11/11/07

Distrito de Bragança

O distrito de Bragança ocupa o extremo NE de Portugal Continental, numa área de aproximadamente 6599 Km2 correspondentes a 7,4 % da superfície do país. A capital de distrito – Bragança – dista 217 Km da cidade do Porto e 107 Km e 169 Km das cidades espanholas de Zamora e Salamanca, respectivamente.
Administrativamente está dividido em 12 concelhos.

Concelhos pertencentes ao distrito de Bragança:

VINHAIS
Área – 694,68 Km²
Freguesias – 35
Habitantes – 10646 (Censos 2001)

BRAGANÇA
Área – 1173,93 Km ²
Freguesias – 49
Habitantes – 34782 (Censos 2001)

MIRANDELA
Área – 658,45 Km ²
Freguesias – 37
Habitantes – 25742 (Censos 2001)

MACEDO DE CAVALEIROS
Área – 699,27Km ²
Freguesias – 38
Habitantes – 17449 (Censos 2001)

VIMIOSO
Área – 481,47 Km ²
Freguesias – 14
Habitantes – 5315 (Censos 2001)

MIRANDA DO DOURO
Área – 488,36 Km ²
Freguesias – 17
Habitantes – 8048 (Censos 2001)

MOGADOURO
Área -757,98 Km ²
Freguesias – 28
Habitantes – 11235 (Censos 2001)

ALFÂNDEGA DA FÉ
Área – 321,96 Km²
Freguesias – 20
Habitantes – 5963 (Censos 2001)

VILA FLOR

Área – 265,52 Km ²
Freguesias – 19
Habitantes – 7913 (Censos 2001)

CARRAZEDA DE ANSIÃES
Área – 280,91 Km ²
Freguesias – 19
Habitantes – 7642 (Censos 2001)

TORRE DE MONCORVO
Área – 532,77 Km ²
Freguesias – 17
Habitantes – 9919 (Censos 2001)

FREIXO DE ESPADA À CINTA
Área – 244,49 Km ²
Freguesias – 6
Habitantes – 4184 (Censos 2001)

Oito destes concelhos pertencem à NUT III, “Alto Trás – os – Montes”. Os outros quatro (Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Flor), estão integrados na NUT III, “Douro”.

"A gastronomia do concelho de Bragança é em tudo semelhante à da restante Terra Fria Transmontana. Caracteriza-se, quer pela elevada qualidade dos produtos que utiliza, quer pela relativa simplicidade dos processos de elaboração. Assenta essencialmente nos enchidos regionais (o fumeiro), encontrando-se o presunto as alheiras (também designadas de tabafeias), o salpicão e o butelo entre os mais afamados representantes. O escritor Manuel Mendes, referiu-se de forma inigualável a um dos mais conhecidos enchidos da região: “uma alheira, com a pele fendida, tostada ao calor da fritura, a derreter aquele unto doirado e rescendente a alho, tempero de que lhe vem o bonito nome (...) – quem haverá aí, senhores, que não se tente?”É da abundância de fumeiro que resulta por ocasião das festas Pascais o “Folar” – pão de ovos recheado de enchidos. De entre os pratos típicos salientam-se a conhecida posta mirandesa – esse naco de vitela, generosidade natural – que pode ser encontrada nos principais restaurantes; o cabrito de Montesinho, o cozido e a feijoada à transmontana e ainda as trutas – esse digno e bravo peixe das ribeiras virtuosas – confeccionadas das mais diversas maneiras. Mas a memória da cozinha tradicional, continua presente, mesmo na restauração mais urbanizada e, sobretudo, nas mãos hábeis das donas de casa de tantas aldeias do concelho. O borralho ainda convive com o moderno fogão, as panelas continuam a alinhar-se à volta da fogueira, e o escano (de castanho) será sempre a mesa das refeições invernais. Por estas paragens, a realidade gastronómica é acrescida dos produtos cinegéticos, verdadeiros, rústicos, naturais. São os caldos de perdiz, confeccionados com a água da cozedura destas aves, presunto, nabo (ou nabiças) e cebolas; a sopa de coelho bravo marinado em vinho branco ou o arroz de lebre com repolho. E, o javali à transmontana transforma-se sempre em convívios báquicos e, actualmente, em prato “obrigatório” a qualquer ementa restaurativa.Dos valentes e leais castanheiros resultou, além dos dias de S. Martinho, o caldo de castanha com batatas, nabos e unto, ou a carne de porco estufado com castanhas. E, em qualquer altura pode empanturrar-se, antes do regresso ao hotel ao abrigo de montanha, com bifes de presunto de cebolada, salpicão assado com grelos cozidos, frango albardado, bacalhau cozido com batatas e tronchos de couve penca ou bacalhau assado com pão centeio, rabas guisadas com ovos, bocados de coelho com molho vilão, leitão “torradeiro”, os rojões e os milhos à transmontana.Menos conhecida, as cascas ou casulas, prato elaborado à base de vagens secas de feijão sujeitas a uma cozedura prolongada, constituem também um excelente acompanhamento de inverno, principalmente para os butelos.Curioso é igualmente o gosto existente na região pelo polvo, que substitui, aliás, o bacalhau, como prato de honra na noite de Consoada. Cozinhado no pote, constitui um dos petiscos mais apreciados nas feiras e nas festas.A doçaria será porventura a faceta menos diversificada da gastronomia da região. Destacam-se, contudo, os folares da Páscoa, os ovos doces, consumidos com pão, o bolo de mel, as rosquilhas e as súplicas. Estas últimas, possuem a particularidade de serem confeccionadas à base de apenas três ingredientes: Açúcar, farinha e ovos."
Fonte: sitio da Câmara Municipal de Bragança

