27/09/09

Treinadores de Ciclismo

...ainda na sequência dos textos anteriores.

Sim treinadores de Ciclismo, alguém sabe o que é isso?

Sim é que normalmente são confundidos com os Directores Desportivos o que nalguns casos é verdade mas em muitos…

Aproveito um comentário da Dr.ª. Marina Albino no Blog “Veloluso” na “II – Etapa 521” e que tomo a liberdade de transcrever parcialmente para aqui:

Já agora e passando um olhar pelo programa dos cursos de treinadores, em vez de se lamentar os resultados positivos de doping, porque não introduzir nesses programas umas quantas horas de formação específica sobre "Prevenção e luta antidopagem".
Porque não alertar os técnicos para os perigos e consciencializar que a nova lei 27/2009 de 19 de Junho é altamente penalizadora e repressiva do doping, apesar de ainda não estar regulamentada.
Técnicos mais esclarecidos e conscientes das sanções em que incorrem, são técnicos que quererão o desporto mais verdadeiro.
Para quando tocar com o dedo nas feridas, chamar os bois pelos nomes e ser-se honesto. O exemplo tem que partir em primeiro lugar dos dirigentes, dos técnicos e todo o staff que vai formar e acompanhar os jovens atletas do futuro.


Pegando pois nas palavras da Dr.ª. Marina Albino como mote há um outro pormenor muito importante na formação que só não vê quem não quer, ou seja, criam-se regulamentos para não serem cumpridos.

No processo de filiação das equipas é necessário que haja pelo menos um treinador “Nível 2” o que em muitos casos não existe. O que acontece e com o conhecimento da Federação (que posso muito bem provar esta minha afirmação - sim com o conhecimento da Federação) é que muitas dessas equipas arranjam alguém que tenha o curso “Nível 2” ou “Nível 3” para serem o treinador de fachada da equipa não havendo depois o devido acompanhamento da equipa. Se nas Equipas de Clube e Equipas Continentais esta situação não é em minha opinião assim tão grave já na formação não posso concordar com esta situação. Se há regulamentos eles que se cumpram.

Não pretendo particularizar este texto com a situação da ADRAP e obviamente que este caso particular (o da ADRAP) ainda vai fazer correr muita tinta e muito provavelmente a procissão ainda nem saiu do adro, contudo esta é ou era pelo menos até final do mês de Maio uma das equipas que estava na situação atrás referida, mas tal como disse há outras equipas na mesma situação.


No BTT o problema ainda é maior dado a sua curta existência e só agora praticamente se estarem a começar a filiar os grupos de amigos como equipas de ciclismo e com proporções tão grandes que a Federação se viu obrigada (como situação transitória somente para esta época e como forma de contornar os regulamentos) a realizar acções pontuais (Trofa e Castro Marim) e especificas para que treinadores de “Nível 1” obtivessem a equivalência ao “Nível 2” e assim viabilizar a inscrição da equipas para a presente época. Na altura fui de opinião favorável pelo que não vou agora estar aqui a criticar, mas que essa acção não passou de uma simples fachada lá isso não passou até porque não houve nenhuma teste de avaliação no final do dia. Bem, ficou o compromisso de no final da época os participantes irem tirar como deve ser o curso de “Nível 2” . Como complemento apesar da “fachada” da acção (eu estive presente na da Trofa) e posso garantir que foi bastante interessante, mas mesmo assim não passou de uma situação de branqueamento dos regulamentos existentes.
A Federação ciente da “balbúrdia” que reina no meio decidiu (se a memória não me atraiçoa na Assembleia-geral de Outubro de 2008) que nos escalões até Júniores nos Campeonatos Nacionais e na Volta a Portugal os "treinadores oficiais" tinham obrigatoriamente de acompanhar a equipa no carro de apoio e eu posso garantir que isso não aconteceu assim como também posso garantir que os comissários não questionaram pelo treinador, se por desconhecimento dessa regra ou se por terem recebido instruções para “fecharem os olhos” sinceramente não sei o motivo. Aliás, e se a memória não me volta a atraiçoar esta decisão era extensiva também aos chamados sub-23 (Equipas de Clube).

Com este meu texto só pretendo reforçar o meu texto anterior, ou seja, se algum corredor for apanhado a usar substancias consideradas dopantes toda a “cadeia” hierárquica dentro do clube deveria igualmente ser castigada, ou seja, além do corredor deveria em minha opinião ser castigado também o Director Desportivo e o treinador. Em relação ao Presidente do Clube penso eu só em situações de haver mais do que um caso positivo. Obviamente que há funções incompatíveis no Ciclismo como por exemplo ser treinador da equipa e Presidente do Clube e essas incompatibilidades deveriam ser verificadas e respeitadas.

