18/02/13

Pai, posso pedir-te emprestado 10 euros?


Este é um pequeno texto que recebi, em forma de parábola, via correio electrónico e que decidi partilha-lo.

É destinado a todos aqueles “workaholic” independentemente do motivo de o ser. A vida são dois dias e um já passou pelo que temos de agarrar o nosso tempo e passá-lo com as pessoas que são mais próximas e com quem nós realmente poderemos contar sempre na vida.

Se morreres amanhã, a empresa onde trabalhas pode facilmente substituir-te numa questão de horas. Mas a família e os amigos (sim, mas os verdadeiros) que deixamos para trás vão sentir a nossa perda para o resto das suas vidas.

Pai, posso pedir-te emprestado 10 euros?

Um homem chegou a casa do trabalho, cansado e irritado, quando encontrou o seu filho à espera na porta.

Filho: Papá, posso fazer-te uma pergunta?

Pai: Claro que sim, o que foi?

Filho: Papá, quando ganhas por cada hora no teu trabalho?

Pai: Não tens nada a ver com isso. Porque é que perguntas uma coisa dessas?

Filho: Apenas quero saber. Diz-me por favor quanto ganhas por hora no teu trabalho?

Pai: Já que queres saber ganho 20 euros por hora.

Filho: Oh! - respondeu a criança, cabisbaixo

Filho: Papá, posso pedir-te emprestado 10 euros?

Agora, o homem estava furioso - Se a única razão pela qual tu perguntaste isso foi para te emprestar dinheiro para comprar um brinquedo qualquer sem jeito nenhum, vai já imediatamente à minha frente para o teu quarto e vai para a cama. Pensa porque és tão egoísta! Eu não ando a trabalhar todos os dias para estas palermices!

A criança foi silenciosamente para o seu quarto e fechou a porta.

O homem sentou-se e começou a ficar ainda mais chateado com as perguntas do seu filho. Como é que ele se atreve a perguntar aquelas coisas apenas para ter algum dinheiro?!

Meia hora depois, o homem acalmou e começou a pensar:

Talvez exista alguma coisa que ele queira comprar com os 10 euros e já que ele não me pede dinheiro tantas vezes, o homem dirigiu-se à porta do quarto do seu filho e abriu a porta.

Pai: Estás a dormir?

Filho: Não papá, estou acordado.

Pai: Estive a pensar e acho que fui muito duro contigo. Foi um dia grande de trabalho e descarreguei em cima de ti. Aqui está a nota de 10 euros que me pediste.

A criança sentou-se na cama a sorrir e disse: Oh papá! Muito obrigado!

Depois, levantou a almofada e tirou duas notas de cinco euros amarrotadas.

O homem viu que a criança tinha dinheiro e começou a ficar novamente chateado.

A criança começou a contar o dinheiro e depois olhou para o seu pai.

Pai: Porque é que que queres mais dinheiro se já tens algum?

Filho: Porque não tinha suficiente, mas agora já tenho.

Filho: Papá, agora tenho 20 euros. Posso comprar uma hora do teu tempo? Anda para casa amanhã mais cedo. Adorava jantar contigo.

O pai ficou completamente emocionado. Abraçou o seu filho e pediu-lhe desculpa.

Pessoalmente já revi há algum tempo as minhas prioridades na vida e concordo a 100% com esta parábola, embora com esforço, quando queremos, conseguimos arranjar sempre tempo para tudo.

Assim relembro, se morreres amanhã, a empresa onde trabalhas, ou os “amigos” com quem perdes tempo podem facilmente substituir-te numa questão de horas. Mas a família e os amigos (sim, mas os verdadeiros amigos) que deixamos para trás vão sentir a nossa perda para o resto das suas vidas.

12/02/13

PORTO - Pistas de Ciclismo


Este texto está a ser escrito no dia de Carnaval mas não se trata de uma brincadeira, antes pelo contrário, trata-se de um assunto bem sério.

Na cidade do Porto, além da pista do antigo estádio do Lima (à Constituição e que ainda existem alguns vestígios) e do antigo estádio das Antas, até ontem, desconhecia por completo a existência de outras pistas de ciclismo na cidade natal.

Assim, fica aqui pois mais um bom desafio para a UVP/FPC e/ou ACP e/ou ACN e/ou FPCUB tentarem reactivar a utilização, de pelo menos, esta pista documentada na fotografia e que fica junto ao Museu Nacional de Soares dos Reis (Palácio dos Carrancas) na Rua D. Manuel II. São várias as possíveis utilizações a dar a esta pista, mesmo que a mesma necessite de alguns arranjos do piso, se bem que obviamente não substituirá nunca o Velódromo Nacional em Anadia.

Como todos sabemos os eventos velocipédicos dentro da cidade do Porto são praticamente inexistentes.

Com a possível reactivação da utilização deste espaço pode-se fazer com que muito publico volte ao “Ciclismo” como adepto (e quem sabe até também posteriormente como utilizador de bicicleta). Em paralelo com esta possível reactivação desta pista pode também ser utilizado o espaço envolvente (jardins) ao Pavilhão Rosa Mota (vulgo Palácio de Cristal) para fazer acções de dinamização da utilização da bicicleta para todos (mas em particular para os mais novos e mais idosos que como não há transito é um local seguro para que estes grupos etários se possam iniciar na utilização das bicicletas).  
Pela análise da imagem disponível no Google Earth, quer-me parecer que a pista não estará já na sua totalidade disponível para utilização, mas com um pouco de esforço de todas as partes envolvidas quem sabe se…, enfim, a esperança é sempre a ultima coisa a morrer.
Paralelamente com a divulgação da modalidade Ciclismo, a utilização desta pista pode também servir de alavancagem do Museu Nacional de Soares dos Reis fazendo assim pois aumentar o número de visitantes do museu e até quem sabe fazendo criar o “bichinho” pela cultura de pessoas que até hoje nunca visitaram um qualquer museu (que como todos sabemos em Portugal são em grande numero infelizmente, mas isso é uma outra questão).
Mas voltando à pista, como todos sabemos, até finais dos anos 70 as chegadas aos estádios de futebol traziam muitos adeptos para esta modalidade que todos nós gostamos e foi com o Ciclismo que clubes como Porto, Sporting e Benfica conseguiram a notoriedade que hoje têm junto de todos nós.
Este texto que agora acabo de escrever teve como mote um texto publicado no sítio na Internet “jornalnalciclismo.com” em 11/02/2013, com o título “Um Velódromo em pleno centro do Porto.” e, salvo melhor opinião, por me parecer um texto interessante tomo a liberdade transcrever integralmente aqui:
A notícia já é conhecida de uma parte intelectual da cidade do Porto, dos seus historiadores, dos homens que nos transmitem e investigam tradições, culturas, usos e costumes, reconstruindo um passado longínquo, pleno de vida, muitas vezes escondido e esquecido.
O ciclismo foi, nos finais do século dezanove¸ uma modalidade das elites, e compreende-se, não haviam meios motorizados de deslocação, e a bicicleta permitia aos seus utilizadores uma certa ascensão social.
Vários velódromos foram construídos por todo o país, alguns completamente desaparecidos, aos quais se perderam rastos, como o velódromo da Quinta de Salgueiro, do velódromo da Serra do Pilar, sabe-se que existiram mas não existem vestígios que nos permitam ver, ou pelo menos “ sentir” que ali, naquele local existiu algo que nos ligue ao ciclismo.
Estamos, como é óbvio, a falar da cidade do Porto, a mui nobre e leal cidade, de muitas lutas e tradições, e de um velódromo escondido, vergonhosamente, diria ocultado e esquecido, e mais grave, destruído e vilipendiado.
Os museus terão mais valor quando são “vivos”, isto é, conservam a integridade dos usos e costumes de determinada época e, nada mais visível seria, se o velódromo rainha dª Amélia tivesse sido conservado no seu lugar, respeitado o seu passado e não fosse destruído para que, no seu lugar fosse reconstruído o tal museu “morto”, com salas de chã, espaços de aluguer, destruindo-se o que de importante mais representava para a cidade do Porto.
Escondeu-se, destruindo um velódromo que, em três voltas se percorria um km, como mandam as regras internacionais. Isto é, um velódromo de 333.3 metros, em plena cidade do Porto, uma cidade onde as estruturas desportivas não abundam e onde os monumentos são vilipendiados.
Um espaço que fez falta á cidade, numa zona carente de instalações desportivas que permitam a prática desportiva de lazer.
É verdade, o velódromo rainha D. Amélia é um monumento, destruído grosseiramente, por quem não teve respeito pela história e passado da cidade e da história do desporto.
O Velódromo D. Amélia, foi o maior recinto desportivo do Porto na primeira década do século passado, como palco da modalidade que os tripeiros mais acarinhavam quando se começaram a interessar por desporto. Parte das suas instalações mantiveram-se intactas até hoje, o local onde está instalado é quase um segredo, e a grande maioria dos habitantes da cidade desconhece a sua existência num local tão nobre como as traseiras do museu Soares dos Reis e perto do Palácio de Cristal e do hospital de Santo António.
