07/09/08

Uma outra realidade do nosso Ciclismo…

…neste caso na vertente do “Ciclismo para Todos”.

Sinceramente neste momento desconheço quais as alterações previstas para o Regulamento em 2009.

Dentro da vertente “Ciclismo para Todos” está a surgir uma coisa nova (pelo menos para mim) em Portugal que lhe chamam de “Roda Livre” e ao que parece estar a ter, felizmente, boa aceitação dos ciclistas (convém não confundir ciclistas com corredores).

Este ano colaborei em três eventos destes, se no caso dos dois primeiros (Póvoa de Varzim – Sr.ª da Graça e a etapa da Volta em Viseu) a segurança esteve ao mais alto nível infelizmente no terceiro (talvez pelo amadorismo dos organizadores) já foi o oposto.

Este tipo de passeio/prova desenrola-se da seguinte forma:
Convívio Cicloturismo até uma determinada zona do percurso onde se faz uma paragem e dá-se uma partida onde todos podem correr contra todas (independentemente da idade, condição física, tipo de bicicleta, etc., etc., etc) até um determinado local onde será a meta final para a corrida. Neste local ou acaba o passeio/prova ou então reagrupa-se tudo de novo e segue num simples passeio cicloturistico até a zona onde está previsto o fim do passeio.

São várias as minhas preocupações neste género de eventos.
Com a mais provável proliferação que estes eventos vão ter o que vai acontecer é os seus promotores/organizadores começarem a dar prémios monetários aos vencedores da “Roda Livre” levando a que comece a valar um pouco de tudo (como por exemplo nas Maratonas de BTT), desde poderem correr sem capacete, poderem tomar os produtos de melhoramento de rendimento que bem entenderem pois não haverá qualquer tipo do controlo de despistagem dessas substancias no final, aparecerem pessoas em que por completo desconhecimento não sabem o seu estado físico e poderem levar o esforço a limites que ponham em causa a sua vida, etc., etc., etc.
A falta de segurança no percurso do evento, onde por exemplo não existe marcação do percurso, não exista policiamento ou que o mesmo seja em numero insuficiente, etc., etc., etc.
Quem faz as classificações da “Roda Livre”
A existência ou inexistência de seguros (presumo que uma licença de Cicloturista não cobrirá um acidente num evento destes, pois no fundo é uma competição…

Ressalvo uma vez mais que a “Povoa de Varzim – Sr.ª da Graça” assim como a “Etapa da Volta” tinham todos os requisitos necessários, aliás, se em ambas substituíssemos os cicloturistas pelos corredores profissionais a única coisa que se tinha que acrescentar aos meios existentes seria um Colégio de Comissários pois todos os restantes meios já lá estavam.

Salvo melhor opinião entendo a U.V.P./F.P.C. deverá rapidamente por ordem nestes eventos, criando-lhes normas e controlo, antes que haja um acidente grave e que uma vez mais o nome “Ciclismo” saia manchado.

2 comentários:

RUUULAAA TEAM disse...

Mais uma vez...
Conhecendo as pessoas que organizaram, e o esforço que tiveram, coitados, acreditem, não fizeram mais porque não poderam, mas amigo, por muito que tentemos, há sempre gente a por pregos no chão... É muito dificil e pessoas a porem problemas onde eles não existem... Mas claro, este fim de semana, mais uma vez falando no amigo Luís, foi um aproveitamento dos tristes cicloturistas do que outra coisa. Basta ver apenas pelo facto de irem para aquele "circuito" apenas por não cortar uma estrada... POR AMOR DE DEUS. OU SE FAZEM AS COISAS OU NÃO SE FAZEM AMIGOS

Paulo Sousa disse...

Transcrevo uma mensagem de "Luis Ribeiro"(http://cicloamador.blogspot.com/)deixada hoje dia 09/09/2008 ás 12:39, neste texto e que por lapso eu apaguei, e que desde já eu peço humildemente desculpa ao seu autor.

"Caro companheiro de duas rodas, participei na etapa da volta e neste evento da maia e partilho da sua opinião, considero a organização má, mas também os participantes não pagaram nada. Quanto a roda livre e a única oportunidade de ciclistas amadores como eu tem de fazer algo o mais aproximado possível de uma corrida. Aqui na zona norte do pais elas acontecem por muitos lados, umas com melhores ou piores organizações. Quanto á media de velocidade eu ate achei baixa, mas claro que para muitos também foi demais, e difícil agradar a toda a gente, mas se pudesse perguntar a cada participante se gosta de andar a tão baixas velocidades quase todos dizem que desesperam. Esta bandalheira já vem de longe, e a culpa e claramente das associações de ciclismo que marginalizam estes passeios ou corridas ou como se queira chamar, se costuma ler o meu blog não preciso de me alongar mais."