Termino este texto como terminei o anterior, ou seja, está nas mãos dos amantes das modalidade dar um novo rumo á mesma e no texto anterior dei uma forma muito simples, cómoda e barata de como todos podemos contribuir.

26/09/09

(continuação) Doping, é triste...

Sugestão
Este texto, não deve ser lido sem primeiro lerem o anterior, assim como também não devem ambos os textos serem lidos de forma “atravessada” como se diz na gíria.



Começo por dizer que subscrevo integralmente o editorial de Vítor Serpa.

Não vou para escrever coisas como as que li num site de ciclismo com nome de jornal em que os responsáveis desse site têm dois pesos e duas medidas e onde são permitidos insultos vãos e afirmações caluniosas assim como também a utilização de linguagem vernácula.

Quero também deixar aqui uma palavra de solidariedade para os dois jovens em questão, NÃO NOS PODEMOS ESQUECER QUE SÃO DOIS MIUDOS AINDA DE TENRA IDADE DESPORTIVA e nem quero imaginar pelo que estão a passar neste momento.

Contudo a situação não pode nem deve ser branqueada.

Neste momento não faço a menor ideia de quais as substancias detectadas pois o que sei do caso é o que vem na edição de “A Bola” de ontem, contudo independentemente das substancias utilizadas se uma situação destas se passasse com o meu filho garanto que a levaria até ás ultimas consequências recorrendo obviamente ás entidades policiais (PJ) e haveria de descobrir quem está por detrás disto tudo e depois obviamente recorrer aos tribunais para obter a devida condenação por porem em causa a saúde do meu filho, o meu bom-nome enquanto encarregado de educação assim como também de estarem a hipotecar o seu futuro.

Também no diz que disse se diz que no passado houveram casos semelhantes que foram branqueados com a ajuda da Federação, sinceramente não disponho de dados para sustentar esta afirmação contudo e tomando como verdade essas insinuações porque será que desta vez não fizeram a mesma coisa?

Será que foi por causa de já terem sido alterados os Estatutos da U.V.P./F.P.C. em que quem preside aos destinos da Federação ficou com poderes para quase tudo sem ter que dar satisfações a ninguém?
É que se for assim realmente a Federação já não necessita em nada da A.C.P. pois convém não esquecer que quem manda nos desígnios da A.C.P. é a A.D.R.A.P. e que pelos antigos Estatutos tinha muito peso na Assembleia-geral da Federação se o quisesse claro, podendo pois dar azo a eventuais “jogadas” de bastidores, mas eu não estou a afirmar nada, estou tão-somente a pensar alto.

Que a A.D.R.A.P. tinha (ou tem) muito peso na Federação não tenho duvidas pois senti-o na pele enquanto Vice-presidente da A.C.P. em que conseguiram “negociar” directamente com a Federação situações que a mim (enquanto Vice-presidente da A.C.P.) me foram liminarmente vedadas.

Mas e muito sinceramente estou plenamente convencido que não terá sido por esse motivo que o assunto foi divulgado (uma vez mais pelo Sr. Fernando Emílio - aparentemente amigo pessoal do Sr. Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo através do jornal “A Bola” e que é caso para dizer, isto há cá cada coincidência…).

Penso pois que está na altura de uma vez por todas as “gentes” do Ciclismo darem as mãos e fazer com que estes casos de doping sejam levados até ás ultimas consequências servindo pois de exemplo para o futuro assim como também mostrar que o Ciclismo está contra o doping.

Não bastará simplesmente castigar os atletas em questão, é necessário ir á fonte e cuidado a nova lei do doping é bem explícita nisso.

Como forma de pressão poderão os amantes e agentes (atletas, treinadores, mecânicos, massagistas, comissários, etc., etc.) da modalidade escrever para a Federação solicitando/exigindo que de uma vez por todas sejam tomadas medidas sobre a matéria e se o movimento for grande posso garantir que será feito algo, pois se aparentemente com uma simples carta anónima eu fui “suspenso” por como estafeta mota ter participado aparentemente numa prova pirata e está inclusivamente a decorrer um inquérito disciplinar sobre isso, o que não fará pois a Federação numa situação de recepção de correspondência massiva sobre estes casos de doping?

