações sobre preços poderá ser consultado o sítio na internet da União Ciclista da Maia (http://www.ucmaia.com/) e as suas características, poderá consultar no site da Bottecchia (http://www.bottecchia.com.au/).


Qualquer duvida poderão enviar mail para ucmaia@gmail.com ou 919855421.

06/11/08

Moura – por Terras do Grande Lago

5ª Etapa do Waypoint Trail Challenge
É já no próximo dia 15 de Novembro que se vai realizar em Moura, junto ao Alqueva, a última etapa do WTC.

Esta prova que terá início pelas 9 horas no Castelo de Moura e vai também dar a conhecer as equipas vencedoras do 1º troféu Waypoint Trail Challenge.

Numa estreita colaboração com o Moto Clube de Moura esta 5ª e última prova vai realizar-se num tipo de paisagem muito diferente das anteriores, mas igualmente bela, com caminhos fantásticos para que os participantes desfrutem ao máximo das suas trails, levando-os a conhecer melhor uma região que tem na cultura e história a sua maior riqueza.

05/11/08

A.C.P. (Reunião com os filiados).

O Presidente da direcção da A.C.P. – Associação de Ciclismo do Porto (Miguel Ribeiro) reuniu ontem á noite com os clubes lá filiados com vista á preparação da participação da A.C.P. na próxima Assembleia Geral da U.V.P./F.P.C. que se vai realizar já no próximo sábado.

Relembro que uma das promessas de Miguel Ribeiro era precisamente esta, ou seja, reunir com os clubes numa reunião preparatória podendo assim defender mais cabalmente o interesse dos seus filiados.

Desta reunião saíram algumas propostas que serão apresentadas na próxima A.G. da U.V.P./F.P.C.
Salvo melhor opinião será este um bom exemplo do dirigismo desportivo e que deveria ser sempre assim em todas as associações (Ciclismo e não só), em vez do tradicional “quem quiser que venha falar, se não veio é porque está bem como está”.

04/11/08

Pensamento do dia...

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A vida são dois dias e um já passou.
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Os HOMENS definem-se pelos seus actos e convicções, os COVARDES são os primeiros a abandonar o navio e depois há ainda as "Amélias", sim as "Amélias", que não sabem o que querem da vida, mas indo sempre atrás dos outros sem saberem lá muito bem porquê, mas vão só por ir...
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Autor: Fernando Ferreira

02/11/08

Sugestão de visita/passeio a Viana Castelo Ponte de Lima

Viana do Castelo foi fundada em 1258 pelo rei D. Afonso III, com o topónimo de Viana da Foz do Minho, mas toda a sua região conta com a presença de tribos e povos bem anteriores, como comprovam as ruínas de um castro ou citânia, provavelmente da Idade do Ferro, no topo o lindíssimo Monte de Santa Luzia. A cidade, sede de distrito e município, localiza-se junto à bela foz do rio Lima, tendo no mar uma das suas principais características e influências. Viana do Castelo está situada num local abençoado pela natureza, marcado pelo Verde Minho e o profundo azul do Mar e do Rio Lima que a acompanha, concedendo paisagens únicas e inesquecíveis.
Ao longo da Idade Média, Viana torna-se um importante porto marítimo, e durante a época dos Descobrimentos Portugueses, o porto de Viana era mesmo o terceiro mais movimentado do País. Já no século XX viria a ser construída uma frota bacalhoeira nos estaleiros de Viana do Castelo para a pesca do bacalhau nos mares do norte.
Tal como foi dito atrás, Viana do Castelo que conta já com 750 anos de existência é sede de um município com 314,36 km² de área e cerca de 36.750 habitantes no seu núcleo urbano e 83 mil em todo o concelho, subdividido em quarenta freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Caminha, a leste por Ponte de Lima, a sul por Barcelos e Esposende e a oeste tem litoral no Oceano Atlântico.
As origens do povoamento remontam a antes da era cristã como o comprovam as ruínas de um castro ou citânia no alto da colina de Santa Luzia. Recebeu o seu primeiro foral do rei Afonso III de Portugal em 1258 e o nome de Viana da Foz do Lima em razão da sua localização geográfica; em 1848 foi elevada a cidade por decreto de Dona Maria II, tendo visto então a sua designação alterada para Viana do Castelo.
O património cultural popular vianense é o que mais diferencia Viana do Castelo de outros municípios. A variedade etno-folclórica, que se exprime na opulência e diversidade dos trajes, na riqueza dos ouros, na vivacidade do folclore, na originalidade do artesanato, na variedade da gastronomia e na alegria das suas vibrantes romarias, fazem de Viana do Castelo uma terra fiel ás tradições e entronizam-na como capital do folclore português.
Os sete séculos e meio do seu percurso histórico, foram deixando indeléveis marcas arquitectónicas que hoje muito valorizam a cidade. Igrejas e conventos de várias épocas, palácios, palacetes e casas senhoriais, edifícios públicos de venerável antiguidade, enriquecem Viana do Castelo.
Viana do Castelo é rodeada por montanhas verdejantes, onde nasce o sol, pelos reflexos de azul intenso do Oceano Atlântico e pela serenidade do Rio Lima, Viana do Castelo proporciona aos visitantes um ímpar património natural de paisagens deslumbrantes, cheias de cor e de luz.
Tal como foi dito Viana do Castelo é terra de tradições e forte história, presente nas suas bem preservadas ruas e caminhos, de forte fervor religioso e grande herança de casas senhoriais e brasonadas. Vários são os locais de interesse em Viana, podendo-se destacar a bonita e medieval Igreja Matriz (ou Sé), a graciosa Praça da Rainha, com os Paços do Concelho e centrada pelo Chafariz renascentista, o Teatro Sá de Miranda ou a emblemática Ponte metálica projectada por Gustave Eiffel, de onde se pode admirar a grande beleza da cidade. Encimando a cidade, no Monte de Santa Luzia, encontra-se um dos mais bonitos locais do Minho, a Igreja de Santa Luzia, cuja construção se iniciou em 1903 e ficou totalmente concluída apenas em 1943. Do alto deste monte o panorama é maravilhoso, avistando-se o centro histórico de Viana e toda a foz do rio Lima que desagua no imenso oceano Atlântico.
Mas voltemos ao património cultural popular vianense...