São vários os restaurantes no distrito de Bragança, mas em praticamente todos eles se come muito bem e com preços que ainda se podem considerar como acessíveis tendo em linha de conta a qualidade do serviço prestado, pelo que seria injusto destacar aqui um ou outro.

Mesmo assim e sem querer ser injusto sou obrigado e referir pelo menos três restaurantes, sendo um Miranda do Douro (Dª Balbina – dentro das muralhas - N41 29.765 W6 16.397), outro em Varge (Bragança) (que é o único na aldeia - restaurante do sr. Manuel - N41 52.226 W6 40.560) e o 3º em Vila Flor mais propriamente em Stª Comba da Vilariça (dista 14km de Vila Flor e também o único na aldeia).

São também vários os pratos típicos do distrito de Bragança de onde se salienta a tradicional posta á Mirandesa, o cabrito assado, as alheiras, etc., etc., etc., etc.

Vila Flor que é considerada a capital do azeite em Portugal produz esse precioso líquido que irá ser utilizado na confecção e tempero da generalidade dos pratos regionais, não só dos do nordeste transmontano mas sim em quase toda a gastronomia tradicional portuguesa.
Já Torre de Moncorvo é conhecida não pelos pratos atrás mencionados mas sim pela doçaria regional, aliás, conhecida além fronteiras, principalmente a afamada amêndoa coberta.
A amêndoa coberta apresenta-se no mercado em três tipos:
– À Bicuda branca (só açúcar).
– À Morena (açúcar com chocolate ou canela ou só chocolate).
– À Peladinha (o grão é coberto de uma camada muito fina de açúcar).

Existe, ainda, uma outra qualidade "Amara", que é amarga e dizem os entendidos que é óptima para fazer desaparecer, quase instantaneamente, a acção de uns "copitos a mais".

Recordo também que este fruto possui um grande valor medicinal (sedativo e purgativo) sobre dores de estômago e azia, acção esta reforçada pelo açúcar.
E porque não acompanhar a degustação de todos estes pratos com os bons vinhos da vizinha região do Douro?

Mas nada como um passeio ao nordeste transmontano e comprovar a minha sugestão. Actualmente as vias de comunicação já são de boa qualidade e rapidamente se chega a qualquer lado. A oferta hoteleira também já começa a ser quantitativa e qualitativa onde entre outros sugiro sem qualquer receio a Estalagem de Stª Catarina em Miranda do Douro (http://www.estalagemsantacatarina.pt/) assim como o Hotel Turismo S. Lázaro
(http://www.hoteis-arco.com/pagegen.a...PAGE_ID=881520).

Em Miranda do Douro pode também aproveitar para dar um passeio de barco no Douro internacional.

Bem, só me resta desejar uma óptima degustação assim como uma excelente viagem ao nordeste transmontano.



obs.: se por ventura necessitar de uma sugestão ou roteiro para um passeio pela região terei todo o gosto em fazer um e/ou até enviar um track para gps embora neste caso só compativel para Garmin.

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