Está pois nas mãos de todos nós decidir-mos o futuro da modalidade que todos gostamos, sigam a minha sugestão…

25/09/09

Doping, é triste...

…mais uma sexta-feira negra!!!



E diz o ditado que não há duas sem três… e se esta é a segunda sexta-feira negra no nosso ciclismo esperemos pela terceira então, ou melhor, esperemos que o ditado popular não se concretize.

Há momentos quando via na televisão os rodapés noticiosos nem cria acreditar, não que não se fale nisto no meio há muitos anos, claro que sim, todos falam sobre o tema doping nas classes de formação, bem não falam pois só se deve escrever o que se pode provar.

Capa do jornal “A Bola” de hoje



Texto do mesmo jornal retirado do Veloluso com origem ainda no mesmo jornal;

"'Doping' em todas as idades
Vencedores das Voltas de cadetes, juniores e elites acusaram positivo Volta do Futuro está 'limpa', faltando confirmar dois casos no Masters
Por Fernando Emílio

APENAS dois dias deram para saborear a medalha de prata conquistada por Nélson Oliveira nos Mundiais de ciclismo na Suíça. Uma semana depois de vir a público o controlo positivo com EPO/CERA de três corredores da Liberty Seguros, nos quais se encontrava Nuno Ribeiro, vencedor da Volta a Portugal, o doping está de novo na ordem do dia no pelotão português.
João Pinto, corredor da ADR Ases de Penafiel e vencedor da Volta a Portugal de cadetes (escalão para jovens de 15 e 16 anos), também acusou positivo, situação idêntica à vivida por Daniel Freitas, do mesmo clube, e vencedor da Volta a Portugal de juniores (17 e 18 anos). As contra-análises em ambos os casos confirmam os primeiros resultados, que desta forma determinam a suspensão dos jovens e a vitória nas provas a ser atribuída aos segundos classificados.

Mas os casos de doping não terminam aqui. A 1.ª Volta a Portugal de Masters, organizada para colocar na estrada a velha guarda do ciclismo português, também está manchada por duas situações que aguardam pelos resultados das contra-análises que serão efectuadas dentro de dias. Todas as categorias, à excepção da Volta do Futuro, ganha por Marco Cunha (ALU), parecem envenenadas pelo doping, com reflexos imprevisíveis para a modalidade.

Situações anormais

O presidente da UVP/FPC, Artur Lopes, escusou-se a comentar os casos cujas resoluções ainda não foram anunciadas pelo Conselho de Disciplina. «A única coisa que sei é que há situações anormais, mas não faço ideia se se trata de aspirina ou insulina! Podem ser casos de solução fácil, ou de extrema gravidade. Não sei! Até o Conselho de Disciplina se pronunciar, nada terei a acrescentar sobre o assunto.»

Já para Joaquim Ferreira, presidente e treinador da ADR de Penafiel, os casos em que estão envolvidos os seus jovens corredores podem mesmo ser uma cabala. «É inacreditável. Estamos a falar de formação e não de elites... Pelo que nos foi relatado, os valores e as substâncias envolvidas são de uma sofisticação laboratorial e ao nível sénior. Falaram até em algo apenas injectável. E depois acusaram positivo num dia, no dia seguinte já estavam limpos e no dia a seguir acusavam outra vez... Há muita coisa mal contada nesta história e até vir a confirmação da contra-análise só nos resta esperar», declarou.

O caso dos dois jovens corredores pode mesmo ganhar contornos complexos: «Não ponho a mão no fogo por ninguém, não sei o que fazem fora dos treinos. Mas estes rapazes, em competição, nem batatas fritas comem. É só massas e carnes grelhadas e cozidas. Além disso, os pais estão tão convencidos da inocência dos filhos que estão na disposição de apresentar queixa na Polícia Judiciária para se tirar a limpo esta história. Já consultaram até médicos e ninguém acredita como isto é possível.»
"

Tal como eu digo e já escrevi aqui neste meu espaço. Quando realmente se quiser acabar com o doping no Ciclismo basta que o castigo que é aplicado aos atletas seja também igual para o Director Desportivo respectivo. Não quero com isto dizer que são os Directores Desportivos que os mandam tomar as ditas substancias dopantes, o que quero dizer com isto é que se eles também fossem penalizados directamente fariam um controlo muito mais apertado sobre os seus atletas.

