04/10/12

Portugal, que futuro nos espera?


Assim e na sequência do meu texto aqui colocado em 08/09/2012, com o título “Aumento da taxa de contribuição para a Segurança Social de 11 para 18% ” já nessa altura temia a apresentação por parte do governo do Orçamento Geral do Estado e hoje, após a conferência de imprensa de ontem do ministro das Finanças, Sr. Vítor Gaspar, ainda com mais medo fiquei e cada vez mais temo pelo nosso futuro.
O aumento de impostos ontem anunciado é enorme (aliás, reconhecido na hora pelo próprio ministro), o ordenado liquido (sim, é com esse que sobrevivo todos os meses e que me interessa) que nos fica no bolso é cada vez menor e os bens essências cada vez mais estão mais caros. Como não sobra dinheiro, os bens menos essenciais e/ou supérfluos deixam de ser comprados e como eu, por certo, estará a esmagadora maioria de todos nós, resultado, a economia está a estagnar, ou melhor, a economia está mesmo a regredir, logo haverá menos emprego disponível, mais falências e menor receita fiscal. Como os sucessivos governos não conseguem baixar as despesas do Estado, com o desemprego a aumentar assim como também as diversas prestações sociais, por certo que dentro de pouco tempo iremos ter novamente um novo agravamento de impostos, ou seja, o chamado efeito “bola de neve”.
 
PERGUNTO, até quando vamos conseguir sobreviver assim?
 
Muitos acusam o falso problema recente da TSU, mas não me parece que realmente o governo quisesse mesmo alterar a taxa da TSU e por pensar como ele, transcrevo um comentário colocado no Facebook pelo meu estimado amigo João Casaca:
Tal como eu previ aqui no FB, a TSU não era mais do que uma "lebre" que soltaram tendente a fazer passar isto, que nas palavras do próprio “crápula” que apresentou, é um ENORME AUMENTO DE IMPOSTOS! ”.

O que me parece que o governo terá de fazer rapidamente é o que praticamente nós todos estão a fazer, ou seja, a reduzir as despesas.
Tal como costuma dizer o comentador económico Camilo Lourenço e tomando como referencia que 75% da despesa publica é tida com remunerações será necessário reduzir em 100.000 o numero de funcionários públicos, pois se assim não for feito mais dia menos dia iremos estar pior do que a Grécia e quando nos faltar o pão na mesa o que vamos fazer?
Muito, mas muito mais poderia escrever sobre este tema, mas para quê?
Para serem mais palavras ao vento?
Todos nós temos que “meter a mão” na consciência e pensar realmente no que pode e deve fazer para melhorar o futuro de Portugal, ou seja, de todos nós…

1 comentário:

Paulo Sousa disse...

Transcrevo integralmente um comentário que recebi por e-mail sobre este texto:

“Olá Paulo,

Até posso concordar com a análise do texto o que não concordo de maneira nenhuma é com as conclusões, para mais, fundamentadas a partir de números torturados para justificar mais medidas iguais aquelas que nos têm levado para o fundo. Mas não aprendem nunca?

Ou seja, queremos parar com os despedimentos a bem da economia e, para isso, segundo o texto, é preciso despedir mais 100.000 trabalhadores. Não consigo perceber.

Será que nesses 100.000 estão incluídos o resto dos professores, dos polícias, dos médicos e dos enfermeiros, dos funcionários das finanças, das conservatórias e dos tribunais, os trabalhadores da TAP, da CGD e da EPAL… É preciso coerência e, acima de tudo, verdade e não é verdade que a despesa pública seja 75% ou 80% (como também se diz) para pagar os salários.

Envio em anexo um estudo que confirma essa manipulação. Que venham também os estudos que concluem o contrário porque o povo começa a estar farto de conclusões que não são mais do que cuspir para o ar e o cuspo tem nos caído sempre em cima.

Gostava que os ministérios, as secretarias de estado, as fundações, as câmaras municipais, todas as empresas públicas, etc., apresentassem as verdadeiras despesas com assessores, despesas de representação, pareceres, estudos, obras, automóveis, combustíveis, salários (não é dos trabalhadores é dos nomeados) e que acabassem as privatizações daquilo que dá lucro ao estado, da gestão danosa do património público que foi e continua a ser vendido ao desbarato, que acabassem as PPP's, os BPN e BPP's, os boys, as negociatas tipo submarinos e freeport's, que levaram à barra dos tribunais os estrangeiros envolvidos, tanto na Alemanha como em Inglaterra mas que cá em Portugal não se passa nada.

É preciso cortar a despesa sim senhor, mas cortar no sítio certo e com critérios transparentes.

Abraço

Se quiseres publicar o meu texto no blog estás à vontade.”