31/12/09

2009 - Balanço pessoal

O pior ano da minha vida!!!!

Nenhum dos objectivos a que me propus consegui atingir, perdi duas pessoas que tinha como amigos começado por A ("a" grande), enfim…

…bem, mas nem tudo foi assim tão mau, pois a nível profissional desde o inicio de Junho que a minha situação melhorou bastante e é nesse aspecto que me devo preocupar pois é daí que advém o sustento do meu agregado familiar.

26/12/09

...apesar de recente, fotografia com "istória".

Apesar de ser ainda bastante recente (ainda nem dois tem pois é da época de 2008) esta é uma fotografia já com bastante história.

Não, não é por causa do Xavier Tondo
descansem, mas será que conseguem decifrar o (s) motivo (s) desta fotografia ter já tanta "istória"?

Actualizado em 30 de Abril de 2010

Como ninguém aparentemente conseguiu interpretar qual a "istória" é simples, na fotografia aparecem duas equipas profissionais de ciclismo que foram extintas por causa do flagelo do doping em praticamente um ano civil Em 2008 terminou o Póvoa Cycling Club e em 2009 a União Ciclista da Charneca.


Fotografia retirada do sitio na Internet “www.jornalciclismo.com”

...o que eu encontrei.

Andava a fazer umas pequenas arrumações e imaginem o que fui encontrar, até parece que foi ontem e no entanto já passaram 23 anos (quase 24)…
Ou seja, em 2010 farei 25 anos como Comissário de Ciclismo.

25/12/09

Ciclismo - Duas sugestões de leitura.

Duas sugestões de leitura, mas por esta ordem:

1ª)
"Etapa II - Etapa 482" publicada no Veloluso em 17 de Julho de 2009 (
http://veloluso.blogspot.com/2009_07_01_archive.html)

2º)
Texto publicado no sitio “jornalciclismo.com” em 23 de Dezembro de 2009 com o titulo Astana sob a mira da justiça civil francesa
(http://jornalciclismo.com/astana-sob-a-mira-da-justica-civil-francesa).

21/12/09

Boas Festas 2009




Dois pesos e duas medidas.

Começo este pequeno texto citando parcialmente um outro texto publicado neste meu “pasquim” virtual em 25/09/2009 com o título “Doping, é triste…”

Mas sobre este caso em particular (Volta dos Cadetes e dos Juniores) estou algo curioso para ver como vai ser a triangulação entre o senhor Presidente da Direcção da U.V.P./F.P.C., o senhor Presidente da Direcção da A.C.P., do o senhor Presidente da Assembleia-geral A.C.P. dada a sua ligação umbilical ao clube em questão e do Presidente da Câmara Municipal de Penafiel que é simultaneamente também o Presidente do Conselho Jurisdicional da A.C.P."

Senhor Manuel Ferreira (eu sei que não perde tempo a ler este meu “pasquim” virtual, mas por certo alguém irá imprimir e dar-lhe a ler – que desperdício de papel), mas não tem vergonha de estar a defender publicamente o uso de substâncias dopantes no Ciclismo?

Ou será por este caso envolver a “sua” equipa (ADRAP), onde o seu filho é o Presidente e “treinador”?

Será que se o Daniel fosse por exemplo atleta do Manuel Zeferino (ou de outra qualquer equipa) o seu comportamento era o mesmo? Eu sei que não.

Além de não fazer cumprir os Estatutos em vigor na A.C.P., o que se espera de uma pessoa com as responsabilidades que tem na Associação de Ciclismo do Porto, no mínimo, é imparcialidade, mas eu sei que não a tem, não tenhamos duvida.

Pois é senhor Presidente da Assembleia-geral da Associação de Ciclismo do Porto, com base nesta fotografia, eu posso afirmar que o senhor não reprova o uso de substâncias ilícitas na modalidade que tanto diz amar.

Caro Daniel nada tenho contra ti contudo e apesar de seres menor de idade não tenhas medo de “por a boca no trombone” e denunciar o que houver a denunciar, imagino que estejas a passar por tempos bem difíceis e que muito possivelmente te terão virado as costas muitos dos que tu tinhas por amigos, mas depois da tempestade vem a bonança.

Termino com uma pergunta,

Senhor Manuel Ferreira, o que será mais grave, participar num evento velocipédico que aparentemente não teve o cunho federativo mas onde tudo, mas mesmo tudo sem excepção estava previsto, ou ser apanhado nas malhas do doping como foi o casa da ADRAP na época passada com pelo menos dois casos positivos? Tão pouco vou aqui escrever o que se comenta no “diz-que-disse” no meio, pois só escrevo aquilo que posso provar em qualquer tribunal…

Para bom entendedor meia palavra basta e mais não digo porque também não sei…

...bem, posso ainda adiantar mais um pequeno pormenor, um "passarinho" disse-me que a contra-análise do Daniel terá dado negativo, mas também o que está em causa não é a possivel ou não dopagem do atleta em questão.

Fotografia cedida gentilmente pelo sítio na Internet "jornalciclismo.com"

19/12/09

Novo Seleccionador Nacional de BTT

De acordo com a informação disponível nos sítios na Internet da U.V.P./F.P.C. e também “jornalciclismo.com”, Pedro Vigário é o novo Seleccionador Nacional de Ciclismo na vertente BTT.

Não conhecendo o trabalho do seu antecessor (Paulo Pais**) - como sabem no BTT sou ainda muito maçarico, estou plenamente convencido que o Ciclismo Português vai ficar a ganhar com esta escolha.

Esperemos também que a U.V.P./F.P.C. incremente ainda mais o apoio financeiro nesta vertente do Ciclismo sendo que começa a ter resultados visíveis o trabalho de Delmino Pereira actual Presidente Ajunto da U.V.P./F.P.C. e muito provavelmente o próximo Presidente...

Em relação ao Pedro Vigário é o reconhecimento do seu bom trabalho no Ciclismo e ao qual não será também alheio o seu desempenho na A.C.P. (de acordo com os Estatutos em vigor na A.C.P., é o Presidente Adjunto em funções).
O Pedro Vigário é uma pessoa de bom senso, ponderada, moderada e apaziguadora. Desde já aproveito para lhe endereçar publicamente os meus parabéns. Depois de um "namoro" prolongado, foi a meu convite em Outubro de 2008 que o Pedro aceitou ingressar numa lista candidata (e posteriormente eleita a 22 de Dezembro de 2008) a gerir a A.C.P. para o presente ciclo olímpico e tal como referi atrás volta a salientar ele é uma pessoa moderada sendo ele também uma pessoa de consensos, foi ele que “apagou muitos dos fogos” entre mim e o Presidente da direcção e pelo que vou sabendo parece que continua a desempenhar o mesmo papel dado que os problemas internos na direcção da A.C.P. continuam a ser os mesmos nada tendo mudado com a minha saída, mas isso é um tema que não é para aqui chamado pretendendo tão somente salientar algumas das virtudes do Pedro Vigário.
Outra das suas qualidades e que também terá contribuído para a sua escolha é a sua posição em relação ao uso de substancias proibidas e consideradas como dopantes no Ciclismo, ou seja, contra.

Contudo e como tudo na vida há sempre alguns "se nãos", ou seja neste caso a incompatibilidade com a função de Presidente Adjunto da A.C.P., mesmo que formalmente ela possa não existir, eticamente não me parece correcto o acomular destas duas funções, mas é tão somente a minha singela opinião. Bem, mas são já algumas as incompatibilidades e irregularidades dentro da A.C.P. que mais uma menos uma…

Quem também vai sair a perder com esta sua justa nomeação será a arbitragem no ciclismo e em particular o Con. Regional de Arbitragem da A.C.P. que perde assim o seu melhor comissário na vertente do BTT, pois aqui sim, aqui há mesmo uma incompatibilidade formal de funções e quanto mais não seja o Sr. Henrique Castro (Presidente do Con. Nacional de Arbitragem) não irá “fechar os olhos” (ainda por cima sendo ele uma pessoa atenta como é…).

Em jeito de resumo final, além da justiça da escolha e mesmo com todos os prós e contras ponderados continuo a achar que foi uma excelente escolha e por certo que o seu trabalho irá apresentar frutos.

Sobre Paulo Pais:

http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.freebike.pt/v1.5/images/stories/paulo%2520pais_G.jpg&imgrefurl=http://www.freebike.pt/v1.5/index.php%3Foption%3Dcom_content%26view%3Darticle%26id%3D66:entrevista-com-paulo-pais%26catid%3D25:entrevistas%26Itemid%3D69&usg=__jttpiSijfTMRXIezKOQHRLShaUA=&h=350&w=600&sz=73&hl=pt-PT&start=2&tbnid=-yewInlqYqdRyM:&tbnh=79&tbnw=135&prev=/images%3Fq%3Dpaulo%2Bpais%2Bbtt%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DG

17/12/09

Passeio 4x4 - 31.01.2010


Pelas Serranias
a
Norte de Viana do Castelo


Como muitos de vós se devem ainda lembrar, este passeio esteve inicialmente previsto para se realizar em Novembro de 2008, tal não veio acontecer, infelizmente para todos. Ficou a promessa de o concretizar e esse dia está próximo.

Convidamos-vos pois a virem passear connosco no próximo dia 31 de Janeiro de 2010. Bem sabemos que estamos com algum tempo de antecedência, mas pelo meio há já alguns eventos programados e temos também a quadra natalícia…

…mas voltemos ao passeio.
O mote do passeio será o lanche no “Caçana” e como o local tem lotação reduzida pelo seu espaço, as inscrições terão de ser limitadas até 20 adultos, sendo consideradas por ordem de chegada e só serão válidas após a recepção do pagamento. Obviamente que se existirem mais interessados em participar e o número se justifique, estaremos pois disponíveis para repetir o passeio.

Devido à limitação no número de participantes, os carros serão poucos e todo o passeio está montado nessa base. O percurso será de grau de dificuldade baixo, tendo quase 50 km de percurso em terra, contudo nos locais que eventualmente se possam considerar como menos acessíveis, temos alternativas previstas.

