23/12/14

UCM - União Ciclista da Maia


A União Ciclista da Maia foi criada em 29/12/1993 pelo malogrado José Santiago.

Foi com algum orgulho que nos ultimo quatro anos fiz parte dos Órgãos Sociais da União Ciclista da Maia tendo na altura o convite surgido por intermédio do Paulo Couto.
Na vida tudo é feito por ciclos e como não podia deixar de ser na União Ciclista da Maia não é excepção à regra e ontem à noite decorreu a Assembleia-geral em que dos diversos pontos da ordem de trabalhos de destacam dois, Relatório e Contas e Eleição dos Órgãos Sociais para o próximo biénio.

O Relatório e Contas foi aprovado por unanimidade.

Fruto do excelente entendimento dos últimos quatro anos entre todos os elementos dos diferentes órgãos sociais o Paulo Couto decidiu voltar a candidatar-se e com muita honra minha voltei a ser por ele convidado para me manter nos Órgãos Sociais, convite que prontamente aceitei. Posso dizer que conheço o Paulo Couta há praticamente 40 anos e acompanhei de perto todo o seu percurso no Ciclismo e de onde do cargos exercidos por ele no seu extenso currículo posso destacar a Presidência da A.P.C.P assim como a Presidência da C.P.A.

A lista se encabeçada pelo Paulo Couta foi eleita por unanimidade.


Fica a foto da praxe:


Fotos: Ze Paulo / Momento Certo e Tomané Moutinho

Natal 2014


15/12/14

Tal como sempre disse:



Este não é um blogue de Ciclismo.

Este blogue é:
  • Tão-somente a minha “página” na Internet, não pretendo nada mais do que isso.
  • Onde escrevo de tudo e de nada, ou seja, do que me passar pela cabeça a cada momento e que virtualmente me apeteça partilhar.
Tenho um princípio que é inabalável, ou seja, a minha liberdade termina onde começa a dos outros.

Obviamente, como todos nós, que nem sempre sou uma pessoa consensual e obviamente também que não sou o dono da razão, sou mais um ser humano e tenho “defeitos” como todos os outros, mas não posso nunca desculpar o conteúdo dos meus textos com os meus supostos defeitos e/ou frontalidade.

Quer-me parecer que as redes sociais terão falido, pelo menos para mim…, é tanto o “lixo” que nem já nem se consegue distinguir o trigo do joio.

Por um conjunto de variadíssimas razões este blogue tem andado por mim um pouco “esquecido” nos últimos cinco anos e seria tão bom culpar o Facebook mas coitado, o
Facebook nem se pode defender de tão infama acusação.

Este blogue nasceu numa altura em que a informação era ainda escassa, onde as redes sociais praticamente não existiam (salvo erro já havia o hi5) e ainda também numa altura em que começavam a proliferar os fóruns/chats de conversação alusivos a diversos temas, e foi na sequência de um desses fóruns (Cyclolusitano) que decidi criar este blogue.

Penso que terá chegado a altura de fazer renascer este, por assim dizer, meu diário.

Até já............

2014/2015



Estamos já em plena quadra natalícia e estamos já a breves dias do Natal. Nesta altura do ano todos andamos, por assim dizer com a cabeça ocupada em variadíssimas coisas, a começar pelo consumismo cada vez mais característico da época, pelos “números” que ainda faltam fazer para atingir os objectivos comercias propostos pelas entidades responsáveis da sua empresa, enfim, com um sem número de coisas que tornaria extenso e massivo este texto. A análise retrospectiva do que fizemos ou não fizemos, do que correu bem ou menos bem ou ainda até mesmo mal durante o ano que está a chegar ao últimos dias será feita pela esmagadora maioria somente após a o Natal.

Tal como diz o ditado popular “água mole em pedra dura tanto dá até que fura” e respondendo a um desafio de um amigo virtual “Zé Paulo” (mas que neste momento já não o é somente virtual) decidi voltar ao ciclismo, em que moldes ainda não sei, mas que é neste momento minha intenção voltar disso não haja a menor dúvida.


Mas uma coisa é também certa, a minha presença não será como foi no passado pois o ciclismo será tão-somente um passatempo e como passatempo que vai ser para mim virá sempre após a família e a minha actividade profissional, esses sim, esses são os pilares da minha existência.

Todos podemos e devemos aprender com os "erros" do passado e é nesse ponto que como animais racionais que somos temos de diferir dos animaisinhos irracionais e eu penso ter aprendido com esses erros...

