24/06/10

Ciclismo - Provas abertas...

…mas o que é isto das Provas Abertas?

Nada melhor que um testemunho de um participante numa dessas “Provas Abertas” denominada como Póvoa de Varzim – Terras do Bouro e que se realizou no passado dia 20 de Junho.


"Brincar aos corredores no Gerês

Póvoa de Varzim
Terras do Bouro
foi de louvar.

Um consolo, um divertimento, um saudável regresso ao cheirinho da competição foi o saldo da 1ª Clássica Póvoa de Varzim – Terras do Bouro para mim, anónimo ciclista no meio de um pelotão de 300 participantes com grande pinta.


Até que enfim chegam a Portugal estas organizações, entre a longínqua e complicada corrida federada e o pachorrento e sensaborão passeio cicloturístico.

O prazer de espetar um dorsal na camisola, “estagiar” nos dias anteriores, rolar concentrado num pelotão e aproveitar ao máximo o ir nas rodas mais rápidas é um gosto que nos fazia falta desta maneira, em etapas em linha, por grandes e oxigenadas panorâmicas e com percursos completos, ao gosto de todos.

Voltar a ter batedores na frente, bandeirinhas amarelas, abastecimentos, ambulâncias e médico de prova é excelente, mas acima de tudo adversários rápidos e lentos, que se entreajudam e encaram a prova de uma forma salutar.

Sempre existiram no atletismo este tipo de provas em que o popular se pode inscrever ao lado do campeão mundial. Há maratonas, meias maratonas, S. Silvestres e por aí fora aos molhos no nosso país. E agora até que enfim no ciclismo!

Realço a qualidade dos “corredores”. Não se sentiu insegurança no pelotão. E está tudo como o aço! Mal a prova abriu em Amares, um pelotão de 100 elementos abalou pelos topos acima e nunca mais o vi. De resto, foi curtir a “corrida”, agradecer às meninas dos abastecimentos, interagir com o público que aplaudia e aconselhar calma a quem iniciava a subida do Gerês notoriamente sem conhecer a dificuldade dela.

Mal ultrapassei o cume da Junceda a minha alegria foi tanta que acho que fui sempre a rir até à meta, onde terminei num fantabulástico 131º lugar. O que gostei mais? Da oportunidade que a Organização nos deu, e em que regra geral esteve tudo muito bem.

A melhorar? Pouco. Talvez sensibilizar os participantes a deitar fora as garrafas de plástico nos 300 metros imediatamente a seguir aos abastecimentos para que a Organização as possa recolher. Deixar tanto plástico num parque nacional não é bom.

E um almoço sentado e servido de forma mais confortável até teria promovido melhor o convívio.
Quando é a próxima?

Ernesto Brochado"







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