Ainda sobre o tema coloquei há dias um comentário no site “Jornal de Ciclismo” que foi moderado (não publicado) por um dos responsáveis (Sr. José Carlos Gomes) alegando eventuais insinuações de doping organizado e que supostamente acusava o médico do clube, contudo sobre isto farei um texto em separado como aliás já lhe comuniquei.

Em vez de a U.V.P./F.P.C. andar a perder tempo e recursos financeiros para saber se eu estive em alguma prova pirata na Póvoa de Varzim, em vez do senhor Vice-presidente da Federação (Sr. Delmino Pereira) se deslocar á primeira etapa da Volta a Portugal dos Cadetes para solicitar ao organizador que prescinda dos meus serviços por eu estar numa situação de litigio com a U.V.P./F.P.C que dediquem mais do seu tempo para estas situações - citando uma senhora deputa do CDS “…eles sabem que eu sei que eles sabem que eu sei…” anómalas agora evidenciadas. Todos sabemos que há anos que se diz no diz que disse que estes casos existem nos escalões mais jovens do nosso Ciclismo.

Mas sobre este caso em particular (Volta dos Cadetes e dos Juniores) estou algo curioso para ver como vai ser a triangulação entre o senhor Presidente da Direcção da U.V.P./F.P.C., o senhor Presidente da Direcção da A.C.P., do o senhor Presidente da Assembleia-geral A.C.P. dada a sua ligação umbilical ao clube em questão e do Presidente da Câmara Municipal de Penafiel que é simultaneamente também o Presidente do Conselho Jurisdicional da A.C.P.

Mas e voltando ao tema, será que a Policia Judiciaria estará já no terreno?
E porquê? Porque pura e simplesmente pela nova lei do doping é considerado crime.

Se no caso do Povoa Cycling Club (que ainda não está concluído) havia suspeitas de doping organizado neste caso concreto e presumindo que as contra-analises irão dar o mesmo resultado será caso para aprofundar rapidamente esta situação até porque estamos a falar de escalões de formação – convém não esquecer.

Esperemos pois pelo desenvolver deste caso e de outros que venham a surgir pois ao que parece há também (como se esperava) problemas com doping na Volta dos Veteranos e os resultados da Volta dos profissionais ao que parece ainda não são conhecidos.

24/09/09

Blogger



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21/09/09

(continuação) Ciclismo em Portugal...

...e ainda como complemento ao meu texto anterior.


Realmente situações de doping em nada dignificam o desporto e muito menos a modalidade Ciclismo e não vale a pena dizer que o controlo no Ciclismo é mais apertado, que o Ciclismo é pioneiro e que se fosse no Futebol provavelmente seria tudo abafado pois contra factos não há argumentos.
Também não posso concordar com alguns comentários que tenho lido na net em que pura e simplesmente comparam o atleta que seja apanhado nas malhas do doping a um simples e reles criminoso – não está correcto. O atleta prevaricou logicamente que será julgado e castigado como tal.

Contudo e a razão deste pequeno texto é a de alertar para outras realidades do Ciclismo chamando á atenção...

Muito, mas mesmo muito sinceramente espero que não utilizem estes três últimos casos de doping (ou outros que possam surgir num futuro próximo) para branquear outras situações anómalas no Ciclismo Português. Salvo melhor opinião parece que a modalidade na vertente estrada está em coma vígil e como prova do seu estado basta analisar a presente época…

Resta pois ao dirigentes do nosso Ciclismo (se tiverem capacidade obviamente) inverter o rumo dos acontecimentos e em vez de perderem tempo com picuises e mesquinhices que se dediquem ao que se propuseram a votos no final do ano passado. Bem sei que o Ciclismo não é só a vertente profissional e sei bem que alguma coisa tem sido feito no BTT e nos escalões mais jovens mas não se podem esquecer, o que faz mover as multidões é o Ciclismo de estrada e muito particularmente a Volta a Portugal dos profissionais, o resto por muito que gostemos não passa de paisagem.

19/09/09

Ciclismo em Portugal

.
.
Qual o futuro próximo
do
Ciclismo Profissional Português?
.
.
Sombrio, muito sombrio mesmo, digo eu…

Se recuarmos um pouco no tempo com facilidade verificamos que algo anda mal ano após ano. No início da presente temporada foram só seis as equipas Continental que conseguiram formalizar a sua inscrição a saber:
· EC – Barbot / Siper – 14 corredores (12+2)
· EC – Centro Ciclismo Loulé / Louletano – 17 corredores (14+3)
· EC – LA / Rota dos Móveis – 12 corredores (8+4)
· EC – Liberty Seguros – 15 corredores (11+4)
· EC – Madeinox / Boavista – 11 corredores (9+2)
· EC – Palmeiras Resort / Prio – 14 corredores (9+5)

Se esmiuçarmos um pouco mais chegamos a outro dado também ele desolador, ou seja, estiveram filiados com contrato profissional na U.V.P./F.P.C. oitenta e três corredores sendo sessenta e três portugueses e vinte estrangeiros maioritariamente espanhóis (estes números foram efectuados com a informação disponível há momentos no sítio na Internet da Federação Portuguesa de Ciclismo).