28/08/14

Ciclismo – uma grande verdade.

Há pouco a ler um texto no sítio da Internet jornalciclismo.com deparei com este comentário que transcrevo na íntegra cujo autor se identificou como “Luís”:

Pois é mas as equipas têm responsabilidade nisto e muito espero que tenham aprendido alguma coisa com a presença do Vitor Gamito, queixam-se da falta de patrocínios mas por amor de Deus às vezes não se dão ao trabalho de actualizar o facebook com novidades etc e o facebook que eu saiba não tem custos os endereços web das equipas nem é bom falar ou não tem ou então completamente desactualizados depos querem patrocinadores que estes invistam 100 ou 200 mil euros vocês não se preocupam em dar retorno. Minto? Julgo que não
Os próprios atletas deviam interagir tipo via face com os seus seguidores mas não passam semanas sem dar sinais de vida vejam o exemplo do tiago machado quase todos os dias lá coloca os seus treinos, provas para o pessoal, vejo pessoal do BTT que não vive disso e preocupa-se em falar dos seus resultados e participações aos seus seguidores e esses correm de graça e mesmo assim preocupam-se. Portanto não responsabilizem só os meios de comunicação pela falta de cobertura da modalidade a culpa também é das equipas e atletas ou pensam que a popularidade do Gamito na volta foi so porque ganhou em 2000 e veio participar aos 44 anos. vejam o trabalho que ele fez ao nivél do facebook vejam o rui costa com os seus diários assim se promove a modalidade…

Não podia estar mais de acordo.

O texto pode ser consultado AQUI na íntegra.

10/08/14

Sr. Manuel Ferreira

Via Facebook acabei de ter conhecimento que o Sr. Manuel Ferreira faleceu há momentos, pelo que endereço à família as minhas sinceras condolências, sei bem pelo que estão a passar nesta hora difícil pois já passei pelo mesmo, mas a vida é assim mesmo.

Independentemente da opinião que eu possa ter sobre o Sr. Manuel Ferreira uma coisa é certa, ele fez muito em prol da A. C. P. - Associação de Ciclismo do Porto (foi o Presidente da Assembleia-geral durante vários anos, terá sucedido ainda nos anos 80 ao Dr. Vieira de Carvalho e esteve na função até inicio deste ano, tendo tido somente um pequeno interregno por volta de 2001/2002).Feito o balanço global posso afirmar que a A. C. P. - Associação de Ciclismo do Porto e os seus associados muito devem a este senhor.
Bem sei que muitos irão achar estranho este meu pequeno texto, pois fruto da minha breve passagem pela direcção da A. C. Porto em 2009 a nossa relação não era a melhor mas, como se costuma dizer, isso “são contas doutro rosário”. 
  
Fonte das fotografias:
Facebook de Joaquim Ferreira
Jornalciclismo.com

20/07/14

RTP - CICLISMO / Rui Costa (Linha da Frente)


Um excelente trabalho televisivo liderado pelo João Pedro Mendonça, onde é feito um tributo ao Rui Costa (pessoalmente penso ser já o melhor ciclista português desde sempre, tendo em minha opinião já ultrapassado o Alves Barbosa e o Joaquim Agostinho) e onde o Ciclismo é valorizado enquanto modalidade. Posso também afirmar que a RTP com este trabalho efectuou um excelente serviço público.

09/07/14

DOISW: Tour 2014 - 5ª Etapa

DOISW: Tour 2014 - 5ª Etapa: O Ciclismo é um misto de muitas coisas onde uma delas é sem sombra de dúvida a sorte.   Hoje vai-se disputar a 5ª etapa da Volta a Fr...

22/06/14

NOLAN - EM EQUIPA VENCEDORA NÃO SE MEXE!!!!



Tudo na vida, por muito que nos custe, tem sempre um fim e hoje (21/06) foi o ultimo dia de utilização dos velhos Nolan e de serem substituídos, obviamente por outros Nolan. 


Há que aplicar a velha máxima,
ou seja,
EM EQUIPA VENCEDORA NÃO SE MEXE!!!!



Representante em Portugal da NOLAN

ALTIS - Alfredo Baptista Sucrs., lda.

Internet www.altis.pt  /  E-Mail altis@altis.pt
Avenida da Boavista, 728 / 4100-111 Porto
Telefone Geral 226 078 210 - Fax 226 099 933
Coordenadas GPS
Lat: N 41º 09' 30,75"  /  Lon: W 8º 37' 55,87"



09/06/14

Technotronic - Pump Up The Jam (+lista de reprodução)

…por uma questão de coerência!!!