Obviamente que sendo um passeio fora de estrada iremos passar por zonas com vegetação espessa e que eventualmente possa riscar a pintura do (s) carro (s), mas nada que não estejam já habituados, as subidas e descidas existirão e que sem grande dificuldade se vão vencendo, com pisos bons e outros nem por isso. Regueiras profundas, cascalheiras e pedras muito salientes e soltas também irão fazer parte do passeio.
A concentração e inicio do passeio será na zona de Viana do Castelo e local a designar. Após a entrega do Road Book o do respectivo “briefing” o passeio terá pois o seu início perto do monte de Stª Luzia e irá terminar na aldeia de Montaria, junto ao "Caçana", contando pelo meio com uma travessia a vau do rio Âncora junto á EN 305 – muito perto do lugar de Espantar, ao lado de S. Lourenço da Montaria e uma visita à Cascata do Pincho.
Mas o que tem de tão especial o "Caçana", que mereça tanto destaque?

O "Caçana" é conhecido pelo Champarreão, bebida típico do Minho Vianense, onde se mistura o vinho com cerveja, açúcar, canela entre outros segredos, e que por certo irá escorregar nas goelas com muita facilidade. Os “navios”, púcaras em que é servido, irão por isso ser esvaziados com celeridade. ATENÇÃO AO REGRESSO!!!
Além disso, entre outros, moelas, rojões, queijo e presunto constituirão o acompanhamento.

No "Caçana" terminará o nosso passeio, será o culminar do que, esperamos, ser um excelente dia. O regresso a casa é livre, sendo distribuído um mapa com o trajecto de regresso.

Como o principal objectivo do passeio é o divertimento então nada melhor que um piquenique para o almoço. Está já previsto um local adequado e se necessário abrigado da chuva, pelo que cada um deverá providenciar os seus mantimentos. O local dispõe de café próximo.

Obviamente que todas as viaturas deverão ter seguro de responsabilidade civil e estarem legalmente habilitadas a circular na via pública.

Sendo este um “passeio de amigos” preparado por quatro carolas voluntariamente, está obviamente implícito que todos estão cientes dos riscos inerentes à participação num passeio todo o terreno e que à “organização” nenhuma responsabilidade poderá ser imputada.

Mais informações podem ser solicitadas para 2wgeral@gmail.com e monteirolms@ymail.com assim como também as inscrições para os mesmos contactos.


Aspecto do Road Book:



02/12/09

Sub 23 e Elites amadores a correrem com Veteranos (Masters)?

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Porque será que as pessoas do sexo masculino entre os 19 e os 29 anos (inclusive) para praticarem Ciclismo de competição (mas amador) na vertente “Estrada” têm que o fazer juntamente com os Veteranos?
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Será que alguém me sabe responder?

A titulo de exemplo pergunto ainda, será que um indivíduo com 24 anos terá a mesma capacidade de um com 45/50 anos? – Não me parece, embora obviamente possam haver excepções…

Bem, na vertente “Estrada” já todos sabem a minha opinião sobre os corredores com menos de 30 anos amadores correrem conjuntamente com os Veteranos que é desfavorável.

Contudo e dado que a U.V.P./F.P.C. enquanto entidade reguladora da modalidade “Ciclismo” em Portugal aparentemente nada tem feito e do mal, o menos correrem conjuntamente com os Veteranos.

Contudo também, os corredores e/ou equipas que se enquadram neste escalão podem sempre recorrer (basta elaborar uma simples carta) ao IDP informando que pretendem praticar desporto na modalidade “Ciclismo” e que não estão previstas provas para o seu escalão. Convém não esquecer que uma parte das receitas da U.V.P./F.P.C. provêm do O.G.E. (orçamento geral estado) e que a aplicabilidade dessas verbas é fiscalizada pelo IDP que por sua vez está sobre a tutela do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto – Sr. Laurentino Dias, que por sua vez está sob a tutela do Ministro da Presidência – Sr. Pedro da Silva Pereira.

Sugestão:

Salvo melhor opinião, para todos aqueles que se possam sentir lesados com a aparente inexistência de provas na vertente Estrada para indivíduos entre os 19 e 29 anos inclusive, basta pois começar a escrever, não esquecendo obviamente de começar pelos organismos de base, ou seja:

1º. Presidente da Associação Regional de Ciclismo da zona geográfica.
2º. Presidente da U.V.P./F.P.C. (Sr. Artur Moreira Lopes).
3º. Presidente do I.D.P. (Sr. Luís Sardinha).
4º. Secretario de Estado da Juventude e do Desporto (Sr. Laurentino Dias).
5º. Ministro da Presidência (Sr. Pedro Silva Pereira).

Perspectivo que se houverem algumas cartas, as soluções aparecem sem ter que se sair da “esfera Ciclismo”.

01/12/09

Selecção sub-23 na Volta a Portugal em Bicicleta?

Não, não quero ser mau agoiro até porque sou de opinião favorável a que na Volta a Portugal em Bicicleta (2.1) participe uma selecção de Sub 23.

Em primeiro lugar há que garantir que essa selecção será feita exclusivamente com corredores Sub 23 oriundos das Equipas de Clube.

Pessoalmente penso que será aqui que se começam a levantar alguns problemas, ou seja, poderão existir conflitos de interesse entre os objectivos da Equipa de Clube do corredor e o próprio corredor. Convém não esquecer que entre a Volta a Portugal do Futuro (2.13) e a Volta a Portugal em Bicicleta (2.1) haverá somente uma diferença de só dez dias, ou seja, serão seleccionados corredores que participem na Volta a Portugal do Futuro (2.13) ou serão outros? Havendo corredores que sabendo antemão que vão ser seleccionados para participarem na Portugal em Bicicleta (2.1) poderão eventualmente não se empenharem a 100% na Volta a Portugal do Futuro (2.13) para se reservarem para a outra Volta que além de mais mediática terá os olhos das equipas profissionais Portuguesas e estrangeiras podendo assim eventualmente arranjarem um contrato profissional. Por outro lado e partindo do principio que esses mesmos corredores se vão empenhar a 100% na Volta a Portugal do Futuro (2.13) em que condição física se irão apresentar na Portugal em Bicicleta (2.1)? Na melhor forma não me parece…
Outra questão será, se não utilizarem os corredores que vão estar ao serviço das suas equipas na Volta a Portugal do Futuro (2.13) vão restar os que estarão em pior forma e/ou sejam mais fracos e assim sendo que desempenho irão ter na prova principal do calendário velocipédico nacional?
Outra questão ainda será com que equipamento irão esses corredores participar, ou seja, vão andar as Equipas de Clube durante a época a investir na formação e preparação dos corredores para depois vir a selecção nacional recolher os frutos desse investimento das Equipas de Clube. OK OK OK, já sei que tudo indica que muito provavelmente poderão alinhar com os calções da sua equipa de origem, mas…

Enfim, lá venho eu com mais um texto pessimista numa aparente boa iniciativa da U.V.P./F.P.C., mas ressalvo, se for para a frente será uma excelente iniciativa desde que os interesses de todos os intervenientes sejam devidamente salvaguardados.

06/11/09

Previsão do futuro (mais do que próximo) do Ciclismo - parte 2

Texto modificado em 10/11/2009 com a inclusão do último paragrafo de cor azul.


Será que alguém vai ter paciência para ler este meu “testamento”?


Na sequência do meu texto do passado dia 12/10/2009 e com o título “Previsão do futuro (mais do que próximo) do Ciclismo”, quer me parecer que o cenário apontado por mim na altura para o futuro das Equipas Continentais portuguesas está muito sombrio. Tudo indica que em 2010 só iremos ter cinco equipas (Centro Ciclismo de Loulé, Clube Ciclismo de Paredes, Clube de Ciclismo de Tavira, Gaia Clube de Ciclismo e Boavista Futebol Clube - penso que o nome correcto do "Boavista" é Boavista Ciclismo Clube mas como no sítio na Internet da Federação Portuguesa de Ciclismo consta como "Futebol"...). Se cada equipa só tiver doze corredores, iremos pois ter somente sessenta e dois profissionais - o que não há memoria de haver tão poucos corredores.

Bem, ainda há um outro pormenor importante e que poderá trazer uma sexta equipa ao pelotão "profissional". É público que a União de Ciclismo da Maia (presidida pelo Paulo Couto) está a desenvolver todos os esforços para voltar à estrada como Equipa Continental, vamos pois dar tempo ao tempo e desejar boa sorte aos dirigentes maiatos.

Muito se poderia especular sobre a gradual perda de equipas em Portugal e não me parece que sejam só os casos de doping que afastam os patrocinadores, claro que não.

Mas, como irá ser em termos de provas?

Por exemplo, as provas a contar para a Taça de Portugal de Elites. Se no ano passado houveram provas em que com seis equipas eram já poucos os corredores e mesmo assim ainda a haverem equipas a preferir ir correr a Espanha como será para 2010?
Ora como só podem alinhar oito corredores por equipa (a não ser que se alterem os regulamentos) iremos ter somente quarenta corredores á partida. Claro está que na época de 2009 os corredores da categoria elite das Equipas de Clube podiam alinhar nas provas da Taça e assim compunham um pouco mais o pelotão em termos de número de participantes há partida, mas que no final e devido à diferença de andamento eram poucos os que chegavam no grupo da frente e isto pode ser considerado como um “logro” para os organizadores e consequentemente para os patrocinadores.

O que me parece que irá acontecer em 2010 e lanço o meu palpite sem qualquer fundamentação de “bastidores”, será que as provas da Taça de Portugal de Élites e Sub 23 irão fundir-se numa só “Taça”, em que moldes, sinceramente não faço a menor ideia. As provas por etapas nacionais (2.12) vão ter que recorrer ás Equipas de Clube em maior número. Se por um lado pode parecer que para os chamados sub 23 vai ser melhor, no computo geral parece-me que irá ser pior, pois os organizadores vão ter que baixar a quilometragem das etapas e torna-las mais acessíveis para poderem garantir aos seus patrocinadores um pelotão mais ou menos recheado à chegada. Isto por sua vez irá também fazer com que os corredores das equipas profissionais fiquem com o andamento inferior e quando chegar a Volta a Portugal em Agosto como vai ser? Recorrem ao doping?