Como até prova em contrario todos são inocentes e como também só devo escrever/afirmar o que posso provar, todos estes oitenta e três corredores estão a receber o ordenado que têm escrito no seu contrato de trabalho e que está na U.V.P./F.P.C. e estão todos no activo, ou seja, nenhum deles está inscrito somente para fazer numero e assim a (s) equipa (s) conseguir atingir requisitos mínimos regulamentares, quer em quantidade de corredores quer em média étaria. Claro está que nos diz que disse do pelotão nacional são vários os que dizem que há corredores que não recebem ordenado porque se ofereceram para correr de graça, também se diz que há corredores inscritos nas equipas só para fazer numero (é um facto que há algumas fotografias de atletas das equipas no sítio na Internet da Federação Portuguesa de Ciclismo que eu não conheço, mas admito ser culpa minha), etc., etc., etc.

Por outro lado, se verificar-mos o calendário que foi aprovado na Assembleia-geral da Federação Portuguesa de Ciclismo em Outubro de 2008 e depois comparar-mos com as provas efectivamente realizadas em 2009 facilmente constatamos que algumas ou foram anuladas ou então baixaram de escalão e no numero de dias de corrida sendo os casos mais graves duas provas da PAD (Prémio de Santarém e Prémio de Paredes) não esquecendo por exemplo o Abimota que teve só um dia de corrida, Volta a Trás-os-Montes, Rota do Vinho Verde que nem sequer foram para a estrada.

Foi também triste ver este ano em algumas provas pelotões com pouco mais que 50 corredores e mesmo assim sendo necessário recorrer a equipas espanholas para atingir este numero, como por exemplo a 1ª prova da Taça de Portugal em Vieira do Minho.

Voltando ao diz que disse do nosso pelotão e com a fim já anunciado da EC – Liberty Seguros em 2010 parece que confirmadas como Continental só irão haver três equipas.

Com as dificuldades financeiras com que a PAD se tem debatido nos últimos tempos e com o panorama atrás referido, para poder manter ainda o escalão das provas internacionais que organiza e que se encontram no calendário da UCI os custos serão bem maiores pois terá necessidade de contratar mais equipas estrangeiras. Não nos podemos esquecer que as outras provas internacionais irão ter o mesmo problema.

Mas qual a minha previsão (pessimista) do futuro próximo:
Todas as provas irão baixar de escalão, as equipas muito provavelmente irão passar todas a Equipas de Clube e a esmagadora maioria das provas por etapas passarão a ser 2.13.
Sendo assim a Volta a Portugal do Futuro deixará de ter razão de existir e muito provavelmente juntar-se-ão as duas Voltas fazendo uma com três semanas de competição como era há vinte anos atrás. Obviamente que depois as actuais Equipas de Clube serão tratadas como "Profissionais" que é o que o povo quer ouvir, ou será que está no tempo de voltar-mos a ter os "Séniores A" e "Séniores B"?

Claro está que Portugal em termos de selecção perderá alguns corredores (só já temos direito a três) pois não irá obter pontuação para poder levar mais corredores, casos como o do Rui Costa e do Sérgio Paulinho que deram nas vistas ás equipas estrangeiras deixarão de acontecer uma vez que essas equipas simplesmente deixarão de vir correr a Portugal assim como também as equipas portuguesas deixarão de correr no estrangeiro (excepto provas do escalão 13).

No futuro próximo do Ciclismo Português resta também saber se a PAD se manterá como principal organizadora de provas de estrada, em que moldes o fará e se o caderno de encargos existente será integralmente cumprido, aliás, duvido que o tenha sido nos últimos anos, mas como não o conheço integralmente não me posso pronunciar sobre esta matéria a não ser duvidar.

Não nos podemos esquecer que o Ciclismo jovem se movimenta basicamente á custa dos dinheiros que a PAD "dá" a Federação desde 2004 para organizar as provas a que está obrigada por contrato.