Sim, quanto mais não seja por uma questão de coerência.

Não vou discutir se o TC (Tribunal de Constitucional) ajuizou bem ou não tão pouco se o timing terá sido o ideal.

Como é natural os deputados do PSD e do CDS assim como os membros do no governo vieram criticar a decisão do TC pelo que deixo uma sugestão a todos esses senhores políticos, ou seja, restituam ao Estado (a titulo de doação por exemplo) a quantia que vos vai ser reposta a partir desta decisão.

Se o fizerem, estarão assim ser coerentes com o que defendem e serão merecedores do meu voto.



09/03/14

A História e a Lenda do Zé do Telhado

O lendário Zé do Telhado nasceu como José Teixeira da Silva, no lugar do Telhado, de Castelões de Recezinhos, no Distrito do Porto em 22 de Junho de 1818.


Foi um herói condecorado de várias guerras e revoltas, que por força da fome e pobreza extrema, se tornou salteador e líder do famoso bando "Boca Negra" que actuava em todo o Norte de Portugal.

Enquanto militar, há registos e relatos da sua bravura e valentia sem igual, tendo sido condecorado com a medalha de Torre e Espada (que ainda hoje podemos ver nos brasões mais antigos da nossa invicta e muy nobre cidade), a mais alta condecoração militar portuguesa, por actos heróicos nas fileiras do General Sá da Bandeira, que salvou da morte duas vezes.

Sempre do lado das tropas e movimento liberal, herança do saudoso Rei D. Pedro IV, contra os absolutistas de D. Miguel ainda vivo no exílio, Zé do Telhado deu fielmente o seu contributo em sangue nos campos de batalha de todo o País.

Em tempo de paz, casou à revelia do Tio (um antigo soldado francês que por cá ficou aquando das invasões napoleónicas nos começos do século XIX), com sua prima e filha do mesmo, Ana de Campos Lentine, que morava no lugar de Sobreira, da freguesia de Caíde de Rei e de que dele teve um filho.

Este tio francês era comerciante e castrador de gado e desde cedo ensinou o ofício ao sobrinho, mas Zé do Telhado cedo percebeu, que aquela vida rotineira, não era para ele, pois existia na sua família uma antiga tradição militar e miliciana muito forte, e extremamente enraizada. O seu tio-avô e o seu pai tinham sido soldados e posteriormente quadrilheiros, assim como o seu irmão mais velho.

Diz a História e reza a Lenda que ao regressar da guerra, se deparou com a mulher e filho pequeno, em extrema situação de pobreza. Após ter procurado trabalho e ajuda, que lhe foi negada em virtude dos seus ideais liberais, Zé do Telhado, herói esquecido, foi forçado a procurar uma vida de crime para matar a sua fome e dos seus e combater a injustiça absolutista. Estes ideais ainda estavam enraizados na sua terra em ricos saudosistas e abastados colaboracionistas de D. Miguel, ainda vivo no exílio.

Recrutado pelo Boca Negra (líder do bando de quadrilheiros mais sanguinário de Portugal, com o mesmo nome), para uma vida de salteador, Zé do Telhado depressa se tornou líder da quadrilha e lenda entre gentes de bem e bandidos. Diz a lenda que assim que se tornou líder do bando, implementou regras morais rígidas que puniam com a morte e impediam qualquer um dos seus homens de roubar aos pobres ou maltratar mulheres e inocentes. Chegaram mesmo a ser encontrados documentos escritos pela sua mão onde se estabelecia que a 10ª parte do saque seria sempre entregue aos pobres e desfavorecidos.

Muitas foram as aventuras do Zé em todo o Norte do País, entre Alto Minho, Porto e Trás-os-Montes, o Herói Bandido ajudava e defendia os pobres e atormentava os ricos. Foi preso várias vezes e libertado por exigência pública, tendo-se tornado amigo íntimo de Camilo de Castelo Branco durante a sua estadia na Cadeia da Relação do Porto, que por força das circunstâncias se tornara uma segunda casa.

Traído covardemente na sua última incursão por um dos seus homens conhecido por João Pequeno, que desde sempre lhe invejou a fama e cobiçou o lugar, foi finalmente capturado e julgado pela sua vida de crime, sendo no entanto poupado do cadafalso pela sua reputação e bravura na guerra.