E por falar em Volta a Portugal, como vai ser?
Vamos ter que ter muitas equipas estrangeiras que devido ao escasso numero das portuguesas. O orgnizador por sua vez vai-se ver “obrigado” (PAD ou outro qualquer que entretanto possa aparecer) a trazer equipas do segundo ou terceiro plano do Ciclismo Europeu de modo a que as portuguesas possam estar na luta pela corrida e levar o “povo” á estrada. Ora com o passar do tempo vai fazer com que a qualidade dos nossos corredores volte a baixar e oportunidades como as que tiveram, entre outros o Rui Costa, Tiago Machado, Zé Azevedo vai ser muito difícil. Se na Volta ao Algarve as equipas portuguesas poucas possibilidades têm logicamente de brilhar isso irá também acontecer nas outras provas internacionais que se vão disputar em Portugal como por exemplo a Volta ao Alentejo e o Premio CTT. Para os organizadores também vai ser mau pois vão ser obrigados a contratar mais equipas estrangeiras aumentando assim o orçamento da prova.

Claro está que todos sabemos que o maior retorno que as equipas dão aos seus patrocinadores é na Volta a Portugal e com o quadro nego que tracei parece-me que o retorno irá começar a faltar, ou então irá surgi por intermédio de fugas (como as que o Pedro Martins fazia ainda há poucos anos mas que em nada davam excepto na 5ª etapa da Volta 2001 – Tavira/Évora em que vestiu a camisola amarela) mas que garantia muitos mas mesmo minutos de reportagem televisiva. Ora, com esta aparente falta de retorno que perspectivo é muito provável que as actuais cinco equipas repensem o seu futuro e desçam de escalão para Equipas de Clube (chamadas na gíria de Sub 23), aliás foi por esse mesmo motivo que salvo erro em 2003 ou 2004 as equipas que tínhamos em Portugal no GS2 (equiparam-se ás actuais Equipas Continental Profissional) passaram a GS3 (equiparam-se ás actuais Equipas Continentais).

Claro está que depois há o “efeito dominó” acabando todos os escalões por sofrer.

Este panorama, vai fazer com que cada vez mais no meio da população portuguesa também cada vez mais hajam menos ídolos do pedal e depois os jovens em vez de optarem pelo Ciclismo optam por outras modalidades. Eu tenho o exemplo em casa e mesmo sendo eu do meio velocipédico e incutindo ao meus filho de seis anos o Ciclismo ele só quer saber do "Cristiano Ronaldo" que é o seu mega ídolo.

Pergunto pois, retirando os adeptos habituais do Ciclismo e que procuram informação quem são os Corredores que o povo português conhece?

Eu respondo – Cândido Barbosa, Zé Azevedo e Nuno Ribeiro e ainda temporariamente os que vão sendo apanhados nas malhas do doping (infelizmente para ele e para o Ciclismo foi também o caso no Nuno).
E se por exemplo pegar-mos na população com menos de 30 anos e perguntarmos quem é o Sr. Alves Barbosa e o Marco Chagas? A maior parte provavelmente irá reconhecer o Marco como comentador de Ciclismo e o Sr. Alves Barbosa nem vão saber quem é (não pensem que tenho algo contra estes dois senhores do Ciclismo Português pois não tenho, inclusivamente quando tenho oportunidade de estar com o Sr. Alves Barbosa trato-o por "mestre" a exemplo do que faço também com o Sr. Emídio Pinto e a outro nível com o Sr. António Moura – pessoa responsável pela minha vinda para o Ciclismo ainda no tempo do MONACI).

Bem, de equipas estamos falados, resta saber se os organizadores vão conseguir dinheiro para colocar as provas na estrada e com o caderno de encargos logístico devidamente respeitado.
Em relação à UV.P./F.P.C. da minha parte, ficam duas questões no ar:

1º) Qual o seu papel na reestruturação do Ciclismo Português na vertente estrada nestes escalões (Equipas de Clube e Equipas Continentais).

2º) E se finalmente vai fazer cumprir integralmente os Regulamentos e Cadernos de Encargos (logísticos e financeiros) ou se irá, a exemplo do que tem acontecido, continuar a ter “dois pesos e duas medidas”.

Bem, como neste momento estou de cama com gripe e com 39,4º de febre (para já ainda não é a “A”) espero bem que este meu exercício não passe de senilidade provocada pela febre e que esteja profundamente enganado.
.

...ainda sobre o "Manifesto".

O que eu lamento é ver o Sr. Luís Horta que é tão-somente o Presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADOP) a subscrever este manifesto. Salvo melhor opinião parece-me ser caso para perguntar;

- Será que este senhor tem capacidade técnico-profissional para estar no lugar que ocupa?

Para ser um bom profissional não basta ter habilitações académicas, mas eu também não estou a afirmar nada!!! Eu não sei nem tão pouco sou avalisado para o fazer mas que é estranho lá isso é. Bem, ele não perdeu os seus direitos de cidadania, mas como parece que subscreveu enquanto Presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal daí a minha duvida…

Relembro e tomando como referencia as funções da ADOP (que podem ser consultadas no sitio na internet do IDP - http://www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=32&idMenu=2 e que passo a citar:
- “Controlo e combate à dopagem no desporto com competências, composição e funcionamento definidos em diploma próprio.”

Lamentavelmente temos dois casos de doping nas camadas jovens e que aguardo para ver o desfecho destes dois casos, que em minha opinião e tratando-se de dois cidadãos de menor idade deverá ser considerado como crime publico e os órgãos judiciais da republica deveriam averiguar exaustivamente e encontrar os culpados de tal anormalidade.Mas o que me preocupa mesmo mesmo, são as situações como o caso "Face Oculta" e outros que tal, isto sim, enquanto cidadão e contribuinte do estado português preocupa-me.

Bem, a fonte de financiamento do IDP que é quem tutela o ADOP advém também dos meus impostos pelo que uma vez mais me sinto com legitimidade para a levantar a questão em causa, ou seja, independentemente das habilitações académicas que o Sr. Luís Horta possa ter é se ele tem capacidade técnico-profissional para estar no lugar que ocupa?

Ainda em relação ao “Manifesto” acho curioso ver cidadãos estrangeiros (apesar de europeus) que nem sequer residem em Portugal subscreverem este manifesto.

Há momentos encontrei um facto curioso e que também e admito estar errado e não ter visto bem, ou seja, na lista de subscritores Vip’s do “Manifesto” desapareceu o nome do Sr. Luís Horta, mas provavelmente fui eu que vi mal e se assim foi desde já pelo desculpa publicamente à ACM.

30/10/09

Rota Castreja - 1

Nota introdutória:
A criação deste “roteiro” tem como base o meu conhecimento dos locais, das vias de comunicação e sobretudo gosto pessoal. É também fruto de algum trabalho de pesquisa na Internet, mas que de cientifico nada tem assim como tão-pouco poderá ser considerado como um guia. Este “roteiro” tem como ponto de partida a cidade da Maia e está pensado como passeio de um dia e com um grau de subjectividade elevado. Claro está que na região norte e em particular na faixa litoral são muitos os Castros e se subir-mos um pouco mais e formos até à Galiza mais serão ainda. Felizmente que o estado de recuperação e conservação em muitos casos se pode considerar como boa.
Com a realização deste “roteiro” serão várias as vantagens com que ficarão no final do dia pois o itinerário escolhido em termos paisagísticos é agradável, culturalmente irão aumentar os vossos conhecimentos, vão também contactar um pouco com a natureza devido á localização dos Castros e os preguiçosos (como eu) vão ter aqui um bom motivo para caminhar um pouco (fazendo pois assim um pouco de exercício). Como a esmagadora maioria vive em cidades poluídas aproveitam também para respirar um pouco de ar puro. Pelas diversas características sou de opinião que estas visitas não se devem efectuar em dias de muito calor, mas…
Termino pois esta pequena nota introdutória como iniciei, ou seja, dada a subjectividade da minha escolha e a aproximação geográfica de alguns outros Castros a sequencia sugerida pode não ser a melhor.


Mas o que são os Castros?


Os Castros são as ruínas ou restos arqueológicos de um tipo de povoado da Idade do Ferro característico das montanhas do noroeste da Península Ibérica. Os povoados eram construídos com estruturas predominantemente circulares, revelando desde cedo a implementação de uma «civilização da pedra», quer nas zonas de granito quer nas de xisto.
Uma cividade (substantivo feminino antigo de cidade) ou Citânia é um castro de maiores dimensões e importância, habitado continuamente. A designação Citânia é comparada com o "Cytian" dos povoados fortificados nas ilhas Britânicas.
Durante muito tempo consideraram-se os castros como "povoados fortificados", mas esta designação, consagrada pelo uso, é evidentemente muito redutora, porque recobre realidades arqueológicas muito diversas e susceptíveis de variadíssimas interpretações. Recentemente, tem-se vindo a aperceber que estes sítios são de uma enorme a complexidade, que de maneira alguma se podem apenas subsumir numa qualquer "cultura" local (ou várias), e muito menos numa "função" militar.
Em termos arqueológicos os castros estão quase invariavelmente localizados no topo de montes que são defesas naturais e permitem o controle táctico dos campos em redor. Estes montes tinham sempre fontes ou pequenas ribeiras, e naqueles mais desprovidos de água eram construídos reservatórios pelas populações, provavelmente para resistir aos cercos.
Um castro típico é fortificado por uma até quatro muralhas, mas mais comummente três, que complementam as defesas naturais do sítio. As casas têm cerca de três a cinco metros de diâmetro, e são na sua maioria circulares com algumas rectangulares, feitas de pedra solta e terra, com telhado cónico de colmo suspenso por um pilar de madeira central. As ruas são algo regulares, sugerindo organização social avançada. Os castros variam de algumas dezenas a algumas centenas de metros em diâmetro.
Julga-se que os castros eram locais de refúgio durante as guerras tribais Célticas e pré-Célticas, mas muitos, incluindo todas as citânias, eram verdadeiros centros populacionais continuamente habitados.
Observam-se normalmente cinco tipos diferentes de muros castrejos:
· Muralha de alinhamento, espessura e aparelho irregulares constituída por camadas de pedras colocadas horizontalmente, como ocorre no Castro do Coto da Pena.
· Muralha espessa com duas faces regularizadas de grandes blocos preenchidos por um aglomerado de pedras sem argamassada, como ocorre no Castro de Sabroso.
· Uma grande construção constituída por dois muros paralelos de faces verticais, normalmente de grandes blocos dispostos irregularmente, com intervalo preenchido por terra, tal como acontece na Cividade de Terroso.
· Construção sólida com muros de reforço adossados tal como ocorre no Castro de Romariz.
· Muralha simples com espessura média de 1,50 metros, normalmente formada por dois paramentos paralelos, tal como ocorre na Citânia de Briteiros.
Podemos considerar como três as fases da cultura Castreja:

1.A cultura Castreja formou-se num contexto atlântico com relações continentais e mediterrânicas por volta do ano 900 a.C.
2.A segunda fase inicia-se por volta de 500 a.C. e desenvolve-se com as migrações túrdulas, o comércio púnico e as primeiras importações provenientes da Península Itálica. É igualmente a fase da chegada de elementos étnicos célticos cujos contornos cronológicos e históricos devem ser entendidos no âmbito dos diversos processos regionais de celtização peninsular.
3.A terceira fase é a da proto-urbanização da cultura castreja com apogeu e declínio na era da romanização.

Os Castros já existiam durante o Neolítico e a Idade do Bronze, muito antes das invasões Célticas. Julga-se que a Cultura Ibérica desses povoados se misturou com os elementos célticos sem quebras de continuidade. O Céltico, provavelmente o dialecto Goidélico, tornou-se a língua franca de toda a Cultura Atlântica. Muitos dos megalitos da Idade do Bronze como menires e dólmenes estão situados em regiões em que também há castros, e são anteriores aos Celtas quer em Portugal e na Galiza, quer na costa atlântica da França, Grã-Bretanha e Irlanda. Estes monumentos continuaram a ser utilizados pelos druidas celtas.

Os Romanos destruíram muitos castros, devido à resistência feroz dos povos castrejos ao seu domínio, mas alguns foram aproveitados e expandidos como cidades romanas. Segundo Jorge de Alarcão "Aos castros, deram os Romanos o nome de castella, que aparece nas inscrições do século I d.C. sob a forma abreviada de um C invertido"

A zona nuclear castreja corresponde a toda a Galiza e à região portuguesa de Entre-Douro-e-Minho que confina a leste com a área ocupada na antiguidade pelos povos da etnia Zoelae para além do rio Sabor. Existe uma grande densidade de castros no Alto Minho, em especial nos territórios dos concelhos de Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença, Paredes de Coura, Viana do Castelo (Citânia de Santa Luzia, Castro do Vieito), Ponte de Lima (Castro de Santo Ovídeo) e Esposende (Castro de São Lourenço). No entanto, na bacia do Ave – Vizela existe um maior conjunto de castros de grande dimensão: a Citânia de Sanfins, Citânia de Briteiros, Cividade de Bagunte, o Castro de Alvarelhos e ainda nas proximidades a Cividade de Terroso.
Menos densas são a região de Basto e ainda menos densa é a planície litoral a Sul do Douro. Em Trás-os-Montes, existe uma concentração significativa nas zonas de terras altas, com altitude superior a 750 metros, nos concelhos de Montalegre, Boticas e parte dos concelhos de Vinhais e Bragança.

Novas perspectivas sobre a celtização do NO de Portugal e o território dos Callaeci Bracari valorizam características culturais e linguísticas de filiação céltica no substrato castrejo, ainda com forte expressão durante o período galaico-romano (inscrição da Fonte do Ídolo em Braga e o nome da cidade galaico-romana de Tongóbriga).

Também há alguns castros no Centro de Portugal e nas Astúrias (região de Espanha). Povoados semelhantes também foram encontrados na França Atlântica (Bretanha), Grã-Bretanha e Irlanda.

Mas vamos ao “roteiros” – Castros a visitar:

· Castro de São Paio (Labruge – Vila do Conde).
· Cividade de Bagunte (Vila do Conde).
· Castro do Monte Padrão (Santo Tirso).
· Citânia de Sanfins (Paços Ferreira).

1ª Etapa – Castro de São Paio (Labruge – Vila do Conde)

Para começar este “roteiro” nada melhor que tomar um cafezinho junto á praia em Labruge e visitar o Castro S. Paio.

A grande variabilidade de implantação na paisagem dos habitats da Idade do Ferro no Norte de Portugal encontra exemplo de muito interesse no pequeno castro de S. Paio, em Labruge, que constitui o único povoado castrejo absolutamente marítimo de toda a costa portuguesa, ao contrário do que sucede na Galiza, onde se conservam vários destes castros litorais, como o bem conhecido de Baroña.
O castro de S. Paio, que tira o nome do orago da pequena capela existente no local, é um povoado de reduzidas dimensões, assente num pequeno cabeço com cota de 14 metros, junto à praia. As suas defesas parecem resumir-se a uma muralha ou talude, de que podem ver-se vestígios a Nascente, associada a um fosso, que protegeria os habitantes na área mais aberta a terra, já que do lado oposto o mar constituía natural e eficaz protecção. Bastante destruído pela erosão litoral e pela utilização balnear do local, o castro conserva ainda vestígios das suas habitações, podendo ver-se alguns muros e construções de planta circular, se bem que as escavações arqueológicas tenham proporcionado o achado de variado espólio e outros elementos de interesse, como lareiras e pisos em argila decorados, que se encontram protegidos. Nas proximidades existem penedos com gravuras, de cronologia incerta. As escavações realizadas documentaram a ocupação deste povoado, que se encontra em processo de musealização, entre o século I antes de Cristo e os primeiros séculos da nossa era.

Como lá chegar:
Pela auto-estrada A28 (antigo IC1), que deverá abandonar-se na saída de Modivas (depois da área de serviço de Modivas - junto à Lactogal), seguindo depois para Sul pela Estrada Nacional 13 (Vila do Conde - Porto) e voltando à direita no 2º cruzamento a partir do qual a estação está abundantemente sinalizada. Já próximo da praia tomar em atenção pois a via é estreita e só passa um carro.

2ª Etapa – Cividade de Bagunte (Vila do Conde)

Depois do cafezinho e da visita ao Castro S. Paio está na hora de se seguir para a Cividade de Bagunte e que dista a cerca de 16 km pelo caminho mais curto.

Regressam á EN 13 e desta vez viram em direcção a Vila do Conde. Já na EN13 e depois do Outlet tem o início da recta do Mindelo e um pouco antes do final existe um cruzamento onde para a esquerda vai dar a Mindelo. Nesse cruzamento vira-se á direita (rua em piso empedrado) e segue-se direcção a Fajozes – mas continuando sempre até a estrada acabar cerca de 3km Quando chegarem ao fim da estrada vão apanhar a N1064 e viram á esquerda e depois é sempre em frente até Bagunte onde vão encontrar sinalização para a Cividade. Em alternativa podem sempre fazer o seguinte percurso, ou seja, iniciado em Vila do Conde, deve tomar-se a Estrada Nacional 206, em direcção a Vila Nova de Famalicão. Cinco km depois (7 minutos) devem cortar à direita, na direcção de Junqueira, pela estrada municipal 525-4. Em Junqueira atinge-se o cruzamento com a Estrada Nacional 306 (1’9 km depois, cerca de 5 minutos), onde se deve seguir em frente, na direcção de Bagunte. Passados 1’6 km (cerca de 2 minutos), deve cortar-se à esquerda para Bagunte, atravessando a localidade na direcção do monte da Cividade, pela estrada municipal 527. 2’3km depois (5 minutos) encontra-se sinalizada a Cividade, do lado esquerdo da estrada (como referencia tem uma paragem de autocarro com abrigo.

Sobre a Cividade de Bagunte o que se pode escrever?

Na faixa sudoeste do Entre Douro o relevo é pouco elevado, embora se registem alguns cumes com posição dominante. Num desses relevos foi edificada a Cividade de Bagunte (altitude 206 metros) com um controlo geo-estratégico quase único, no quadro dos grandes povoados. Para oeste vigiava a plataforma litoral, extensa e fértil. Por outro lado, dominava quer a confluência dos rios Ave e Este, quer os tramos finais destes dois cursos de água, a Sul e a Norte, respectivamente. Controlava, assim, o acesso, através do vale do Este, ao coração do território dos Bracari, bem como a entrada do médio vale do Ave, onde fica a Citânia de Briteiros.

No Monte da Cividade é possível visualizar um povoado fortificado de dimensões consideráveis, talvez um dos maiores do Noroeste, com uma extensa área, igual ou superior à das grandes citânias do Entre Douro e Minho. A sua ocupação estende-se da Idade do Bronze à Antiguidade Tardia, embora destacando-se a organização do Ferro Pleno. O castro aparenta ter tido, no seu momento de máxima expansão, pelo menos cinco alinhamentos de muralhas. Esta Cividade foi ligeiramente explorada nos finais do século XIX e princípios do século XX e está classificada como monumento nacional desde 16 de Junho de 1910. As primeiras escavações ocorreram com o arqueólogo Ricardo Severo entre 1886 e 1888 sendo que as primeiras referências devem-se a nomes ilustres da Arqueologia Portuguesa: Francisco Martins Sarmento; Leite de Vasconcelos, Ricardo Severo e Fonseca Cardozo. O arqueosítio foi escavado em 1947 por Russel Cortez, que pôs a descoberto ruínas de casas circulares, rectangulares, bem como um conjunto doméstico do tipo domus, revelando a importância científico do sítio. Estes vestígios foram, posteriormente, cobertos por um extenso eucaliptal. Todavia, nos últimos anos realizaram-se intervenções de estudo e valorização promovidos pela Câmara Municipal de Vila do Conde, que está a desenvolver neste castro um ambicioso e bem fundamentado projecto, orientado por Paulo Costa Pinto e Pedro Brochado de Almeida, o que já permitiu remover árvores, estabelecendo itinerários, abrindo clareiras de áreas visitáveis e registando as estruturas. Pode-se, assim, observar ruínas de construções de aparelho granítico, rectangulares e circulares, bem como extensos pátios centrais lajeados, um dos elementos típicos das grandes citânias do Noroeste de Portugal. As estruturas encontram-se agrupadas em unidades habitacionais e estas em quarteirões. Pela qualidade dos paramentos das casas e efeito estético dos lajeados são evidentes a afinidades com a Citânia de Briteiros, com Santa Luzia ou com a Cividade de Âncora. Embora ainda não tenha sido descoberta nenhuma estátua de um possível príncipe, considerando a dimensão e posicionamento do sítio deve-se admitir que foi sede de um dos vários populi que viviam no espaço entre o Douro e o Minho, embora o seu nome seja desconhecido. Situado na freguesia de Bagunte, no concelho de Vila do Conde é Monumento Nacional desde 1910 e possui uma Zona Especial de Protecção desde 1960, o que permitiu manter a sua integridade visual e a envolvente.
A Norte, no sopé do monte conserva-se uma antiga via de circulação utilizada pelo menos desde a época romana e que mais tarde foi Caminho de Santiago.
Como complemento pode-se ainda dizer que Desde 1994, o gabinete de arqueologia da Câmara Municipal de Vila do Conde tem desenvolvido trabalhos de limpeza, controlo da vegetação e protecção das ruínas na zona da Cividade de Bagunte. O Gabinete conta com o apoio da associação de património arqueológico de Vila do Conde (APPA-VC) e da junta de freguesia de Bagunte. Todo o trabalho de valorização e transformação da Cividade tem por objectivo torná-la no Parque Arqueológico de Vila do Conde. É também o maior e mais antigo monumento nacional do concelho de Vila do Conde foi um grande povoado, fortificado com 52 hectares de interesse arqueológico, entre a área muralhada e o conjunto de vestígios periféricos. O povoado foi desde sempre conhecido das populações locais que chamavam monte Subidade ou Soledade, duas alterações ao termo latino original Civitate, de onde vem a nossa palavra cidade.

3ª Etapa – Castro do Monte Padrão (Santo Tirso)

Após a visita ao Castro S. Paio e à Cividade de Bagunte deve estar já muito próximo da hora de almoço. As sugestões são várias e pelo caminho mais curto a distancia até o Castro do Monte Padrão é de 35km.

Para se visitar o Castro do Monte Padrão temos que nos dirigir até Santo Tirso e são várias as opções que existem pelo que deixo ao livre arbítrio de cada um, contudo posso sempre sugerir que regressem pela N306 até ao cruzamento de Vilarinho onde viram á esquerda tomando a EN 104 até á Trofa ao longo do rio Ave. Passando o centro da Trofa continuam na EN 104 até Santo Tirso (não se esqueçam de comerem um jesuíta). Aqui terão que apanhar a EN 319 em direcção a paços de Ferreira. Nesta estrada seguirão até a povoação de Monte Córdova mas sugiro que um pouco antes façam um desvio para visitar o Santuário Nossa Senhora Assunção que foi concebido pelo arquitecto Korrodi sob a inspiração românica-gótica com alguns laivos de neo-romantismo. De planta em cruz grega e soberba construção, faz lembrar as monumentais basílicas orientais. Encontrando-se localizada em lugar de ampla visibilidade no Monte Assunção, tutela daí a cidade de Santo Tirso. Foi construído em 1934, em granito, num estilo neo-românico. Todos os anos no dia 15 de Agosto realizam uma romaria em honra da Santa. Também desde 2007 que a Volta a Portugal em Bicicleta tem lá tido uma das suas chagadas importantes e que se está rapidamente a tornar numa chegada emblemática da corrida. As vistas sobre Santo Tirso são muito bonitas e no sentido oposto já se consegue ver o Castro Monte Padrão, embora com alguma dificuldade e em linha recta distam a cerca de 1.000 metros.

De volta á estrada e mal entrem em Monte Córdova e junto à igreja paroquial, deverão virar à direita no cruzamento assinalado como “Estação arqueológica”. A partir daqui deverão seguir a estrada empedrada, acompanhado a sinalização até atingir a capela da Senhora do Padrão, ao fim de 800 metros. Podem e devem estacionar junto junta da capela, encontrando-se o castro no topo da elevação próxima, o Monte do Padrão, efectuando-se a subida em poucos minutos.

O maciço designado pelo Monte Córdova, ocupa uma privilegiada situação geo-estratégica, pois divide as bacias hidrográficas dos rios Ave e Leça, cujas cabeceiras domina. Deste maciço destaca-se o Monte Padrão, sobranceiro quer ao vale do rio Sanguinhedo, afluente do Ave, quer ao vale do rio Leça. Do alto do Monte, que tem uma altitude de 413 metros domina-se, visualmente, uma ampla secção do vale do Ave e numerosos e férteis alvéolos, bem como a planície fluvial do rio. O castro erguido no Monte Padrão controlava não só a navegação fluvial como também um corredor terrestre que ligava Cale à zona nuclear dos Bracari.

O Monte Padrão fica pois situado na freguesia de Monte Córdova, concelho de Santo Tirso, é um dos grandes castros do Entre Douro e Minho, com uma assinalável continuidade, testemunhando mais de dois mil anos de história, pelo que está a justo título classificado como Monumento Nacional, desde 1910. O local foi extensivamente intervencionado, entre 1950 e 1956, por Carlos Faya Santarém, tendo as escavações incidido em particular sobre a zona norte da acrópole, onde foi descoberto um notável conjunto edificado já da época romana. Contudo a ocupação do local remonta ao Bronze Final (século IX a. C.), conforme os vestígios detectados na plataforma superior, em sondagens realizadas por Manuela Martins, na década de 80 do século XX. Novas intervenções foram realizadas na década de 90 sob a responsabilidade de Álvaro Moreira, trabalhos que prosseguem anualmente. Tal como noutros sítios paradigmáticos do Noroeste de Portugal um primeiro núcleo populacional terá evoluído para um castro da Idade do Ferro, do qual subsiste, bem conservada e visível, principalmente a Sul e Leste, a primeira linha de muralha, que defendia a plataforma superior, bem como vestígios de mais duas linhas, detectáveis pelos taludes artificiais. No topo aplanado do monte observam-se estruturas do período castrejo, nomeadamente casas circulares com ou sem vestíbulo, numa área de grande dinâmica urbana, evidenciada pela sobreposição de estruturas. No quadro do processo de romanização foi erguido um edifício de tipo domus, bem como grandes construções rectangulares a norte. A casa possui um peristilo, um amplo pátio lajeado quadrangular, rodeado por um porticado, para o qual se abrem diversos compartimentos rectangulares. A norte de deste edifício observam-se amplos compartimentos que parecem estar associados ao núcleo residencial.
A ocupação medieval não terá sido menos importante, no contexto da cristianização no Noroeste, existindo uma ligação à presença de S. Rosendo, figura emblemática do período da Reconquista. Conservam-se, perto da entrada Leste do conjunto, os alicerces de uma capela alto-medieval, dedicada a S. Rosendo, assim como de um edifício posterior baixo-medieval. Deste período data a necrópole de inumação que rodeia os caboucos das construções medievas, com sarcófagos formados por lajes de granito e tampas, associada a considerável espólio cerâmico medieval.

4ª Etapa – Citânia de Sanfins (Paços Ferreira)

Após a visita ao Castro do Monte Padrão fica-nos ainda a faltar a visita Citânia de Sanfins e cuja distancia fica somente a 7,5km pelo caminho mais curto.

Regressamos à EN 319 e seguimos em direcção a Paços de Ferreira. Aproximadamente 1 km depois e à entrada de Santa Luzia viramos à esquerda e apanhamos a EN 1115 e cerca de 6km depois estão na Citânia de Sanfins (tem placas indicativas).

O relevo da zona sudoeste do Entre Douro e Minho, embora com uma média de altitude relativamente baixa, é muito fragmentado. Entre as diversas unidades geomorfológicas destacam-se alguns cumes que, pela sua imponência, dominam a paisagem envolvente numa extensão de muitos quilómetros. É o caso do monte (570 metros), onde foi implantada a Citânia de Sanfins. O seu posicionamento entre os limites das bacias hidrográficas do Douro e do Ave deve ser sublinhado, explicando a sua relevância estratégica, no quadro da paleo-geografia da Callaecia. Para norte as linhas de água dirigem-se para o Ave. Para sul convergem para o rio Eiriz, tributário do rio Ferreira que por sua vez desemboca no Sousa, próximo da confluência deste último no Douro. O cume onde foi erguido o castro é aplanado, o que facilitou a organização do sistema defensivo e o ordenamento proto-urbano.

A Citânia de Sanfins é um dos locais mais emblemáticos da Cultura Castreja do Noroeste Peninsular. Sendo uma das grandes citânias do Entre Douro e Minho, é um dos melhores exemplos do proto-urbanismo da II Idade do Ferro, com uma organização funcional do espaço urbano, que se estende por uma vasta área planáltica. A Citânia é circundada por três linhas de muralha, mais um quarto alinhamento complementar. Notam-se várias portas nas muralhas, reforçadas por fossos a Norte e a Sul. Junto de uma das portas, na segunda muralha, foi localizada uma estátua de guerreiro, actualmente representado por uma réplica. A relevância desta descoberta foi, mais tarde, confirmado pelo achado do guerreiro de S. Julião (Vila Verde), igualmente detectado junto da segunda linha de muralha. A área intra-muros ocupava pelo menos 15 hectares. A estrutura urbana do povoado é ordenada por um grande eixo Norte/Sul, atravessado por diferentes eixos perpendiculares, naquilo que constitui um notável ensaio de ortogonalidade na ordenação do espaço urbano. Delimitadas pelos arruamentos e muros limítrofes observam-se várias unidades domésticas com casas circulares, com ou sem vestíbulo, e rectangulares, em redor de um pátio central, por vezes lajeado. Pelas suas características morfológicas Sanfins é um dos melhores locais para se observar este modelo de proto-urbanismo. Uma das unidades encontra-se reconstruída, de tal forma que permite aos visitantes compreender melhor a importância da família extensa como núcleo básico da sociedade castreja. No centro da plataforma, duas grandes construções são interpretadas como estruturas proto-históricas de carácter ritual. Um dos maiores pontos de interesse da Citânia é o balneário castrejo, localizado fora da área urbana posto a descoberto, mas intra-muros, junto de uma pequena nascente de onde ainda brota água. O balneário apresenta uma estrutura comum às restantes construções do género, com fornalha de secção circular, câmara de sauna, vestíbulo separado da câmara pela pedra formosa decorada e pátio exterior lajeado, onde ainda se conservam dois tanques, assim como as canalizações de abastecimento e esgoto. Distingue-se, também, uma fonte de mergulho. A descoberta deste equipamento, na década de 70, do século XX, foi decisiva para a interpretação subsequente destes monumentos, anteriormente considerados como fornos crematórios desde o achado de estrutura idêntica em Briteiros, na década de 30. No ponto mais elevado da Citânia, junto do marco geodésico, subsistem os alicerces de uma capela medieval (dedicada a S. Romão), enquadrada no espaço de uma necrópole de inumação. A Citânia de Sanfins, Monumento Nacional desde 1946, foi primeiramente identificada em 1895 por Martins Sarmento e Leite de Vasconcelos. As maiores intervenções seriam contudo efectuadas a partir de 1944 e 1967 por Eugénio Jalhay (este apenas até 1950) e Afonso do Paço. A partir de 1968 a Faculdade de Letras da Universidade do Porto assumiu, através de Carlos Alberto Ferreira de Almeida o estudo do povoado, prosseguido por Armando Coelho F. Silva que dirigiu sucessivas campanhas, em conjunto com Rui Centeno, até 1993. A partir deste ano elabora-se um projecto de musealização, incluindo o restauro de estruturas arqueológicas e a construção de uma estrutura de apoio à visita.

