26/04/09

Ditadura, será mesmo que acabou?

Para os que tiverem “pachorra” de ler este texto todo, ponto por ponto, virgula por virgula.

Comemorou-se ontem (dia 25 d Abril) os 35 anos da Revolução dos Cravos.

Revolução dos Cravos é o nome dado ao golpe de estado miliar que derrubou, num só dia, sem grande resistência das forças leais ao governo - que cederam perante a revolta das forças armadas - o regime político que vigorava em Portugal desde 1926. O levantamento, também conhecido pelos portugueses como 25 de Abril, foi conduzido em 1974
4 pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução trouxe a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).

Na sequência do golpe militar de 28 de Maio de 1926, foi implementado em Portugal um regime autoritário de inspiração fascista. Com a Constituição de 1933 o regime é remodelado, auto-denominando-se Estado Novo e Oliveira Salazar passou a controlar o país, não mais abandonando o poder até 1968, quando este lhe foi retirado por incapacidade, na sequência de uma queda em que sofreu lesões cerebrais. Foi substituído por Marcelo Caetano que dirigiu o país até ser deposto no 25 de Abril de 1974.

Sob o governo do Estado Novo, Portugal foi sempre considerado uma ditadura, quer pela oposição, quer pelos observadores estrangeiros quer mesmo pelos próprios dirigentes do regime. Formalmente, existiam eleições, mas estas foram sempre contestadas pela oposição, que sempre acusaram o governo de fraude eleitoral e de desrespeito pelo dever de imparcialidade.

O Estado Novo possuía uma polícia política, a PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado), uma evolução da ex-PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), mais tarde DGS (Direcção-Geral de Segurança), que perseguiria os opositores do regime. De acordo com a visão da história dos ideólogos do regime, o país manteve uma política que considerava a manutenção das colónias do "Ultramar", numa altura em que alguns países europeus iniciavam os seus processos de alienação progressiva das suas colónias. Apesar da contestação nos fóruns mundiais, como na ONU, Portugal manteve uma política de força, tendo sido obrigado, a partir do início dos anos 60, a defender militarmente as colónias contra os grupos independentistas em Angola, Guiné e Moçambique.

Economicamente, o regime manteve uma política de condicionamento industrial que resultava no monopólio do mercado português por parte de alguns grupos industriais e financeiros (a acusação de plutocracia é frequente). O país permaneceu pobre até à década de 1960, o que estimulou a emigração. Notou-se, contudo, um desenvolvimento económico a partir desta década.

Mas será que a Revolução dos Cravos já chegou a todos os sectores da sociedade portuguesa?


Eu quase que me atrevo a dizer que não, mas não, não digo que não até porque ainda corro o risco de ser acusado por alguém de uma coisa qualquer ao abrigo de uma outra qualquer alínea de um qualquer regulamento, decreto-lei, etc., etc., etc.

Mas, salvo melhor opinião (relembro que este é um blog meu onde escrevo o que bem entendo - dentro obviamente dos princípios elementares da boa educação, etc., etc.) vou correr o risco de dizer que não, a Revolução dos Cravos ainda não chegou a todos os sectores da sociedade civil portuguesa.

Bem sei que poderá ser uma questão de mentalidades, onde expressões como “…é o sistema.”, “…não tenho cunhas” ou ainda “…não tens amigo a quem possa meter uma cunha” fazem parte do nosso dia-a-dia.

São vergonhosos os exemplos que vemos diariamente nos noticiários televisivos e jornais. O povo português continua mais preocupado com o penteado de um qualquer jogar de futebol ou figura do jet set do que em tentar resolver os problemas reais do seu país. Continuamos sistematicamente a atalhar caminho e a resolver pontualmente os problemas, somos uma sociedade dependente dos subsídios (independentemente da origem). Quem atribui um qualquer subsidio é que é bom amigo independentemente das restantes coisas que possam estar por trás, pois a nossa visão é de tal maneira curta que não nos permite ver além do nosso umbigo. A justiça é lenta, demasiadamente lenta, o sentido de impunidade é enorme na opinião pública quando alguém é apanhado diz-se frequentemente “…coitado, teve azar”.
.
CONTUDO, TODOS SOMOS INOCENTES ATÉ PROVA EM CONTRARIO E A PROVA FAZ-SE NA BARRA DOS TRIBUNAIS E NÃO NOS JORNAIS.
.
Bem, já vai longo o meu texto e sem pretender ser mais do que os outros (a não ser nos meus 164kg) duvido que alguém consiga tirar alguma coisa deste meu texto, não que quem o leia não saiba ler nem interpretar português, mas sim pela falta de capacidade do autor em transmitir o que “lhe” vai na alma.

Deixo uma pergunta no ar e sem qualquer conotação politica;
- Será que não estávamos melhor com o antigo regime onde já sabíamos as regras do jogo?

Quase que me atrevo a dizer;

“VOLTA SALAZAR QUE ESTÁS PERDOADO”.

Ou em alternativa atrevo-me a perguntar;

“PARA QUANDO A 2ª EDIÇÃO DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS?”

Sem comentários: