
A sua intenção poderá eventualmente até ser legítima, contudo se fosse uma pessoa de bom senso e com vergonha na cara não se voltaria a candidatar e já que tem tanta vontade de trabalhar altruisticamente (o que eu sinceramente duvido do seu altruísmo) porque é que abandonou o cargo que ocupava?
Se José Sousa Vieira se vier a candidatar e os clubes filiados na A.C.P. o elegerem realmente fico sem perceber nada de nada e inclusivamente sentir-me-ei legitimado para afirmar que são todos uns ignorantes (ignorante – aquele que não possui a habilidade, o saber que a sua ocupação exige), ignóbeis, intriguistas e sobretudo interesseiros.
Mas estou convencido que o bom senso irá prevalecer e que os clubes não irão apoiar uma pessoa que tão mal geriu os destinos da A.C.P.
Porém a situação actual também não é nada boa, veja-se por exemplo no calendário nacional disponível no sitio da Federação a primeira prova a organizar pela A.C.P. será só em 27 de Abril em Amarante pois a organização da Clássica da Primavera não é da responsabilidade da A.C.P.
Ainda recentemente (em 08 de Dezembro - HÁ MENOS DE UM MES) eu alertava para a crise nos órgãos sociais da A.C.P., que aliás já se arrastam desde o início de 2005 (bem, posso quase afirmar desde Julho de 2000, mas isso é outra conversa).
Estou perfeitamente á vontade para escrever o que bem quiser pois a mim ninguém me pode apontar o dedo, tenho sido sempre coerente com os meus actos e palavras, não digo hoje uma coisa e amanhã faço outra.
Há três anos cheguei inclusivamente a formar uma lista e projecto para o caso da direcção da A.C.P. se demitisse em bloco na sequencia do primeiro pedido de demissão do Sr. Sousa Vieira (que depois o retirou num diz que não disse) e informei o Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Geral desse projecto, projecto esse que só avançaria caso não houvesse entendimento entre os clubes filiados e os elementos restantes da direcção, ou seja, uma alternativa a uma comissão administrativa. Cheguei a apresentar o projecto a alguns clubes e inclusivamente foi alvo de uma notícia na altura em O Norte Desportivo.
O projecto que ainda hoje está actualizado (infelizmente, pois nada melhorou nestes três anos) e era assim;
A curto prazo:
- Defender até à última os interesses dos clubes filiados.
- Organizar a contabilidade.
- Maior rigor na gestão financeira.
- Tornar independente o Concelho Regional de Arbitragem da Direcção.
- Aumentar a segurança das corridas (melhor sinalização, mais policiamento, melhores comunicações rádio, etc.).
- Desenvolver as escolas de ciclismo (quer em estrada, pista e BTT).
- Consolidar todas as vertentes do BTT.
- Alterar (actualizando) os estatutos da A.C.P.
- Agendar sempre uma reunião com os clubes nas semanas anteriores ás Assembleias-gerais da U.V.P.-F.P.C.
- Criar um “SITE” na internet.
- Dotar os Comissários de melhores condições de trabalho (aproveitando as novas tecnologias).
- Fazer representar a A.C.P. de forma correcta e sempre que a sua presença seja solicitada (por mais insignificante que o convite possa parecer).
- Arranjar patrocinadores.
- Na última quinzena de Setembro agendar uma reunião com todos os clubes de forma a se poder marcar as provas no calendário Nacional e Regional, defendendo assim os interesses dos clubes filiados.
- Não permitir sobreposição de “datas de corridas”.
A médio prazo:
- Voltar a transformar a A.C.P. na maior associação do país.
- Reactivar outras vertentes do ciclismo (pista, rampa, ciclo-cross).
- Organizar cursos regionais de reciclagem para todos os agentes desportivos (comissários, treinadores, dir.desportivos).
- Aumentar a quantidade de provas realizadas.
- Tentar organizar uma prova por etapas do escalão 2.12 a terminar na Av. Aliados no dia de S. João.
- Trazer a comunicação social de volta ás provas de ciclismo em todas as suas vertentes (estabelecendo protocolos com os diversos meios de comunicação – rádio, televisão, jornais).
- Organizar campeonatos regionais.
- Tentar obter o estatuto de “Utilidade Publica”.
Na direcção:
- Criar comissões (estrada, BTT, Pista, comunicação social, etc.).
- Reduzir o número de directores para 5.
- Os membros da direcção não podem acumular a função de comissário.
- O director financeiro (ou tesoureiro) só tem essa responsabilidade dentro da direcção não acumulando portanto outras funções.
Estou plenamente convencido que o impasse actual se deve á altura festiva que passamos e que durante o mês de Janeiro o Presidente da MAG conjuntamente com os clubes filiados na A.C.P. irão ultrapassar esta crise que tem também repercussões no ciclismo nacional.
Tal como disse anteriormente, penso que o ideal seria a fusão da A.C.P. com a A.C.M e num futuro mais alargado a junção também da A.C.N. (Associação de Cicloturismo do Norte) A.C.V.R.
Sou simplesmente um comissário que força da minha residência estou filiado no Conselho Regional de Arbitragem da A.C.P., casa que conheço há trinta e quatro anos. Para os mais recentes, eu ainda sou do tempo em que havia fiscalização dentro dos carros de apoio das equipas.
Sou também um adepto da modalidade e talvez por ter a sorte de noutras funções estar presente em muitas provas nacionais e internacionais e falar também com muita gente diversa ter uma visão diferente da realidade da A.C.P.
Resta-me pois esperar que o marasmo que a A.C.P. ficou após a saída do Sr. Joaquim Leite em 2000 seja definitivamente ultrapassado com quem futuramente venha tomar conta dos destinos de uma casa cheia de tradição no ciclismo português.






















Transcrevo texto sobre o evento elaborado pelo Ernesto Brochado e disponível no sítio do Moto Clube do Porto:
O Carlos Ruivo aproveitou a paragem e tentou fazer negócio com o dono de uma motorizada no local. Não conseguiu e foi curiosa a forma como o senhor se foi embora. Com um terno após 10 metros! Levantou-se, encaixou o banco na Famel e seguiu caminho após um “Tá tudo bem!”, balbuciado entre o hálito de vários bagaços.

E lá se prosseguiu, com circuito panorâmico de onde se apreciava bastante bem a vizinha serra de Arga, e sempre perto da nova A 28 que agora rasga a serra a meia encosta. Nova paragem de agrupamento e ouve-se chegar uma monocilíndrica em grande ritmo. Sem tempo de raciocinarmos quem seria o campeão, o som de plásticos pelo chão fez virar muitos pescoços ao mesmo tempo. O Paulo Oliveira, sim, o Paulo Oliveira tinha-se entusiasmado com a F 650 emprestada e deu-lhe uma decoração nova.
Poucos minutos depois já se rolava de novo com normalidade. Às principais dificuldades, os organizadores iam mostrando variantes fáceis. Mas qual quê. A malta queria era arregaçar as mangas. Siga então. E não eram pêra doce, algumas das irregularidades, principalmente para motos de 230 quilos.
Chegamos então à cereja no topo do bolo: a travessia a vau do Âncora, perto de Ponte de Saim. No local mais bonito do passeio, ainda com alguma vegetação ripícola – amieros, salgueiros e outras autóctones que emprestam um ar acolhedor às margens – uma a uma, todas as motos passaram para o lado norte. Com uns 30 a 40 cm de profundidade, a travessia não apresentava dificuldades de maior, apesar do fundo em pedra rolada. Houve até quem passasse mais que uma vez para a foto, graças à confiança no goretex das botas. Pois, que passar o resto do dia de pés molhados, com o fim da tarde frio a aproximar-se não tem grande piada.
Salva de palmas geral e ala para o tacho que as barrigas já se queixavam. O almoço-lanche fez-se em esplanada panorâmica do lugar de Espantar, ao lado de S. Lourenço da Montaria. Um sítio bonito!