Complementarmente ainda pode-se dizer que do seu património se destaca ainda as Muralhas, Pedra Formosa e o Núcleo familiar.:

Em relação ás Muralhas a Citânia estava protegida por várias linhas de muralhas. As muralhas defensivas adaptam-se de forma notável ao terreno, com uma planificação regular e arruamentos ortogonais.

Sobre a Pedra Formosa – é um monólito de grandes dimensões, normalmente decorado com gravuras em baixo relevo, localizado no interior dos balneários da civilização castreja que permitia o acesso, por uma pequena abertura, ao compartimento dos banhos e vapores quentes ou seja, pode-se dizer que é o edifício destinado aos banhos públicos.


“Dizem que alguns dos povos das margens do rio Douro vivem à maneira dos Lacónio (Esparta uma das mais notórias cidades-estado da Grécia Antiga). Untam-se com óleo duas vezes (por dia) em lugares especiais e tomam banhos de vapor, feito com pedras aquecidas pelo fogo e (depois) banham-se em água fria.”


Em relação ao Núcleo Familiar a Citânia possui mais de cento e cinquenta construções de planta circular e rectangular, agrupadas em cerca de quarenta conjuntos de unidades familiares. Recentemente foi restaurado um núcleo familiar.


“No dia a dia bebem cerveja e, raramente, vinho. O pouco que conseguem, depressa o consomem nas festas familiares... nesses banquetes sentam-se em bancos construídos ao redor dos muros, ocupando os lugares segundo a idade e a dignidade. A comida circula de mão em mão. Enquanto bebem, bailam e fazem coros ao som da flauta e da trombeta, dando saltos no ar e caindo de joelhos...”

26/10/09

...ainda sobre o "Manifesto".

Este pequeno texto vem na sequência do meu texto de 24/10/2009 com o título "Jogo Limpo – pela ética desportiva" texto esse que lhe mantenho todos os pontos e vírgulas.

Por definição um manifesto é uma exposição (geralmente escrita) em que se manifesta o que é preciso, ou o que se deseja que se saiba.

Estou plenamente convencido que este “Manifesto” irá ter uma forte adesão.

Conhecendo como penso conhecer a generalidade das pessoas muitos serão os que vão assinar só por assinar e sem saberem se quer o que estão a assinar. Outros, sim outros, outros ainda haverão que vão assinar porque não passam de “Amélias”, ou seja, limitam-se a ir atrás dos outros só para ficarem bem na fotografia e porque não dizer também para manterem a (s) sua (s) fonte (s) de rendimento (s).

Pergunto de forma genérica dos que já assinaram e dos que ainda vão assinar quantos sabem o verdadeiro alcance deste “Manifesto”?

Eu por mim respondo, NÃO SEI!!!!! (Mas sempre faço uma pequeníssima ideia).

24/10/09

"Jogo Limpo - pela ética desportiva"

Nota prévia:
No final da composição deste texto e que demorou mais de três horas a elaborar (devido a alguma consulta que tive de efectuar) fico pois na duvida se haverá alguém com disposição para o ler integralmente. Sugiro que a leitura não seja feita de “forma atravessada” do texto para que não hajam más interpretações e deturpações do que realmente escrevi e do que pretendo demonstrar.
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Numa iniciativa da A.C.M. e que contou com o apoio dos senhores Artur Lopes e Luís Horta respectivamente Presidentes da U.V.P./F.P.C. e da Autoridade Antidopagem de Portugal foi ontem, por intermédio de uma conferencia de imprensa apresentado um manifesto designado como “Jogo Limpo – pela ética desportiva”. O “Manifesto” pode ser consultado integralmente e subscrito no sitio na Internet da ACM.

Não sou nem nunca fui apologista do uso de substâncias ilícitas no desportoque fique bem claro, assim como não se pode confundir a amizade com a reprovação e como sou católico, aproveito para relembrar a parábola do “filho pródigo”.

Globalmente estou de acordo com o “Manifesto” embora me pareça que a sua aplicabilidade seja utópica e na minha opinião são vários os motivos que fundamentam a minha opinião sobre a utopia da sua aplicabilidade.

Uma coisa é certa, algo tem que ser feito pois as coisas como estão estão muito mal e pior fica quando somos confrontados com situações de doping nos Cadetes e Juniores não há nada que possa justiçar o que quer que seja.

A ACM, como é hábito – pena que as outras associações não sigam as suas pisadas (mas sobre isto não tenho legitimidade para falar peso embora o trabalho por mim produzido na ACP), uma vez mais, volta a ser pioneira e a “ficar bem na fotografia” mas sei e como penso conhecer os seus dirigentes (e em particular o seu actual Presidente) que este “Manifesto” não se destina só para a fotografia, é realmente uma coisa sentida e que desde já aproveito para publicamente endereçar as minhas felicitações públicas pelo acto. Obviamente que como disse nem tudo me parece estar correcto nesta iniciativa pela dificuldade da transparência da aplicabilidade, mas mais importante do que tudo foi que foi dado um passo para que se tente minimizar algo de extremamente prejudicial ao desporto e á sua imagem.

Serão vários os princípios e leis com a qual a aplicabilidade do “Manifesto” me parece se vá “esbarrar”, mas não sendo eu um jurista a minha opinião vale o que vale, ou seja, é a minha opinião!

Analisemos então o “Manifesto” ponto por ponto.

“1º) Reafirmar os princípios e valores do desporto, nomeadamente, a ética, a honestidade, o espírito e a verdade desportiva e considerar a luta contra o doping como um pilar fundamental na sua preservação.”

Cem por cento de acordo.

“2º) Assumir quotidianamente uma conduta de "tolerância zero" em relação a qualquer indício, intenção ou prática de dopagem, desaconselhando e denunciando casos e situações que indiciem práticas violadoras das normas e disposições.”

Cem por cento de acordo em relação à “tolerância zero” contudo em relação à “denuncia” pois faz-me lembrar a Pide/Dge e pode levar a exageros e que muitos aproveitarão para tentar obter protagonismo denunciado quem sabe até “inventando” possíveis situações e estou por exemplo a lembrar-me do ponto 1º do artigo 25º da Constituição da Republica Portuguesa.

“3º) Desejar a aplicabilidade imediata e rigorosa do Regime Jurídico da luta contra a dopagem no desporto (Lei n.º 27/2009 de 19 de Junho).”

Cem por cento de acordo e ainda por cima trata-se de uma lei da Republica.

“4º) Incentivar os agentes e entidades desportivas a retomarem o projecto de criação do passaporte biológico, encarando-o como indispensável na luta contra o doping.”

Cem por cento de acordo se for consagrado a todas as modalidades desportivas e a todos os escalões. O Ciclismo não pode continuar a ser o “patinho feio” do desporto.

Há também que garantir a transparência do método e a equidade do processo.

“5º) Aconselhar todas as entidades a contemplarem em todos os acordos/contratos com e entre equipas e atletas cláusulas de rescisão e de penalização no caso de utilização de substâncias e métodos proibidos.”

Cem por cento de acordo se as Leis vigentes de trabalho o permitirem.

“6º) Instar as entidades competentes a agirem judicialmente contra os prevaricadores em matéria de dopagem, visando o ressarcimento pelos prejuízos e danos causados ao desporto em geral e a cada uma das modalidades em particular por comprovada conduta desviante.”

Este ponto, salvo melhor opinião, parece-me cem por cento utópico pela impossibilidade da sua aplicabilidade pelo que sou manifestamente contra.

Pergunto,

…e como se pode quantificar os prejuízos causados?

Muita atenção que medir este género de prejuízo não é a mesma coisa que é medir o retorno de um determinado investimento publicitário.

Tomemos como exemplo os seguintes dois casos, ou seja “Nuno Ribeiro – profissional e vencedor da Volta a Portugal” e “João Pinto – cadete e vencedor da Volta Portugal Cadetes” .

Nuno Ribeiro” – conseguiu-se quantificar um prejuízo de dois milhões de euros, acham que ele tem esse dinheiro para restituir o prejuízo causado?
João Pinto” – é um Cadete e é menor de idade. Neste caso a verba quantificada foi de quinhentos mil euros, quem é que tem que pagar esta verba? O encarregado de educação? E se posteriormente se vier provar que o miúdo até estava inocente e que lhe deram as substâncias sem ele e o seu encarregado de educação saberem o que era?

Esta medida parece-me perversa, pois além de toda a subjectividade inerente e que tentei enumerar podem por exemplo surgir milhentas pessoas a dizer que por causa do caso X ou Y perderam um patrocinador sem sequer terem saído de casa e verem nisto uma forma fácil de ganhar dinheiro.

