Sim treinadores de Ciclismo, alguém sabe o que é isso?
Sim é que normalmente são confundidos com os Directores Desportivos o que nalguns casos é verdade mas em muitos…
Aproveito um comentário da Dr.ª. Marina Albino no Blog “Veloluso” na “II – Etapa 521” e que tomo a liberdade de transcrever parcialmente para aqui:
“Já agora e passando um olhar pelo programa dos cursos de treinadores, em vez de se lamentar os resultados positivos de doping, porque não introduzir nesses programas umas quantas horas de formação específica sobre "Prevenção e luta antidopagem".
Porque não alertar os técnicos para os perigos e consciencializar que a nova lei 27/2009 de 19 de Junho é altamente penalizadora e repressiva do doping, apesar de ainda não estar regulamentada.
Técnicos mais esclarecidos e conscientes das sanções em que incorrem, são técnicos que quererão o desporto mais verdadeiro.
Para quando tocar com o dedo nas feridas, chamar os bois pelos nomes e ser-se honesto. O exemplo tem que partir em primeiro lugar dos dirigentes, dos técnicos e todo o staff que vai formar e acompanhar os jovens atletas do futuro.”
Pegando pois nas palavras da Dr.ª. Marina Albino como mote há um outro pormenor muito importante na formação que só não vê quem não quer, ou seja, criam-se regulamentos para não serem cumpridos.
No processo de filiação das equipas é necessário que haja pelo menos um treinador “Nível 2” o que em muitos casos não existe. O que acontece e com o conhecimento da Federação (que posso muito bem provar esta minha afirmação - sim com o conhecimento da Federação) é que muitas dessas equipas arranjam alguém que tenha o curso “Nível 2” ou “Nível 3” para serem o treinador de fachada da equipa não havendo depois o devido acompanhamento da equipa. Se nas Equipas de Clube e Equipas Continentais esta situação não é em minha opinião assim tão grave já na formação não posso concordar com esta situação. Se há regulamentos eles que se cumpram.
Não pretendo particularizar este texto com a situação da ADRAP e obviamente que este caso particular (o da ADRAP) ainda vai fazer correr muita tinta e muito provavelmente a procissão ainda nem saiu do adro, contudo esta é ou era pelo menos até final do mês de Maio uma das equipas que estava na situação atrás referida, mas tal como disse há outras equipas na mesma situação.
“Já agora e passando um olhar pelo programa dos cursos de treinadores, em vez de se lamentar os resultados positivos de doping, porque não introduzir nesses programas umas quantas horas de formação específica sobre "Prevenção e luta antidopagem".
Porque não alertar os técnicos para os perigos e consciencializar que a nova lei 27/2009 de 19 de Junho é altamente penalizadora e repressiva do doping, apesar de ainda não estar regulamentada.
Técnicos mais esclarecidos e conscientes das sanções em que incorrem, são técnicos que quererão o desporto mais verdadeiro.
Para quando tocar com o dedo nas feridas, chamar os bois pelos nomes e ser-se honesto. O exemplo tem que partir em primeiro lugar dos dirigentes, dos técnicos e todo o staff que vai formar e acompanhar os jovens atletas do futuro.”
Pegando pois nas palavras da Dr.ª. Marina Albino como mote há um outro pormenor muito importante na formação que só não vê quem não quer, ou seja, criam-se regulamentos para não serem cumpridos.
No processo de filiação das equipas é necessário que haja pelo menos um treinador “Nível 2” o que em muitos casos não existe. O que acontece e com o conhecimento da Federação (que posso muito bem provar esta minha afirmação - sim com o conhecimento da Federação) é que muitas dessas equipas arranjam alguém que tenha o curso “Nível 2” ou “Nível 3” para serem o treinador de fachada da equipa não havendo depois o devido acompanhamento da equipa. Se nas Equipas de Clube e Equipas Continentais esta situação não é em minha opinião assim tão grave já na formação não posso concordar com esta situação. Se há regulamentos eles que se cumpram.
Não pretendo particularizar este texto com a situação da ADRAP e obviamente que este caso particular (o da ADRAP) ainda vai fazer correr muita tinta e muito provavelmente a procissão ainda nem saiu do adro, contudo esta é ou era pelo menos até final do mês de Maio uma das equipas que estava na situação atrás referida, mas tal como disse há outras equipas na mesma situação.
No BTT o problema ainda é maior dado a sua curta existência e só agora praticamente se estarem a começar a filiar os grupos de amigos como equipas de ciclismo e com proporções tão grandes que a Federação se viu obrigada (como situação transitória somente para esta época e como forma de contornar os regulamentos) a realizar acções pontuais (Trofa e Castro Marim) e especificas para que treinadores de “Nível 1” obtivessem a equivalência ao “Nível 2” e assim viabilizar a inscrição da equipas para a presente época. Na altura fui de opinião favorável pelo que não vou agora estar aqui a criticar, mas que essa acção não passou de uma simples fachada lá isso não passou até porque não houve nenhuma teste de avaliação no final do dia. Bem, ficou o compromisso de no final da época os participantes irem tirar como deve ser o curso de “Nível 2” . Como complemento apesar da “fachada” da acção (eu estive presente na da Trofa) e posso garantir que foi bastante interessante, mas mesmo assim não passou de uma situação de branqueamento dos regulamentos existentes.
A Federação ciente da “balbúrdia” que reina no meio decidiu (se a memória não me atraiçoa na Assembleia-geral de Outubro de 2008) que nos escalões até Júniores nos Campeonatos Nacionais e na Volta a Portugal os "treinadores oficiais" tinham obrigatoriamente de acompanhar a equipa no carro de apoio e eu posso garantir que isso não aconteceu assim como também posso garantir que os comissários não questionaram pelo treinador, se por desconhecimento dessa regra ou se por terem recebido instruções para “fecharem os olhos” sinceramente não sei o motivo. Aliás, e se a memória não me volta a atraiçoar esta decisão era extensiva também aos chamados sub-23 (Equipas de Clube).
Com este meu texto só pretendo reforçar o meu texto anterior, ou seja, se algum corredor for apanhado a usar substancias consideradas dopantes toda a “cadeia” hierárquica dentro do clube deveria igualmente ser castigada, ou seja, além do corredor deveria em minha opinião ser castigado também o Director Desportivo e o treinador. Em relação ao Presidente do Clube penso eu só em situações de haver mais do que um caso positivo. Obviamente que há funções incompatíveis no Ciclismo como por exemplo ser treinador da equipa e Presidente do Clube e essas incompatibilidades deveriam ser verificadas e respeitadas.
Termino este texto como terminei o anterior, ou seja, está nas mãos dos amantes das modalidade dar um novo rumo á mesma e no texto anterior dei uma forma muito simples, cómoda e barata de como todos podemos contribuir.
1 comentário:
Treinador versus Director Desportivo...
Ora aí está uma bela questão...
Já reparaste que, de há uns anos a esta parte, a figura "treinador" desapareceu (embora haja cursos desde o nivel-1 até ao nivel-3), e em todo e qualquer comunicado, ou listagem de participantes, aparece Director Desportivo, e não Treinador?
Eu, que sou nivel-3, já apareci em listagens, quer cá, quer em Espanha, como DD.
Porquê?, não sei.
Quanto a castigar-se muito mais para além do atleta, só quem não me conhece é que pode pensar que sou contra isso.
O mexilhão (ciclista) muitas vezes é o menos culpado, mas é sempre quem se lixa.
Não quero dizer que seja inocente, mas sim menos culpado que outras figurinhas que gravitam á sua volta.
E olha que em relação ao caso Liberty, depois de ter ouvido o que os 3 ciclistas já disseram, estou muitissimo curioso para saber o desenrolar da novela.
Quanto a esta caso ADRAP, a mim não me surpreende, nem me teria surpreendido já em 2000 ou 2001, nessa ou noutra qualquer equipa.
Quando há pais que dopam os filhos, para eles ganharem aos filhos dos vizinhos....que queres mais?
Um abraço
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