Custe a quem custar há que definir rapidamente o futuro da PAD no nosso Ciclismo e como todos sabem eu continuo a ser um adepto da PAD (mesmo com o que aconteceu comigo após os nacionais de Stª Maria da Feira, mas isso não é para aqui chamado).

Ainda não há muito tempo em Portugal tínhamos dez equipas profissionais sendo inclusivamente uma da 1ª divisão (actualmente ProTour), oito da 2ª divisão (actualmente Continental-Profissional e onde estava o Benfica no ano passado) e só uma na 3ª divisão (Equipa Continental) que é o escalão onde actualmente estão todas as equipas portuguesas.

Resta que rapidamente a Federação Portuguesa de Ciclismo defina o futuro do nosso Ciclismo até quanto mais não seja que as equipas (as actuais profissionais e de sub 23) saibam como se hão de preparar para a próxima época. Os organizadores de corridas também necessitam saber qual o futuro, pois organizar uma prova como a Volta ao Alentejo (2.1) ou um Joaquim Agostinho (2.2) não é exactamente a mesma coisa que uma prova 2.12 como foi por exemplo o Prémio de Paredes ou a Volta a Trás-os-Montes (se tivesse havido).

Por falar na Federação Portuguesa de Ciclismo, o pagamento dos prémios aos corredores será que anda em dia? Como agora ninguém pode reclamar…


Complementarmente não nos podemos também esquecer e voltando ao diz que disse, estão na calha alguns projectos para trazer novas equipas á estrada quer como Equipas Continental quer também como Equipas de Clube. Nesta altura andam também todas as equipas e potenciais equipas na estrada a tentar arranjar dinheiro para os seus projectos pelo que a actual indefinição em nada ajuda podendo até descredibilizar a modalidade junto dos eventuais patrocinadores assim como também das pessoas que dão a cara por esses projectos.

Mas como sou algo lunático espero bem que este meu raciocínio também o seja e que lá para Dezembro tudo o que aqui escrevi não seja verdade. Como eu gostava de estar errado!!!

10/09/09

Prémio Festas do Concelho de Gondomar


Vai-se disputar já no fim-de-semana 12 e 13 de Setembro o Prémio Festas do Concelho de Gondomar. Tradicionalmente esta costuma ser a ultima prova por etapas do calendário nacional e onde foram já inúmeros corredores que aproveitaram esta prova para terminaram, contudo, este ano e com a atrasar de Março para Setembro do Prémio de Santarém organizado pela PAD, será pois a penúltima prova do calendário por etapas do escalão 12.

Mesmo dividindo o protagonismo com a I Copa Ibérica de Pista a disputar no Velódromo Nacional – Centro de Alto Rendimento de Ciclismo em Sangalhos, os principais nomes do nosso ciclismo irão estar presentes em Gondomar de onde se salienta Nuno Ribeiro da Liberty Seguros (que simplesmente foi o vencedor da ultima edição da Volta a Portugal), João Cabreira do CC Loulé-Louletano, Tiago Machado da Madeinox-Boavista e ainda Sérgio Ribeiro da Barbot-Siper que recorde-se é um sprinter por excelência e que venceu há poucos dias no Brasil a Volta ao Estado de São Paulo.

O Prémio Festas do Concelho de Gondomar disputar-se-á no seu formato tradicional, ou seja, uma etapa no sábado de tarde (Lipor em Baguim do Monte junto à Stª Rita – Gondomar), um contra-relógio no domingo de manhã na Av. da Conduta e o já tradicional circuito de S. Cosme no domingo de tarde.

Como é habito o circuito de S. Cosme irá atrair algumas largas centenas de espectadores e o espectáculo velocipedico está garantido até ao último metro.

Além das equipas profissionais irão estar presentes também algumas formações de sub 23 onde o destaque vai para a Aluvia/Valongo que tem ganho praticamente tudo ao longo da presente época.

Programa do Prémio Festas do Concelho de Gondomar.