“7º) Sugerir o aperfeiçoamento da eficácia dos métodos e processos de certificação de violação das normas antidopagem de forma a não subsistirem dúvidas e a eliminar possibilidades de invocação de questões meramente processuais para ilibar os prevaricadores.”

Salvo melhor opinião mais uma utopia.
Vou dividir este ponto em duas partes, ou seja, a primeira relacionada com os “métodos” e a segunda com os “questões processuais”.

Em relação aos “métodos”, pergunto, não é essa já uma das obrigações de quem tem que fazer os controlos de despistagem de substancias consideradas dopantes? Claro que é – digo eu.

Em relação ás “questões processuais”, parece-me que uma vez mais não se quer entre outras coisas respeitar coisas básicas. Estou novamente a lembrar-me por exemplo da Constituição da Republica Portuguesa do seu artigo 21º, também ponto 2º do artigo 26º e ainda também de forma global o artigo 32º.
Se há (ou houveram) responsáveis por erros processuais então está aqui uma boa oportunidade de aplicar o ponto 6º do “Manifesto”, ou seja, ressarcir-se junto desses responsáveis pelos danos causados e também aqui não nos podemos esquecer do Artigo 22º da Constituição da Republica Portuguesa.

“8º) Sugerir a realização de uma campanha nacional, direccionada aos diversos escalões etários e sectores sociais, que alerte para os malefícios do doping e enalteça os princípios e valores do desporto.”

Cem por cento de acordo.

…e porque não aproveitar este “Manifesto”, para se realizar um outro “Manifesto”, em que nas provas velocipédicas se cumpram escrupulosamente todos os Regulamentos e Cadernos de Encargos previstos e que a U.V.P/F.P.C. enquanto entidade organizadora e reguladora da modalidade dê o exemplo?

A titulo de exemplo:
- Pagamento dos prémios em tempo útil aos corredores (todos sabemos que há inúmeras provas que nunca pagaram os prémios monetários previstos e obrigatórios pelo Caderno de Obrigações Financeiras da Federação aos corredores).
- Serem cumpridas todas as disposições de segurança previstas.
- Haver sempre um médico na prova.
- Haver meios de socorro adequados.
- Haver policiamento móvel e apeado adequado.
- Parque automóvel adequado quer da parte da organização que da parte das equipas.

Em resumo, basta aplicar os regulamentos existentes na sua plenitude para que tudo seja devidamente cumprido.

Mas voltando ao "Manifesto" e como resumo final.

A sensação com que fiquei quando li este “Manifesto” é que os corredores foram transformados em “monstros” e com são os únicos culpados pela existência do uso de substâncias dopantes no Ciclismo.

Contudo e com disse no inicio felicito a A.C.M. na pessoa do seu Presidente José Luís Ribeiro pela iniciativa.

22/10/09

...?

PRIVACIDADE,

Por acaso sabem o significado em toda a dimensão da palavra?


LIBERDADE,

Sabem também por acaso o significado em toda a dimensão da palavra?

Agora imaginem que a (s) vossa (s) entidade patronal decidia obrigar-vos periodicamente a fazerem controlos médicos para por exemplo controlarem se consumem estupefacientes ou por exemplo se têm cafeína a mais no organismo na sequencia do excesso de café tomado diariamente e que por causa disso podem, por exemplo, ter um enfarte e com esse enfarte provocar absentismo no vosso posto de trabalho.
Imaginem ainda também que todos os dias antes, de iniciarem a vossa actividade laboral, teriam de “soprar o balão” para por exemplo verificarem se não terão mais do que 0,3º/gr de álcool no sangue, pois a vossa entidade patronal entendeu que o limite é de 0,3º/gr.

Qual a vossa opinião, acham correcto? Por certo que não!!!
Bem, este texto nada tem a ver com a actividade velocipédica mas sim com o mundo laboral mas que há muitas coincidências lá isso há ou não fosse o Ciclismo também uma actividade profssional.

17/10/09

Sitio na Internet jornalciclismo.com

Este meu texto surge na sequencia de um texto colocado no sitio na Internet jornalciclismo.com e que pode ser consultado em http://jornalciclismo.com/?p=10216.

Curioso é que este texto surja após um também texto colocado umas horas antes no “Veloluso” (http://veloluso.blogspot.com/2009/10/ii-etapa-526.html). No mínimo, parece-me estranha esta coincidência que mais me parece uma resposta camuflada ao Madeira, mas quem sou eu para questionar o que quer que seja…

Podia muito bem ter colocado este meu texto “comentário” apesar de ser algo extenso na zona prevista no sitio em questão para eventuais comentários, mas ainda corria o risco de o ver moderado ou melhor, não publicado - como foi o caso de um comentário que coloquei em http://jornalciclismo.com/?p=9857 e que questionava quem era o médico de uma determinada equipa e determinados corredores em determinadas alturas.

Mas vamos ao que realmente interessa.

Em primeiro lugar os meus parabéns pelos números apresentados.
Globalmente estão de parabéns, peso embora em muitas coisas estar-mos em desacordo.

Salvo melhor opinião e tal como diz o provérbio “…em terra de cegos que tem olho é Rei” e dado o vazio existente este espaço cibernético acabou por rapidamente ser a referencia do Ciclismo de estrada em Portugal e onde com alguma facilidade se encontra a informação sobre as provas. Têm também que reconhecer que em certos aspectos têm a “vida muito facilitada” no que respeita há obtenção de informação, mas para quem está a consultar isso é secundário.

Lamento é a vossa aparente subserviência ao sistema instalado no Ciclismo português. Claro está que se em vez de um sitio na Internet fosse um jornal haveriam algumas leis que teriam de ser cumpridas e alguns direitos de resposta que deveriam ser publicados caso fossem solicitados, contudo a legislação que regula os conteúdos em sítios na Internet é diferente e de difícil execução assim como também não se sabe bem a quem recorrer se necessário.

Em relação ao numero de visitas anunciadas e sendo eu neste caso “um velho do Restelo” coloco algumas questões sobre a forma como é obtido, pois como todos devemos saber estes números podem muito facilmente ser “trabalhados”. Dou o meu exemplo, quando chego a casa no final de mais um dia de trabalho ligo o computador e vou visitar o sítio, depois desligo e vou jantar. Depois de jantar e deitar o meu filho volto ao computador e volto a entrar até para ler alguns dos comentários aos textos (nada como rir um pouco para ajudar a digestão) e volto a sair do sítio. Mais tarde volto o sitio para por exemplo consultar as ultimas do doping em Portugal e mais uma visita, ou seja, em pouco mais de três horas fiz três visitas ao sítio, contudo na pratica sou sempre o mesmo, como podem ver podem muito facilmente ser trabalhados os números, contudo nada estou a afirmar, estou tão-simplesmente a fazer um exercício mental com uma suposição dado que no texto não foi explicado a forma como chegaram ao valor apresentado, será que o valor está “dopado”?

Mas João e Zé, fiquem descansados que nada tenho contra vós e que muito globalmente o vosso trabalho no sítio é bom e recomenda-se e sempre que tenha alguma coisa relacionada com a modalidade na vertente desportiva continuar-vos-ei a dar conhecimento solicitando a publicação até porque os números apresentados são muito interessantes como retorno a patrocinadores.

O que eu lamento mesmo em relação ao vosso sítio é que na página de entrada tenham substituído a janela da Volta a Portugal pelo caso Liberty Seguros que pelo que sabemos até foi antes da Volta e mantêm lá outras janelas sem duvida também importantes, mas o acontecimento velocipédico em Portugal continua a ser a Volta a Portugal.
Actualizado em 20/10/2009 ás 07:30 (somente o próximo comentário).
Mas este sitio move-se por que leis? Lei de imprensa? Ou trata-se tão-somente de mais um sítio sobre Ciclismo na Internet?

Reitero que nada tenho contra o sítio e que globalmente felicito o vosso trabalho, contudo algo ainda insipiente (com s) e aparentemente eternamente incipiente (com c).

12/10/09

Previsão do futuro (mais do que próximo) do Ciclismo.

...e sem pretender ser mais um “Velho do Restelo”.

Estou com alguma curiosidade em relação ao futuro próximo do nosso ciclismo em todos os escalões e vertentes.

Salvo melhor opinião o nosso Ciclismo depende essencialmente dos apoios autárquicos, quer para os organizadores de corridas quer para a manutenção de muitas equipas.

Em termos económicos temos o país em crise onde o desemprego e o desinvestimento aumentam de dia para dia. Em termos de imagem e por causa do Doping tem a modalidade uma imagem menos boa junto de potenciais patrocinadores o que tem levado a que alguns se afastem e a que outros nem se quer queiram ouvir falar na modalidade.

Também para ajudar negativamente á festa temos os dois últimos resultados eleitorais, onde a nível legislativo é previsível alguma instabilidade não se prevendo inclusivamente sequer se o governo socialista irá conseguir completar a legislatura, logo maior instabilidade no sector económico nacional e uma maior retracção nas empresas em investimentos publicitários.

Em termos autárquicos e são neste momento 22:00 do dia das eleições tudo indica que irá haver alterações de “cores politicas” em muitas autarquias que em muito têm ajudado o Ciclismo, restando pois saber se os novos elencos irão continuar a apoiar o Ciclismo onde entre outros podemos tomar como exemplo as autarquias de Tavira, Felgueiras, Amarante e Trofa.

Outro facto ainda e todos nós sabemos é que no ano seguinte ás eleições os autarcas se retraem nos ajudas que dão.

Na vertente estrada e no sector elite não se perspectivando o aparecimento de novas equipas e com os rumores que correm que algumas poderão desaparecer, ainda salvo melhor opinião parece-me haver neste momento alguma indefinição regulamentar por parte da U.V.P./F.P.C. pelo que também ainda nada se sabe em termos concretos em relação ao futuro próximo das Equipas Continentais assim como também das Equipas de Clube. Bem, deve estar para acontecer a tradicional Assembleia-geral onde ficam definidos os Regulamentos (“estratégias”) para a época seguinte.

Esperemos que em 2010 não se assista ao desmarcar de provas que se assistiu este ano e aparentemente sem qualquer penalização para os organizadores.