Degredado para África como era costume na altura, regenerou-se e tornou-se num abastado comerciante, que ficou conhecido por continuar a ajudar os pobres, nunca esquecendo os seus ideais e as suas humildes origens.

Viria a falecer em 1875, longe do seu Norte amado, exilado em Angola, onde ainda hoje é recordado e lhe prestam homenagem pelos seus feitos naquele território.

A lenda do Herói Bandido, ainda hoje continua viva na tradição e na memória das gentes do Norte de Portugal que ainda cantam e recordam as suas valorosas façanhas.

Na lenda do Zé do Telhado, encontramos os ideais e as convicções de uma terra e de um povo que em tempos difíceis se recusa a baixar os braços. Um povo que nunca perdendo o Norte, luta contra a opressão, a injustiça, a pobreza e a má sorte.


O Zé do Telhado és tu, sou eu, somos todos nós os que contam e recontam sua história. Somos todos aqueles que lutamos para manter viva a sua Lenda e perpetuar a sua memória...


Fonte:
fotografia do zé - http://photos1.blogger.com/blogger/6076/1347/400/foto1.0.jpg

06/02/14

...doping.

Há pouco estava a ler um texto num blogue (carro vassoura) sobre Ciclismo e deparei com o seguinte texto e que tomo a liberdade de transcrever parcialmente:

Mudando de tema, mas não mudando muito, o ciclismo nacional está em análise da edição especial de fim de época da revista Procycling.

A Procyling é a maior referência dentro das revistas dedicadas ao ciclismo de competição, porque a Procycling não é sobre bicicletas, nem sobre equipamento, nem sobre dicas de treino nem de alimentação. É escrita em inglês e é propriedade da mesma empresa que possui o site CyclingNews. Em Portugal tem o preço de 8€, mas quem se sentir à vontade com o idioma e gostar de ler sobre ciclismo de competição deve dar uma vista de olhos, porque são 130 páginas recheadas de excelentes fotos e sobretudo excelentes reportagens. Não é uma revista de notícias (porque para isso há a internet). É uma revista de reportagens, entrevistas e crónicas de ciclistas. Na edição especial de final de ano a principal reportagem é com Chris Froome e a principal entrevista com Lance Armstrong.

Aproveitando que o campeão do mundo em título é português, a Procycling dedica seis páginas ao ciclismo português feito dentro de fronteiras. E nessa reportagem Portugal é (mais uma vez) classificado como "o Eldorado do doping e dos dopados" e que "a Volta a Portugal está para as drogas como o Oktoberfest para a cerveja". O Oktoberfest é o maior festival do mundo dedicado à cerveja, que se realiza anualmente em Munique ao longo de 16 dias.

É assim que uma publicação respeitada (na minha opinião, a melhor) vê o ciclismo nacional e é assim que o retrata para os seus leitores de todo o mundo. O mérito é dos diretores desportivos que para cá trouxeram Txema del Olmo, Claus Moller, Santi Pérez, Isidro Nozal, Vicioso, Tino Zaballa, Paco Mancebo, Pablo de Pedro, Eladio Jiménez e muitos outros que vieram para Portugal depois de estarem suspensos ou fortemente ligados a investigações em curso e por isso com a porta fechada nas grandes equipas. Dos diretores desportivos que deram segundas e terceiras oportunidades a ciclistas que não as mereciam e que não as aproveitaram, voltando a ser apanhados. De quem entregou as suas equipas aos doutores Basil Ribeiro (mesmo depois de estar suspenso), Alberto Beltrán e Marcos Maynar para colecionarem positivos.

Este é também o país da Maia que em 2003 brilhava no Paris-Nice, Romandia e Volta à Suíça mas teve tantos positivos que o seu médico acabou suspenso. Da Póvoa que em 2008 acabou depois de um mega caso de dopagem organizado. Da Liberty que terminou no ano seguinte pelo mesmo motivo. Ou da Barbot que em 2010 teve três "casos isolados".

Mas a culpa é também daqueles que sabem o que se vai passando mas, por um motivo ou outro, se calam. É também nossa.
E é por isso que o ciclismo que se faz em Portugal é considerado o Eldorado do doping e dos dopados. Não sou eu quem o diz. É a mais conceituada revista mundial dedicada a ciclismo de competição. É esta a visão que têm que nós.”

É assim que somos vistos pelos outros e da fama já ninguém consegue livrar o Ciclismo português..., espero mesmo muito sinceramente que seja só fama e sem qualquer proveito nos dias que correm.