…mas mesmo muito próprio desta tradicional Viana é o seu folclore, trajes típicos, e artesanato muito próprio e afamado, de onde se destaca a arte de trabalhar o ouro, produzindo peças muito próprias e afamadas ao longo dos séculos, com obras de arte como as tradicionais “Arrecadas de Viana”, os “Colares de Contas (produzidas pelas civilização grega, etrusca e fenícia e castreja), as “Memórias de abrir”, a “Laça” ou o “Coração”, bem como uma rica e famosa Gastronomia. Uma das festividades mais afamadas e concorridas é Festa em honra à Senhora d´Agonia, sendo uma das mais bonitas Romarias do País, mas também com o desfile das mordomas, em que centenas de raparigas de todo o concelho desfilam com os tradicionais trajes e ricos adornos de ouro, ou a tradicional procissão no mar, incluindo a bênção dos barcos dos pescadores.
Claro está que não podia falar de Viana do Castelo e esquecer-me do Funicular de Santa Luzia que vencendo um desnível de 160 metros, em seis a sete minutos, a viagem no Funicular de Santa Luzia é a mais longa de todos os funiculares do país, com os seus 650 metros, tendo mais do dobro da distância do que se lhe segue, o da Nazaré (com 310 metros), havendo ainda em Lisboa os da Bica (283 metros), o da Glória (276 metros) e da Lavra (188 metros) e em Braga, o do Bom Jesus, com apenas 274 metros.

Uma coisa é certa, muita coisa ficou por escrever sobre Viana do Castelo, capital do Minho Litoral…

Mas vamos um pouco a Ponte de Lima…

Por Sua vez Ponte de Lima é a sede de um município com 321,20 km² de área e 44 343 habitantes (2001), subdividido em 51 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Paredes de Coura, a leste por Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, a sueste por Vila Verde, a sul por Barcelos, a oeste por Viana do Castelo e Caminha e a noroeste por Vila Nova de Cerveira. Recebeu foral de Dona Teresa em 4 de Março de 1125, sendo a vila mais antiga de Portugal. Não desvirtuando outros pontos de interesse, Ponte de Lima é fundamentalmente conhecida pela Sarrabulhada assim como pelos seus jardins onde anualmente se faz um festival. Em termos de ambiente Ponte de Lima tem nas suas lagoas o seu ponto alto sendo as mais conhecidas as de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, localizam-se nas freguesias de Bertiandos, S. Pedro de Arcos, Estorãos, Moreira do Lima, Sá e Fontão, a 4 Km da sede de concelho de Ponte de Lima e a 19 Km da sede de distrito de Viana do Castelo, entre o Rio Lima (Sul) e as Serras de Arga e Cabração (Norte), com acesso pela EN 202. Em termos naturais, a área enquadra-se no terço médio inferior do curso e bacia hidrográfica do Rio Estorãos, a cerca de 2 Km da foz na margem direita do Rio Lima. Os limites, com uma área total de 350ha, seguem de acordo com Decreto Regulamentar n.º 19/2000 de 11 de Dezembro, o vale que se forma a partir da passagem do rio pela freguesia de Estorãos até à EN 202, limitada a Este pelo povoamento de Bertiandos e a Oeste por S. Pedro d´Arcos.

…e se de Viana do Castelo ficou muita coisa por escrever, o que dizer de Ponte de Lima pois aqui sim, ficou mesmo muita coisa por escrever.

E está dado o mote para mais um passeio…

…para quando ainda não sei, mas que será um passeio algo diferente dos habituais pois neste será dado preferência á vertente cultural e gastronómica. Muita coisa há ainda para preparar, mas basicamente será na parte da manhã para uma visita pedonal a Viana do Castelo, depois seguir até Ponte de Lima para a sarrabulhada e para ajudar a aliviar o estômago uma visita aos múltiplos jardins de Ponte de Lima, jardins esses que por si só justificam uma visita exclusiva.