Tudo isto somado parece-me que o próximo ano irá ser um ano muito difícil para o Ciclismo. O tempo dirá se tenho ou não razão nesta minha análise muito, mas mesmo muito superficial e onde também muito mas mesmo muito sinceramente espero estar errado.

08/10/09

3º WTC 2009 - por entre o Douro e o Sabor

É já no fim-de-semana de 16,17 e 18 de Outubro, no Douro Superior, que se realiza a última prova do Waypoint Trail Challenge de 2009.Sempre em busca do que de melhor Portugal tem para oferecer em termos de cultura, paisagens e caminhos, seria imperdoável não fazer uma visita ao Douro, região com uma riqueza imensa e que dispensa apresentações.Com vários dias de levantamentos e cerca de 500 kms percorridos, foi fácil perceber, por parte da organização, o porquê de o Douro ter sido classificado pela Unesco como “Património Mundial da Humanidade”. Há sentimentos que são impossíveis de explicar e que nem as melhores fotos os conseguem transmitir. Esta será, com toda a certeza, uma prova que marcará muito todos os participantes.O secretariado estará aberto a partir de sexta-feira pelas 19 horas na praia da Foz do Sabor, onde ficará o acampamento da primeira noite e a partir das 9horas, em Foz Côa, junto à Camara Municipal, para quem aparecer só no Sábado de manhã, pois a prova no terreno só começará às 9h,30 desse dia.
Mais informações no blog da organização:

27/09/09

Treinadores de Ciclismo

...ainda na sequência dos textos anteriores.

Sim treinadores de Ciclismo, alguém sabe o que é isso?

Sim é que normalmente são confundidos com os Directores Desportivos o que nalguns casos é verdade mas em muitos…

Aproveito um comentário da Dr.ª. Marina Albino no Blog “Veloluso” na “II – Etapa 521” e que tomo a liberdade de transcrever parcialmente para aqui:

Já agora e passando um olhar pelo programa dos cursos de treinadores, em vez de se lamentar os resultados positivos de doping, porque não introduzir nesses programas umas quantas horas de formação específica sobre "Prevenção e luta antidopagem".
Porque não alertar os técnicos para os perigos e consciencializar que a nova lei 27/2009 de 19 de Junho é altamente penalizadora e repressiva do doping, apesar de ainda não estar regulamentada.
Técnicos mais esclarecidos e conscientes das sanções em que incorrem, são técnicos que quererão o desporto mais verdadeiro.
Para quando tocar com o dedo nas feridas, chamar os bois pelos nomes e ser-se honesto. O exemplo tem que partir em primeiro lugar dos dirigentes, dos técnicos e todo o staff que vai formar e acompanhar os jovens atletas do futuro.


Pegando pois nas palavras da Dr.ª. Marina Albino como mote há um outro pormenor muito importante na formação que só não vê quem não quer, ou seja, criam-se regulamentos para não serem cumpridos.

No processo de filiação das equipas é necessário que haja pelo menos um treinador “Nível 2” o que em muitos casos não existe. O que acontece e com o conhecimento da Federação (que posso muito bem provar esta minha afirmação - sim com o conhecimento da Federação) é que muitas dessas equipas arranjam alguém que tenha o curso “Nível 2” ou “Nível 3” para serem o treinador de fachada da equipa não havendo depois o devido acompanhamento da equipa. Se nas Equipas de Clube e Equipas Continentais esta situação não é em minha opinião assim tão grave já na formação não posso concordar com esta situação. Se há regulamentos eles que se cumpram.

Não pretendo particularizar este texto com a situação da ADRAP e obviamente que este caso particular (o da ADRAP) ainda vai fazer correr muita tinta e muito provavelmente a procissão ainda nem saiu do adro, contudo esta é ou era pelo menos até final do mês de Maio uma das equipas que estava na situação atrás referida, mas tal como disse há outras equipas na mesma situação.


No BTT o problema ainda é maior dado a sua curta existência e só agora praticamente se estarem a começar a filiar os grupos de amigos como equipas de ciclismo e com proporções tão grandes que a Federação se viu obrigada (como situação transitória somente para esta época e como forma de contornar os regulamentos) a realizar acções pontuais (Trofa e Castro Marim) e especificas para que treinadores de “Nível 1” obtivessem a equivalência ao “Nível 2” e assim viabilizar a inscrição da equipas para a presente época. Na altura fui de opinião favorável pelo que não vou agora estar aqui a criticar, mas que essa acção não passou de uma simples fachada lá isso não passou até porque não houve nenhuma teste de avaliação no final do dia. Bem, ficou o compromisso de no final da época os participantes irem tirar como deve ser o curso de “Nível 2” . Como complemento apesar da “fachada” da acção (eu estive presente na da Trofa) e posso garantir que foi bastante interessante, mas mesmo assim não passou de uma situação de branqueamento dos regulamentos existentes.
A Federação ciente da “balbúrdia” que reina no meio decidiu (se a memória não me atraiçoa na Assembleia-geral de Outubro de 2008) que nos escalões até Júniores nos Campeonatos Nacionais e na Volta a Portugal os "treinadores oficiais" tinham obrigatoriamente de acompanhar a equipa no carro de apoio e eu posso garantir que isso não aconteceu assim como também posso garantir que os comissários não questionaram pelo treinador, se por desconhecimento dessa regra ou se por terem recebido instruções para “fecharem os olhos” sinceramente não sei o motivo. Aliás, e se a memória não me volta a atraiçoar esta decisão era extensiva também aos chamados sub-23 (Equipas de Clube).

Com este meu texto só pretendo reforçar o meu texto anterior, ou seja, se algum corredor for apanhado a usar substancias consideradas dopantes toda a “cadeia” hierárquica dentro do clube deveria igualmente ser castigada, ou seja, além do corredor deveria em minha opinião ser castigado também o Director Desportivo e o treinador. Em relação ao Presidente do Clube penso eu só em situações de haver mais do que um caso positivo. Obviamente que há funções incompatíveis no Ciclismo como por exemplo ser treinador da equipa e Presidente do Clube e essas incompatibilidades deveriam ser verificadas e respeitadas.

Termino este texto como terminei o anterior, ou seja, está nas mãos dos amantes das modalidade dar um novo rumo á mesma e no texto anterior dei uma forma muito simples, cómoda e barata de como todos podemos contribuir.

26/09/09

(continuação) Doping, é triste...

Sugestão
Este texto, não deve ser lido sem primeiro lerem o anterior, assim como também não devem ambos os textos serem lidos de forma “atravessada” como se diz na gíria.



Começo por dizer que subscrevo integralmente o editorial de Vítor Serpa.

Não vou para escrever coisas como as que li num site de ciclismo com nome de jornal em que os responsáveis desse site têm dois pesos e duas medidas e onde são permitidos insultos vãos e afirmações caluniosas assim como também a utilização de linguagem vernácula.

Quero também deixar aqui uma palavra de solidariedade para os dois jovens em questão, NÃO NOS PODEMOS ESQUECER QUE SÃO DOIS MIUDOS AINDA DE TENRA IDADE DESPORTIVA e nem quero imaginar pelo que estão a passar neste momento.

Contudo a situação não pode nem deve ser branqueada.

Neste momento não faço a menor ideia de quais as substancias detectadas pois o que sei do caso é o que vem na edição de “A Bola” de ontem, contudo independentemente das substancias utilizadas se uma situação destas se passasse com o meu filho garanto que a levaria até ás ultimas consequências recorrendo obviamente ás entidades policiais (PJ) e haveria de descobrir quem está por detrás disto tudo e depois obviamente recorrer aos tribunais para obter a devida condenação por porem em causa a saúde do meu filho, o meu bom-nome enquanto encarregado de educação assim como também de estarem a hipotecar o seu futuro.

Também no diz que disse se diz que no passado houveram casos semelhantes que foram branqueados com a ajuda da Federação, sinceramente não disponho de dados para sustentar esta afirmação contudo e tomando como verdade essas insinuações porque será que desta vez não fizeram a mesma coisa?

Será que foi por causa de já terem sido alterados os Estatutos da U.V.P./F.P.C. em que quem preside aos destinos da Federação ficou com poderes para quase tudo sem ter que dar satisfações a ninguém?
É que se for assim realmente a Federação já não necessita em nada da A.C.P. pois convém não esquecer que quem manda nos desígnios da A.C.P. é a A.D.R.A.P. e que pelos antigos Estatutos tinha muito peso na Assembleia-geral da Federação se o quisesse claro, podendo pois dar azo a eventuais “jogadas” de bastidores, mas eu não estou a afirmar nada, estou tão-somente a pensar alto.

Que a A.D.R.A.P. tinha (ou tem) muito peso na Federação não tenho duvidas pois senti-o na pele enquanto Vice-presidente da A.C.P. em que conseguiram “negociar” directamente com a Federação situações que a mim (enquanto Vice-presidente da A.C.P.) me foram liminarmente vedadas.

Mas e muito sinceramente estou plenamente convencido que não terá sido por esse motivo que o assunto foi divulgado (uma vez mais pelo Sr. Fernando Emílio - aparentemente amigo pessoal do Sr. Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo através do jornal “A Bola” e que é caso para dizer, isto há cá cada coincidência…).

Penso pois que está na altura de uma vez por todas as “gentes” do Ciclismo darem as mãos e fazer com que estes casos de doping sejam levados até ás ultimas consequências servindo pois de exemplo para o futuro assim como também mostrar que o Ciclismo está contra o doping.

Não bastará simplesmente castigar os atletas em questão, é necessário ir á fonte e cuidado a nova lei do doping é bem explícita nisso.

Como forma de pressão poderão os amantes e agentes (atletas, treinadores, mecânicos, massagistas, comissários, etc., etc.) da modalidade escrever para a Federação solicitando/exigindo que de uma vez por todas sejam tomadas medidas sobre a matéria e se o movimento for grande posso garantir que será feito algo, pois se aparentemente com uma simples carta anónima eu fui “suspenso” por como estafeta mota ter participado aparentemente numa prova pirata e está inclusivamente a decorrer um inquérito disciplinar sobre isso, o que não fará pois a Federação numa situação de recepção de correspondência massiva sobre estes casos de doping?

Está pois nas mãos de todos nós decidir-mos o futuro da modalidade que todos gostamos, sigam a minha sugestão…