1ª Etapa (12 de Setembro – sábado)

Lipor (Baguim do Monte) – Gondomar (Pavilhão Multiusos) / 92,3 Km

Partida ás 15:00
Chegada prevista para as 17:28

Percurso:

KMS Lipor – Baguim do Monte – Rua das Covas – dir. p/ Rua Dr. António Castro Meireles – Igreja de Baguim – dir. para
Rua Padre Joaquim das Neves –
Praça da Estação – rotunda pela direita –Túnel
Rua Dr. Mário Cal Brandão – Rua da Estrada Nova
Rotunda – esq. para Igreja de Rio Tinto.
Rotunda em frente para Igreja de Rio Tinto – em frente p/
Av. Dr. Gonçalves Sá – rotunda em frente p/ Av. da Conduta
0 Rotunda – Av. da Conduta – em frente p/ Av. da Carvalha
1 Rotunda – Av. da Carvalha – esq. p/ Fânzeres
1,9 Fânzeres – Estátua do Soldado em frente p/ S.Pedro Cova
2,9 Alto da Serra – S.Pedro Cova – dir. p/ Estrada D. Miguel
5,5 Estrada D. Miguel – rotunda em frente – Jovim
9,3 Descida inclinada e perigosa –
11,2 Cruzamento com a EN 108 – esq. p/ Melres
15,7 Esposade
16,4 Barragem Crestuma – em frente pela EN 108
17,5 Lixa –
20,2 Medas – Vila Cova – EN 108
23,5 Final de subida
24 Início de descida – separador central – esq. p/ Recarei -Salto
26 Sarnada
31,5 Esq. para / Gondomar / S. Pedro da Cova
34 Aguiar
36.5 Descida
39 Entrada em Belói – paralelo – estrada estreita em 100 metros
39,2 Belói – subida
39,6 Cruzamento – dir. p/ S. Pedro da Cova –
41 Escola EB 2-3 – rotunda – esq.
41,6 Covilhã – rotunda em frente para Alto da Serra – inicio subida
42,8 Alto da Serra – esq. para Estrada D. Miguel
45,5 Estrada D. Miguel – rotunda em frente – Jovim
46 Jovim
49 Descida perigosa – cruzamento com EN 108 – esq.
51 Cruzamento com a EN 108 – esq. p/ Melres
57,5 Lixa – esq. para Covelo – Pavilhão Municipal
60,5 Covelo – centro rotunda direita
61,5 Paralelo – início subida
63,4 Serra das Flores – Fim de subida
65,1 Fim de descida – cruzamento c/ EN -319-2 – direita para EN -108
66,7 Cruzamento com EN 108 – direita para direcção Porto.
68 Medas
80 Atães
83,5 EN 108 – Casa Branca
83.7 Rotunda – em frente
83,8 Rotunda – em frente p/ Freixo
85,5 Ribeira de Abade
86,6 Túnel – Rotunda – dir. p/ Gondomar (EN – 209) – Vila Verde
89,4 Rotunda em frente p/ Gondomar
89,6 Rotunda – Gondomarinho em frente p/ Rua Cosme F. Castro
90,6 Rotunda pela Direita p/ Via Direccional
91 Rotunda em frente p/ Rua da Igreja
91,4 Cruzamento c/ Rua da Igreja – dir.
91,8 Dir. para Rua de Santo André
92,1 Rotunda dir. para Pavilhão Multiusos
92,3 Meta em frente ao pavilhão Multiusos Gondomar Coração de Ouro


2ª Etapa (13 de Setembro – domingo/manhã)

Contra-relógio individual

Gondomar – Gondomar / 6,7 Km

Partida do 1º corredor: 10.00 horas.
Concentração e partida: Rotunda Rotary (Av. General Humberto Delgado).
Meta final: Em frente à Câmara Municipal de Gondomar.

Percurso:
Rotunda Rotary – Partida
Avenida da Conduta – rotunda – junto à sede do CC de Gondomar –
Avenida da Conduta – cruzamento com a Av. da Carvalha – retorno
Rotunda Rotary – em frente – início de subida.
Sete Caminhos
Câmara Municipal de Gondomar

3ª Etapa (13 de Setembro – domingo/tarde)

Circuito de S. Cosme – 60 kms – 20 voltas
Partida: 16:00 horas

Percurso:
Km 0 Câmara Municipal de Gondomar
Rua Combatentes da Grande Guerra
0.3 Prelada esq. para
0,3 Rua General Humberto Delgado
0.7 Rotunda Rotary – esq. para
0,7 Avenida da Conduta
1,5 Esq. para Rua do Vilar
1,8 Esq. para Rua Manuel Ribeiro de Almeida
2,3 Ponte Real – Subida – Prémio de Montanha às 5ª 10ª e 15 ª Volta
2,6 Rua Novais da Cunha, esq. para
3,0 Câmara Municipal de Gondomar
Classificações finais
Geral Individual

