08/03/10

Calendário 2010 - anulação de provas e não só...

O presente texto estava já elaborado e guardado há algum tempo, contudo e para não me acusarem de só saber criticar e de ser mais “um velho do Restelo”…

Apesar de não ser necessário, vou contudo servir-me como mote de um texto publicado em 24-02-2010 no Veloluso (ANO V - Etapa 37), assim como também de alguns comentários colocados no fórum “Cyclolusitano”

Mas o verdadeiro mote é mesmo o “Calendário de Ciclismo de Estrada – época 2010) e que está disponível no sitio da Internet da U.V.P./F.P.C. (peguemos por exemplo na actualização de 03/03/2010.

Para simplificar a leitura do texto vou chamar de Profissionais ás Equipas Continentais e de Sub 23 as Equipas de Clube, aliás, é assim que são conhecidas na gíria.

Temos neste momento já catorze dias de corrida anulados para as categorias de profissionais e sub-23 (bem, na Volta ao Alentejo os sub 23 não podiam participar).

O Calendário de Corridas é aprovado na Assembleia-geral da U.V.P./F.C.P. realizada normalmente em final de Outubro início de Novembro mas que foi já alvo prévio de algumas “negociações” sendo que na prática em Setembro “as gentes” do meio já conhecem o pré-calendário.

Ora, mesmo estando compulsivamente "afastado do meio” desde Julho 2009, era por demais evidente que algumas das provas iriam ser desmarcadas pelos organizadores e apesar de eu não acreditar esperemos muito sinceramente que se fique por aqui as desmarcações de corridas e não surjam mais.

Apesar de saber as respostas eu pergunto:
- Como se define um organizador de corridas?
- O que é necessário para se poder ser organizador de corridas?
- Porque permitir a inclusão dessas provas no Calendário Nacional?
- Que garantias são exigidas pela U.V.P./F.P.C. a um organizador quem pretenda incluir provas no Calendário Nacional?
- Na pratica, sim na pratica, que penalizações tem um organizador que desmarque uma prova?

Mas não são só estes catorze dias que estão falta, não não são…, há mais alguns que as pessoas com responsabilidades se parecem querer esquecer…
…qual o caderno de encargos que a PAD assumiu com a U.V.P./F.P.C. para poder organizar a Volta a Portugal em Bicicleta?

Enganem-se pois não vou dizer que no tempo do JN é que era bom, isto, aquilo e aqueloutro, não não vou, até porque eu não sou uma “Amélia”* e mantenho a minha opinião custe o que custar, contudo e em relação à PAD eu estou à vontade pois em meados de 2007 quando foi anunciado a prorrogação do contrato de concessão da organização da Volta a Portugal em Bicicleta até 2013 nessa altura em levantei publicamente algumas questões…

Quer se goste ou não e independentemente da forte implementação que o BTT está a ter, “os motores” do Ciclismo em Portugal continuam a ser os Profissionais e as corridas dos profissionais de onde obviamente se destaca a Volta a Portugal.
Aproveito para voltar a perguntar:
- Ora se as equipas em termos quantitativos estão descendência (este ano ainda temos cinco) e as provas não estão a acontecer, pergunto, qual o futuro da modalidade que todos amamos?
- Qual a compensação que as equipas e respectivos patrocinadores vão ter por parte da U.V.P./F.P.C. vão ter põe terem os seus objectivos parcialmente defraudados?


Mas não está só em causa a desmarcação de provas, está sim também m causa a forma como vão para a estrada algumas delas, mas sobre isso só me poderei pronunciar depois de elas acontecerem, contudo deixo uma dupla questão:
- O caderno de encargos financeiro e logístico a que um organizador está obrigado é integralmente cumprido?

Se não são cumpridos, então porque não se coaduna os Regulamentos coma realidade?
OK, é uma questão de imagem, temos as “leis” criadas, contudo não se cumprem.

Cortem onde tiverem a cotar, mas por favor, não cortem na segurança da caravana pois estamos a falar de vidas humanas…, e o Ciclismo de uma vez por todas tem que deixar de ser uma “Roleta Russa”. Bem, sobre este tema são vários os meus textos existentes neste blog.




* A minha definição de “Amélia”:
“Os Homens definem-se pelos seus actos e convicções, os Covardes são os primeiros a abandonar o navio e depois há as "Amélias", sim as "Amélias" que não sabem o que querem da vida e vão atrás dos outros sem saberem lá muito bem porquê…mas vão (quanto mais não seja para parecer bem).”

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