O Velódromo do Porto surgiu um 1894, furto da doação por parte do rei D. Carlos, no ano anterior, de um terreno ao Real Velo-Club do Porto para a prática do ciclismo. Uma prenda integrada nas comemorações do V centenário do infante D. Henrique. Não era o primeiro espaço na cidade ou arredores que recebia provas de amadores ou profissionais deste desporto. O primeiro estava instalado na Quinta de Salgueiros e pertencia ao Clube de Caçadores do Porto. Posteriormente, na serra do Pilar, construiu-se o primeiro Velódromo D. Amélia – assim baptizado em homenagem à mulher do rei -, designação que seria transferida para a pista do Porto, passando a estrutura de Gaia a ter o nome de Príncipe Real.
O Velódromo foi instalado no jardim do palácio dos Carrancas, propriedade da família real desde 1861 e local onde esta costumava pernoitar quando se deslocava à cidade. O palácio dos Carrancas, recorde-se, é o actual Museu Nacional de Soares dos Reis. O estádio ficou situado nas suas traseiras, no interior de um quarteirão, o que o resguarda de qualquer olhar mais indiscreto e o torna quase desconhecido.
As portas do Velódromo do Porto encerraram em 1910 com a implantação da República e a ida do rei D. Manuel II para o exílio. O espaço foi doado à Misericórdia, mas em 1939 o Estado Novo decidiu “nacionalizar” o palácio e a sua envolvente para aí ser instalado o museu Soares dos Reis.
O espaço do Velódromo do Porto é hoje denominado Jardim da Cerca e integra as instalações do Museu Soares do Reis. Aí encontram-se em exposição alguns dos brasões das antigas casas senhoriais do Porto. O terreno foi objecto da última requalificação no contexto da “Porto’2001, Capital Europeia de Cultura”, numa criação do falecido arquitecto portuense Fernando Távora, que fez questão de preservar integralmente alguns dos elementos da centenária instalação desportiva. Assim, sem grande esforço, ao nível do solo são perfeitamente visíveis as duas curvas da pista, com os respectivos relevos. Uma recordação do primeiro espaço desportivo do Porto, que permite imaginar as loucas corridas que aí se disputaram e os 25 mil adeptos que a elas assistiram.
No jornal «O velocipedista», em 1895 escrevia-se:
«Real Velo Clube: Esta agremiação, tenciona inaugurar o seu velódromo, na quinta do Paço real d/esta cidade, que lhe foi concedida para esse fim por S. M. el-Rei, por ocasião das festas do centenário do Infante D. Henrique. O distinto engenheiro snr. Esteves Tomás, que é o segundo secretário do Club, já está levantando a respectiva planta da Quinta para esse efeito.»
Inaugurado em 1895 ali se realizaram muitas corridas e demonstrações desportivas, incluindo a primeira corrida de motorizada realizada em Portugal.
Hoje em dia está fechado, destruído, perdendo-se um monumento dos poucos que todos nós poderíamos utilizar, como o mais antigo recinto desportivo da cidade do Porto.
Termino deixando uma sugestão simples, assim como eu, porque não enviarem uma mensagem de correio electrónico para os responsáveis da UVP/FPC, ACP, ACN e FPCUB sensibilizando-os para que sejam efectuados todas as diligências possíveis para a reactivação desta pista de ciclismo.
·         UVP/FPC – geral@uvp-fpc.pt
·         ACP – geral@acporto.org
·         ACN – acnorte@portugalmail.pt
·         FPCUB – fpcub@fpcub.pt
O minha mensagem de correio electrónico pode ser consultada em:
 
Fica pois o desafio lançado.
 

10/02/13

Ciclismo "Estrada" época 2013

Inicia-se hoje, no Algarve, mais uma época velocipédica na vertente “estrada”. Muito se poderia escrever sobre o tema, mas, infelizmente, parece-me que a época hoje iniciada será mais do mesmo, não em termos de resultados desportivos e de quem vai ganhar as competições, mas sim no mesmo em termos de provas desmarcadas em cima da data, corredores com o estatuto e obrigações de “Profissional” mas sem a devida remuneração financeira, as equipas a queixarem-se dos organizadores por estes não cumprirem eventualmente o caderno de encargos financeiros a que estão obrigados, a esmagadora maioria das provas a não ter as condições mínimas logísticas para que possam ser realizadas, etc., etc., etc.

Resta-me pois, aos corredores, desejar a maior sorte possível e na esperança, apesar de ténue, que pelo menos nas condições de segurança os organizadores das provas não sejam prevaricadores e que pensem em todos os pormenores, a começar pela escolha do percurso, etc., etc.