1º José Mendes Liberty Seguros
2º Eladio Jimenez Centro Ciclismo Loulé/Louletano
3º Sérgio Sousa Madeinox/Boavista
4º Pedro Soeiro Centro Ciclismo Loulé/Louletano
5º Hugo Sancho Mortágua/Dr Seguros
6º Rui Vinhas Aluvia/Valongo/Uc Sobrado
7º Sérgio Ribeiro Barbot/Siper
8º Rogério Batista Centro Ciclismo Loulé/Louletano
9º Daniel Silva Centro Ciclismo Loulé/Louletano
10º Célio Sousa Madeinox/Boavista
11º Hélder Oliveira Barbot/Siper
12º Alcides Almeida S.M. Feira/E`Leclerc/Moreira Congelados
13º Virgílio Santos La/Paredes Rota Dos Móveis
14º João Benta Madeinox/Boavista
15º David Francisco Burgos Monumental
16º Bruno Pinto Barbot/Siper
17º Edgar Pinto Liberty Seguros
18º Vitor Rodrigues Liberty Seguros
19º Hélder Leal Aluvia/Valongo/Uc Sobrado
20º Luis Pinheiro Madeinox/Boavista
21º António Amorim Barbot/Siper
22º Diego Gallego Burgos Monumental
23º Bruno Sancho La/Paredes Rota Dos Móveis
24º Domingos Gonçalves S.M. Feira/E`Leclerc/Moreira Congelados
25º Avelino Coro Burgos Monumental
26º Ruben Calvo La/Paredes Rota Dos Móveis
27º Bruno Silva Aluvia/Valongo/Uc Sobrado
28º Raul Santamarta Burgos Monumental
29º Márcio Barbosa La/Paredes Rota Dos Móveis
30º Vasco Pereira Mortágua/Dr Seguros
31º João Costa S.M. Feira/E`Leclerc/Moreira Congelados
32º Hector Guerra Liberty Seguros
33º Joaquim Sampaio Madeinox/Boavista
34º Guilherme Lourenço Mortágua/Dr Seguros
35º Marco Coelho S.M. Feira/E`Leclerc/Moreira Congelados
36º Bruno Barbosa La/Paredes Rota Dos Móveis
37º Rui Sá Artesania De Galicia/Cc Cidade De Lugo
38º Carlos Pinho Barbot/Siper
39º Ivan Melero Burgos Monumental
40º David Vaz La/Paredes Rota Dos Móveis
41º Rui Sousa Liberty Seguros
42º André Ferreira Aluvia/Valongo/Uc Sobrado
43º Luís Afonso Aluvia/Valongo/Uc Sobrado
44º Alexandre Oliveira Centro Ciclismo Loulé/Louletano
45º Mário Costa Barbot/Siper
46º Fábio Pais S.M. Feira/E`Leclerc/Moreira Congelados

Geral Pontos – Verde

1º Madeinox/Boavista
2º Centro Ciclismo Loulé/Louletano
3º Barbot/Siper
4º Liberty Seguros
5º Aluvia/Valongo/Uc Sobrado
6º La/Paredes Rota Dos Móveis
7º S.M. Feira/E`Leclerc/Moreira Congelados
8º Burgos Monumental
9º Mortágua/Dr Seguros


Geral Pontos – Verde

1º Célio Sousa Madeinox/Boavista
2º Sérgio Ribeiro Barbot/Siper
3º Bruno Sancho La/Paredes Rota Dos Móveis
4º Pedro Soeiro Centro Ciclismo Loulé/Louletano
5º Sérgio Sousa Madeinox/Boavista
6º José Mendes Liberty Seguros


Geral Montanha – Azul

1º Daniel Silva Centro Ciclismo Loulé/Louletano
2º Tiago Machado Madeinox/Boavista
3º Bruno Pinto Barbot/Siper
4º Nuno Ribeiro Liberty Seguros
5º Sérgio Sousa Madeinox/Boavista
6º Nelson Rocha Madeinox/Boavista
7º Enrique Mata Burgos Monumental

05/09/09

Pequena curiosidade…


Ontem ao ver no site da PAD as fotografias da 2ª etapa (Sines/Sines) do Grande Prémio Crédito Agrícola Costa Azul deparei com esta fotografia, que em meu entender tem o se quê de interessante.
Actualizado em 30-04-2010
Ok, como ninguèm reparou o comissário leva numa prova organizada pela PAD uma bandeira com o logotipo da empresa Sport Noticias em tempos concorrente da PAD.
Fotografia: pad