18/09/12

Jornal Ciclismo "Nota do dia: Precisávamos de saber tanta coisa"


Na sequência da “Nota do dia: Precisávamos de saber tanta coisa” publicada em 17-09-2012 e disponível para leitura integral em    http://jornalciclismo.com/?p=28198 .
 
Muito pessoalmente, mas mesmo muito pessoalmente, entendo que é um texto muito bonito, mas que na prática de nada servirá, digo eu claro está...

A juntar a todos os problemas internos na modalidade, temos também de juntar os problemas externos como a actual crise financeira que o país atravessa, os elevados custos com o policiamento (louvo o trabalho continuado que a Associação de Ciclismo do Minho tem vindo a desenvolver há alguns anos sob este tema), mas em Portugal, como diz o proverbio popular, só nos lembramos de trancar a porta depois de roubada a casa (roubada no sentido figurado claro está).

Não vale a pena chorar lágrimas de crocodilo que o tempo não volta para trás, salvo melhor opinião, interessa sim é ver como se vai resolver os problemas e ultrapassar o actual e lamentável estado do Ciclismo de Estrada em Portugal e muito particularmente o escalão Profissional, ou será que vai-se toda a gente virar para o BTT e deixar a Estrada morrer?

Já por diversas vezes deixei virtualmente o repto ao Prof. José Santos para se candidatar a dirigir a U.V.P./F.P.C., mas de certa maneira concordo com ele e aproveito para o citar “será muito difícil, a quem quer que seja lutar contra o sistema instituído...”, mas contraponho que “difícil” não é sinonimo de “impossível”.

Parece-me que o mais provável será mesmo que o próximo Presidente da U.V.P./F.P.C. seja o Sr. Delmino Pereira, pessoa que foi atleta profissional do Boavista Futebol Clube muitos anos (1989 a 2001), que está há oito anos na direcção da U.V.P./F.P.C. e que nos últimos seis anos teve um notável trabalho no relançamento do BTT em Portugal (obviamente que não agradou a todos - onde eu me incluo…, mas quem agrada?), e que antes de se virar para o BTT deixou obra feita na “Estrada” como é o exemplo do extinto Troféu RTP destinado exclusivamente a Equipas de Clube.
Resta-lhe agora em tempos de vacas muito, mas mesmo muito magras relançar a “Estrada” e reunir consensos, por certo que como ex-profissional, como também ex-Presidente da Assembleia Geral da A.P.C.P. que irá ser sensível a todos estes problemas mencionados.

Outro dos problemas imediatos, em minha opinião claro está, neste momento de muitas indefinições, é que as eleições federativas se irão realizar demasiadamente tarde, aliás, parece-me que ainda nem estão marcadas.
A tradicional Assembleia-geral da U.V.P./F.P.C. que se realiza em finais de Outubro início de Novembro deveria ser mais cedo, finais de Setembro, para que assim todos os intervenientes na modalidade possam atempadamente começar a preparar a época seguinte.

Ainda outro dos problemas na modalidade e que inclusivamente em 27/07/2012 escrevi um texto (http://2w-paulao.blogspot.pt/2012/07/1-grande-premio-efapelglassdrive.html ) onde esse é o mote do texto, são os “Encargos Financeiros” que os Organizadores de provas têm que aparentemente respeitar.

Todos sabemos que em Portugal a esmagadora maioria dos Organizadores de provas não cumpre com o caderno de encargos financeiros a que está obrigado e que a U.V.P./F.P.C. faz vista grossa nalguns casos, então porque é que não se acaba de uma vez por todas com esse caderno promovendo assim uma maior equidade entre todos os Organizadores de corridas?
Nesta matéria, sinto-me com toda legitimidade para falar e apontar o dedo, pois tentei organizar uma prova do escalão 12 e 13 em Junho (provavelmente do dois dias) e não tive outra possibilidade que não fosse a de ter de cumprir integralmente o dito caderno de encargos e que me colocou em pé de desigualdade com os outros organizadores que não o cumprem e assim sendo…

Reparem, um organizador para colocar corridas na estrada necessita de corredores e para isso vai ter que obrigatoriamente pagar às equipas, pelo que mais vale deixar isso ao livre arbítrio dos intervenientes, sugiro eu claro está.

Muito mais se podia escrever, mas…, para quê? Para estar a remar contra a maré?

Não e apesar de tarde, em 2009, eu aprendi que não se pode remar nunca contra a maré..., pelo que caro Zé Santos, compreendo muito bem que não queira também remar contra a maré.

 
Fonte da fotografia utilizada:
Jornal Record e Sitiodelciclismo
http://www.record.xl.pt/Modalidades/Ciclismo/volta_a_portugal/interior.aspx?content_id=710995
http://www.sitiodeciclismo.net/coureurfiche.php?coureurid=21779

Sem comentários: